Em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, especialistas em ufologia denunciaram a ocultação de registros sobre objetos voadores não identificados e relataram intimidação militar no caso do ET de Varginha
Na manhã da última terça-feira (16/9), a Câmara dos Deputados em Brasília (DF) foi palco de uma audiência pública que levantou fortes acusações contra as Forças Armadas do Brasil. O debate reuniu renomados ufólogos brasileiros, que alegaram a existência de milhares de documentos confidenciais sobre OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados) mantidos em sigilo há décadas.
Participaram do evento nomes de peso na ufologia nacional, como Fernando Ramalho, Thiago Ticchetti, Marco Peti e Vitório Pacaccini, este último reconhecido por ter sido um dos primeiros investigadores do famoso caso ET de Varginha, ocorrido em Minas Gerais em 1996.
O encontro foi organizado pelo deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) e teve como objetivo central discutir os riscos e impactos de avistamentos de OVNIs sob a ótica da segurança do espaço aéreo e da soberania nacional. A informação foi divulgada pelo Estado de Minas, que acompanhou o debate e destacou o teor explosivo das denúncias.
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Dossiês secretos da Marinha e denúncias públicas
Durante sua fala, o presidente da Comissão Brasileira de Ufólogos, Marco Peti, declarou que os eventos ufológicos no Brasil vêm sendo sistematicamente acobertados desde a década de 1950. “A Marinha tem um dossiê enorme de documentos”, afirmou, sugerindo que os registros oficiais são volumosos e de grande importância histórica.
Já o vice-presidente da Comissão, Fernando Ramalho, reforçou que a audiência teve como meta não apenas expor, mas denunciar publicamente o ocultamento desses documentos. Segundo ele, a população brasileira tem o direito de conhecer a verdade:
“Primeiro a gente tem que falar o que está acontecendo e depois chamar os militares para falar. O que estamos fazendo aqui é uma denúncia. Tem muita coisa ‘cabeluda’ que é escondida pelo poder militar e isso é um direito de todos e temos que ter acesso a isso”, declarou Ramalho.
ET de Varginha e intimidação militar
Um dos momentos mais marcantes da audiência foi o depoimento de Vitório Pacaccini, autor do livro Incidente em Varginha (1996). Ele relembrou o episódio do ET de Varginha, quando criaturas supostamente alienígenas teriam sido capturadas no sul de Minas Gerais.
Pacaccini afirmou que, em 1996, as Forças Armadas brasileiras capturaram pelo menos cinco seres de forma sigilosa. Segundo ele, os militares sabiam que se tratavam de entidades extraterrestres e, mesmo assim, optaram por ocultar as informações. O pesquisador ainda relatou que sofreu processos de intimidação ao tentar investigar o caso.
“Eles (os militares) sabiam que aquelas criaturas que lá estavam eram ETs. Hoje temos certeza de que foram pelo menos cinco criaturas capturadas de forma sigilosa pelas forças militares. Sofri todo um processo de intimidação. As forças militares ocultam a presença de ETs também para evitar o pânico na população”, disse Pacaccini.
A importância da ufologia no debate público
Além das denúncias, os participantes ressaltaram a relevância da ufologia como campo de estudo e investigação. Também chamada de ovnilogia, a área reúne pesquisas sobre objetos voadores não identificados e fenômenos relacionados, que despertam interesse não apenas de curiosos, mas também de cientistas, jornalistas e governos ao redor do mundo.
No Brasil, a temática tem ganhado força especialmente após episódios emblemáticos como o ET de Varginha, considerado um dos maiores mistérios ufológicos do país. Para os especialistas, o sigilo mantido pelas Forças Armadas não só compromete o direito da população à informação, mas também impede o avanço de pesquisas independentes que poderiam esclarecer fenômenos ainda sem explicação científica.
Repercussão e silêncio oficial
A audiência pública foi considerada pelos ufólogos um marco histórico na ufologia brasileira, principalmente pela coragem em levantar denúncias contra instituições militares de alto prestígio. Apesar da pressão, Marinha e Exército do Brasil não responderam aos questionamentos até o fechamento da reportagem.
Enquanto isso, o caso segue alimentando teorias, pesquisas e debates sobre o grau de envolvimento do Estado brasileiro na ocultação de informações sobre OVNIs e vida extraterrestre. Para muitos, a transparência é a única forma de resgatar a confiança da sociedade e esclarecer um dos assuntos mais polêmicos da história recente.
Será que o Brasil está pronto para lidar com a revelação de segredos militares sobre OVNIs e o caso ET de Varginha?