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Fim de uma era? Yamaha aposenta duas motos com motor até 149cc, autonomia de até 500 km por tanque e manutenção entre as mais baratas do Brasil

Escrito por Ana Alice
Publicado em 27/08/2025 às 16:17
Yamaha aposenta Factor 125i e Fazer 150. Saiba o impacto no mercado, substitutos da linha e o futuro da marca no Brasil.
Yamaha aposenta Factor 125i e Fazer 150. Saiba o impacto no mercado, substitutos da linha e o futuro da marca no Brasil.
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A decisão da Yamaha de encerrar a produção de dois de seus modelos mais populares altera o mercado de baixa cilindrada e aponta para novas estratégias da marca diante das mudanças ambientais e tecnológicas no setor de motocicletas.

A Yamaha confirmou o fim de produção dos modelos Factor 125i UBS e Fazer 150 UBS no Brasil, movimento anunciado pela empresa abre espaço para a chegada da nova Factor (149 cc) e da Factor 150 DX.

A decisão acompanha a atualização da linha de baixa cilindrada da marca, a entrada em vigor de normas ambientais mais rígidas e a mudança no perfil de consumo por motos mais eficientes e conectadas.

Motivos para a descontinuação da Factor 125i e Fazer 150

A descontinuação se insere em um plano de renovação da gama street de baixa cilindrada.

De um lado, a Fase Promot M5 passou a exigir limites mais severos de emissões para motociclos — com etapas que alcançaram todos os modelos a partir de 1º de janeiro de 2024.

De outro, o público passou a priorizar baixo consumo, conectividade básica e desenho revisado, pontos endereçados pela dupla Factor 2025 e Factor 150 DX. Além da adequação técnica, a estratégia reposiciona a oferta.

A antiga Fazer 150 UBS cede lugar à versão DX da Factor, com pacote visual e de iluminação atualizado.

Já a Factor 125i UBS dá espaço à “nova Factor”, agora com motor de 149 cc.

Assim, a Yamaha simplifica o portfólio, mantém o foco no uso urbano e preserva o apelo de custo total de propriedade competitivo.

Yamaha Factor 125i UBS, referência em economia e baixo custo de manutenção no Brasil (Imagem: divulgação)
Yamaha Factor 125i UBS, referência em economia e baixo custo de manutenção no Brasil (Imagem: divulgação)

O que muda com os novos modelos

A nova Factor (149 cc) e a Factor 150 DX chegam com atualizações de design e itens como farol em LED em determinadas versões, carenagens redesenhadas e acertos para emissões.

O conceito permanece voltado ao deslocamento diário e ao trabalho, com foco em economia de combustível e robustez mecânica.

No uso real, o consumo médio historicamente divulgado para essa família gira em torno de 40 km/l.

Aliado a tanques na faixa dos 15 a 15,7 litros (com reserva), rende autonomia na casa dos 500 km por tanque, variando conforme condução, tipo de combustível e carga.

A proposta, portanto, preserva um dos atrativos centrais que consagraram Factor e Fazer entre motociclistas que rodam muito e abastecem pouco.

Impacto no mercado e para proprietários

Para quem já possui Factor 125i UBS ou Fazer 150 UBS, a rede de concessionárias segue fornecendo peças e serviços dentro dos prazos legais.

A descontinuação não interrompe o atendimento pós-venda e, em geral, não traz dificuldade imediata de manutenção, dada a ampla base instalada desses modelos.

No mercado, a saída dos dois nomes históricos reorganiza a disputa no segmento de 150 cc.

A Yamaha aposta em design mais atual e padronização de plataforma, enquanto mantém o argumento do custo de revisão enxuto nas faixas iniciais de uso.

Em levantamentos setoriais, a linha Factor 150 se posiciona entre os menores custos de manutenção programada até 18 mil quilômetros, o que ajuda a resguardar o custo-benefício em cenários de uso intensivo.

Yamaha Fazer 150 UBS, modelo que marcou gerações pela confiabilidade e desempenho no dia a dia (Imagem: divulgação)
Yamaha Fazer 150 UBS, modelo que marcou gerações pela confiabilidade e desempenho no dia a dia (Imagem: divulgação)

Legado da Factor 125i e da Fazer 150

A trajetória de Factor 125i e Fazer 150 consolidou uma reputação de simplicidade mecânica, confiabilidade no dia a dia e operação acessível.

Por anos, elas funcionaram como porta de entrada ao universo das duas rodas e como ferramenta de trabalho em todo o país.

O conjunto com injeção eletrônica, câmbio de cinco marchas e motores monocilíndricos flex — em 125 cc e 149 cc, respectivamente — tornou-se sinônimo de manutenção previsível e consumo comedidos.

Mesmo fora de linha, o valor de revenda tende a permanecer sustentado no curto prazo pela procura por motos econômicas e pela oferta de peças.

A conservação adequada, com revisões em dia e cuidados básicos, ajuda a preservar desempenho, consumo e preço na troca.

Planos da Yamaha para os próximos anos

A atualização da linha 2025 indica que a marca seguirá investindo nas plataformas de 150 cc e em soluções de mobilidade urbana.

Em janeiro de 2025, a Yamaha iniciou as vendas no Brasil de seu primeiro modelo elétrico local, a Neo’s Connected, voltado a deslocamentos curtos e com foco em praticidade, reforçando a aposta em novas tecnologias e em emissões mais baixas.

Enquanto isso, Factor 2025 e Factor 150 DX assumem o papel de manter a presença da marca entre as motos de entrada, segmento que responde por grandes volumes e por clientes sensíveis a consumo, durabilidade e preço de manutenção.

O que considerar ao comprar agora

Quem busca uma moto nova com perfil equivalente encontra na nova Factor (149 cc) e na Factor 150 DX opções com proposta semelhante à das antecessoras.

Já quem pretende permanecer com a Factor 125i ou a Fazer 150 deve priorizar o cumprimento do plano de manutenção, usar combustível de qualidade e observar periodicamente itens de desgaste.

Essas práticas prolongam a vida útil e protegem o valor na futura revenda.

Mensagem central do movimento da Yamaha

A saída de linha de Factor 125i UBS e Fazer 150 UBS encerra um ciclo de grande relevância para a Yamaha no Brasil. Ao mesmo tempo, abre uma fase de padronização e modernização.

O consumidor segue contemplado por opções que preservam o espírito de economia e robustez, agora alinhadas às novas regras ambientais e às expectativas por design e equipamentos atuais.

Diante desse cenário, a pergunta que se impõe é simples: o que mais pesa na sua decisão hoje — autonomia, manutenção barata, conectividade ou preço final?

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Ana Alice

Redatora e analista de conteúdo. Escreve para o site Click Petróleo e Gás (CPG) desde 2024 e é especialista em criar textos sobre temas diversos como economia, empregos e forças armadas.

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