A rodovia BR‑381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, vai ganhar cobertura total de telefonia celular 4G até dezembro de 2025, segundo a concessionária Nova 381.
Serão instaladas 26 torres, reduzindo de 52% para 0% os trechos sem sinal, as chamadas “áreas de sombra”.
O serviço será oferecido gratuitamente via aplicativo Nova 381, garantindo conectividade tanto em áreas rurais quanto nos municípios atendidos ao longo dos seus 303,4 km.
26 torres “trem” na BR‑381
Batizadas como TREM (Torres de Radiofrequência de Espectro Multiplexado), as estações ganharam nome inspirado na expressão regional.
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Mais de 20 equipes trabalham simultaneamente na instalação, com previsão de conclusão até dezembro.
O projeto não só expande a cobertura 4G, mas ainda aprimora informações sobre condições da pista e suporte emergencial através do app Nova 381.
Curiosidade histórica
A BR‑381 possui origem em trilhas indígenas utilizadas por missionários e bandeirantes no século XVII.
Recebeu o nome “Fernão Dias” em homenagem ao padre bandeirante que buscava esmeraldas e percorreu parte do trajeto entre 1674 e 1681.
A rodovia foi pavimentada e inaugurada nos anos 1950, durante o governo de Getúlio Vargas, com conclusão do traçado entre BH e SP em 1961.
Rodovia da morte
Apesar da duplicação (entregue em 2002 entre BH e SP), o trecho mineiro é conhecido como “rodovia da morte” devido ao traçado sinuoso, falta de acostamento e concentração de acidentes graves.
Entre 2018 e 2023, foram registrados cerca de 3.960 acidentes, com 420 mortes, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Em 2023, somente neste trecho, ocorreram 2.641 acidentes e 171 mortes.
Passarelas, praças e áreas de escape
O contrato da nova concessão, vencido em 2024 pela 4UM Investimentos e operada desde fevereiro de 2025 pela Nova 381, prevê investimentos de R$ 9,3 bilhões ao longo de 30 anos, com início emergencial em até 100 dias de operação.
Além do sinal de celular, estão previstas duplicação de 106 km, faixas adicionais, instalação de 23 passarelas, cinco praças de pedágio, áreas de descanso para caminhoneiros, pontos de escape e sistema de controle operacional 24 horas.
A ponte “velha” e a construção industrial
No Vale do Aço, entre Coronel Fabriciano e Timóteo, a antiga ponte sobre o rio Piracicaba — conhecida como “ponte do diabo”, inaugurada em 1947 — só foi liberada para caminhões em 2013, após reformas que a reabriram totalmente em janeiro de 2020.
Essa construção foi inicialmente feita para escoar a produção da antiga Acesita (atual Aperam).
Conexão premiada
Projetos semelhantes, como o da Ecovias do Araguaia (BR‑153, BR‑414 e BR‑080), receberam prêmios da ANTT e Anatel por expansão do sinal 4G em rodovias federais, beneficiando milhares de pessoas e instituições ao longo de 850 km.
O empenho de Minas Gerais pode seguir esse modelo.
Trajeto, tráfego e economia na BR‑381
Com 1.185 km de extensão total, a BR‑381 cruza os três estados — ES, MG e SP — e corta 21 cidades no trecho mineiro.
É responsável por aproximadamente 43% da economia do estado de MG, estrutura 60% da produção nacional de ferro-gusa, escoa 3 milhões de toneladas de produtos agrícolas por ano e registra cerca de 15 mil veículos por dia.
Curiosidades que você não sabia sobre a BR‑381
O percurso entre BH e SP foi duplicado após oito anos de obras, com inauguração em 2002 pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.
A ponte velha foi apelidada de “ponte do diabo” devido à quantidade de acidentes em seu acesso restrito e trechos extremos para caminhões.
Faixas adicionais e áreas de escape ajudarão motoristas em subidas e descidas íngremes, especialmente em trechos como Nova Era e Ipatinga, onde o risco por neblina e curvas é elevado.
Com curiosidades que vão da origem indígena ao moderno 4G, a BR‑381 ganha novo capítulo em sua história. Agora, ela se prepara para se tornar mais segura, tecnológica e conectada.
O que mais você gostaria de saber sobre essa rodovia histórica e inovadora?