Financiar um carro usado pode parecer uma solução prática, mas o valor total pago ao final pode surpreender. Nesta simulação de um Fiesta 2014, mostramos como os juros afetam o bolso e como a amortização pode ajudar a economizar.
O mais importante, antes de fechar qualquer negócio, é entender exatamente quanto será pago no final do financiamento. Neste caso, a simulação foi feita para um Ford Fiesta 2014, avaliado em R$ 32.500. A pessoa interessada pretende dar uma entrada de R$ 10.000 e financiar o restante em 36 parcelas fixas.
O valor financiado, portanto, é de R$ 22.500.
A taxa de juros considerada na simulação é de 2% ao mês, mas esse percentual pode mudar dependendo do perfil do cliente, do score de crédito e das condições oferecidas pelo banco ou financeira na hora do contrato.
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Parcelas e valor total do financiamento
Com esses dados, a simulação gera parcelas fixas de R$ 882,00 durante os três anos.
Ao final, o total pago será de R$ 41.778,00. Comparando com o valor original do financiamento, a diferença é de R$ 9.278,00. Esse valor representa os juros, que equivalem a cerca de 22% de todo o montante pago.
Portanto, mesmo parecendo pequeno no início, os juros acumulam significativamente ao longo do tempo. Isso significa que, por ano, o consumidor pagará quase R$ 3.000,00 apenas em juros.
A realidade do financiamento para muitos brasileiros
Apesar do custo elevado, para muita gente não há outra alternativa.
Comprar um carro à vista, mesmo sendo mais barato no fim, nem sempre é possível. Por isso, o financiamento acaba sendo o único caminho viável para ter um veículo.
Nesse cenário, o mais importante é entender as formas de reduzir os gastos ao longo do contrato. Uma delas é a amortização antecipada das parcelas.
Ou seja, pagar parcelas do fim para o começo, o que ajuda a diminuir o saldo devedor e, com isso, os juros futuros.
Como a amortização pode ajudar a economizar
No exemplo do Fiesta 2014, a amortização de uma parcela gira em torno de R$ 430,00 a R$ 440,00. Isso significa que, com esse valor extra, é possível quitar uma parcela final, o que reduz os juros totais do contrato.
Além disso, quanto mais cedo a amortização for feita, maior o impacto na economia final. Isso porque os juros são calculados sobre o saldo devedor. Quando esse saldo é reduzido antes do tempo previsto, os encargos caem junto.
É por isso que muitos especialistas recomendam fazer esse tipo de pagamento sempre que possível. Mesmo que não seja todo mês, qualquer valor adicional colocado no financiamento ajuda a encurtar o prazo e diminuir os juros.
Planejamento é essencial para não se enrolar
Apesar de parecer vantajoso, amortizar só compensa quando o orçamento permite. Não adianta tentar antecipar parcelas e, por isso, deixar de cumprir outras obrigações. O ideal é se organizar, separar uma quantia extra por mês e usar quando houver folga financeira.
Outra dica é conversar com o banco ou a financeira. Muitos oferecem canais diretos para solicitar a amortização. Algumas instituições até permitem fazer tudo online, sem burocracia.
Portanto, entender o funcionamento do financiamento e buscar formas de economizar faz toda a diferença. Mesmo com uma taxa de 2% ao mês, que parece padrão, os juros totais somam quase R$10 mil ao final do contrato.
Reflexão final sobre o custo do financiamento
No fim das contas, financiar um carro usado como o Fiesta 2014 é uma escolha que envolve mais do que só o valor da parcela.
O comprador precisa avaliar o custo total, o impacto dos juros e o quanto está disposto a pagar a mais pela possibilidade de dirigir agora.
É verdade que o valor dos juros assusta. Mas, para quem precisa do carro, entender bem as condições, simular as parcelas e planejar possíveis amortizações pode tornar o processo mais leve e até mais barato. É uma questão de organizar bem as contas e fazer escolhas conscientes.