Nova rota fortalece competitividade e abre portas para mercados asiáticos
A assinatura do acordo entre Brasil e China ocorreu em 7 de julho de 2025.
A construção da ferrovia intercontinental promete transformar completamente a logística de exportação de Rondônia.
Essa ligação deve aumentar muito a competitividade de produtos como soja, milho, algodão, couro, pescado e carne bovina.
A medida fortalece o agronegócio local e abre portas para novos mercados.
Com essa nova rota até o porto de Chancay, no Peru, o escoamento rumo à Ásia ficará mais rápido e menos oneroso.
Isso impacta diretamente o chamado “custo Brasil”, que prejudica a competitividade da região.
Expansão da produção agropecuária ganha fôlego
A ferrovia começará na Bahia e passará por Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre até chegar ao Peru.
Ela deverá consolidar Rondônia como um polo exportador.
Produtos regionais como o couro e o tambaqui, já exportado para o Peru, devem conquistar mais espaço no mercado internacional.
Os produtores poderão ampliar suas áreas de plantio e criação nos próximos anos.
O modal ferroviário trará economia e eficiência se comparado ao transporte rodoviário.
Hoje, Rondônia depende principalmente da BR-364 para escoar sua produção.
Ainda em 2025, o governo estima que estudos de viabilidade definirão os custos finais da obra.
Redução de custos e novas oportunidades de mercado
Com o transporte ferroviário, o escoamento de cargas deve ficar mais barato para produtores da região Norte.
Isso facilitará o acesso a países asiáticos, principalmente à China, destino principal da produção agrícola brasileira.
De acordo com Leonardo Ribeiro, secretário Nacional de Transporte Ferroviário, esse passo representa uma estratégia importante para aproximar continentes.
A medida reforça parcerias de longo prazo entre Brasil e China.
O acordo firmado entre as equipes prevê aprofundar estudos logísticos para integrar ferrovias, hidrovias e rodovias.
Essa integração garante sustentabilidade econômica e ambiental.
Entre 2015 e 2016, projetos semelhantes não avançaram por limitações de infraestrutura.
Agora, o cenário é mais favorável, como destaca Ribeiro, devido ao desenvolvimento logístico.
-
Union Pacific Big Boy — maior trem a vapor do mundo criada em 1941, com 40,5 metros de comprimento, 548 toneladas, 25 toneladas de carvão por viagem, capacidade para 95 mil litros de água, potência estimada em 7.000 HP e velocidade máxima de 130 km/h
-
ANTT lança frota de 15 drones profissionais para modernizar fiscalização ferroviária e ampliar segurança nos trilhos
-
TCU analisa nove processos no contrato da Ferroviária da Malha Sudeste, incluindo denúncia na Petrobras e contrato ferroviário prorrogado até 2056
-
Vale pode perder ferrovia de mais de 990 km para o governo após impasse bilionário e corte de indenização pela ANTT
Municípios estratégicos devem gerar empregos
Além dos impactos na produção, a ferrovia criará empregos em pontos estratégicos de Rondônia.
Cidades como Vilhena, Cacoal, Jaru, Ariquemes e Porto Velho devem se beneficiar com terminais de parada.
Esses centros de carga e descarga ajudarão a movimentar a economia local.
Essas paradas logísticas impulsionarão contratações na área de transporte e armazenagem.
A longo prazo, o projeto poderá estimular o surgimento de novos núcleos urbanos em Rondônia.
Esse fenômeno já foi observado em estados como São Paulo e Paraná durante expansões ferroviárias.
Rondônia poderá vivenciar um crescimento populacional alinhado ao fortalecimento do agronegócio.
Parceria estratégica projeta nova fase para logística nacional
O acordo tem duração inicial de cinco anos; além disso, há possibilidade de prorrogação.
Além disso, ele reforça a meta de reduzir distâncias entre América do Sul e Ásia.
Por isso, essa iniciativa diplomática e técnica representa avanço logístico importante para o Brasil.
Assim, a ferrovia aproxima o país de soluções intermodais eficientes.
Do mesmo modo, ela deve apoiar o desenvolvimento sustentável, pois interliga diferentes modais de transporte.
Portanto, produtores, exportadores e comunidades locais se beneficiarão de um sistema mais moderno e seguro.
Com isso, mais empregos, nova infraestrutura e acesso ampliado a mercados fazem Rondônia se tornar protagonista do futuro logístico brasileiro.