Investimento bilionário da China em nova ferrovia promete transformar o agronegócio no Pará. Com um aporte de R$ 37 bilhões, a Ferrovia Greenfield será um marco no setor, facilitando a exportação de produtos agrícolas e impulsionando a economia da região. A iniciativa visa modernizar a infraestrutura logística e melhorar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado global.
A Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (CODEC), em colaboração com a estatal chinesa Sino-Lac Supply Chain, está liderando um ambicioso projeto de investimento da China no Brasil. Este projeto visa criar uma robusta estrutura logística para facilitar a exportação de produtos brasileiros, como alimentos, proteínas animais e vegetais, para o mercado chinês. Com um foco estratégico no agronegócio do Pará, a nova ferrovia promete revolucionar a economia local, impulsionando a competitividade e a presença dos produtos brasileiros na China. A infraestrutura planejada deve melhorar significativamente a eficiência no escoamento da produção, consolidando o Pará como um importante polo agroindustrial no Brasil.
Entenda a parceria entre China e Brasil
Os investimentos da China no Brasil, que tem como objetivo de criar uma plataforma de logística integrada, ou seja, que engloba armazenamento, desembaraço aduaneiro, atestação fitossanitária, assim como a embalagem e transporte, é uma iniciativa pioneira na América Latina, e promete mudar o agronegócio do Pará.
O projeto, que iniciou tratativas em 2020, pretende unificar a área portuária industrial de Barcarena à plataforma de logística do porto de Zhuhai, no sul da China.
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A escolha da região portuária de Barcarena como a melhor opção no país, para receber esses investimentos da China no Brasil, decorreu de estudos que vêm sendo realizados pela empresa chinesa desde 2017, onde a forte cadeia produtiva de proteínas do estado teve grande peso, especialmente a animal (carne), que possui 4 plantas habilitadas para a exportação.
Foram tratadas alternativas para a implementação de plantas de beneficiamento de produtos dentro da futura Zona de Processamento de Exportações de Barcarena (ZPE), por conta das expressivas vantagens tributárias e aduaneiras que trariam ao preço dos produtos. Tais alternativas estão sendo aprofundadas por uma comissão bilateral envolvendo representantes do Pará e da Sino-LAC.
Investimentos da China no Brasil chegam a R$ 38 bilhões
Paralelamente, os investimentos da China no Brasil em infraestrutura no Estado do Pará estão sendo alocados pelo governo federal e prometem mudar o agronegócio do Pará, com a construção de um novo empreendimento de Ferrovia Greenfield.
A expectativa é que R$ 38 bilhões previstos no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, sejam investidos, ao longo dos quatro anos, e infraestrutura capaz de criar condições para que o chamado Arco Norte seja a porta de saída de uma fatia cada vez maior da safra de grãos do Centro-Oeste.
A região produziu cerca de metade dos 193 milhões de toneladas exportadas pelo Brasil no último ano. Segundo a Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (Amport), 37% dos granéis agrícolas exportados, como milho e soja, passaram pelos nove portos representados pela entidade, seis deles no Pará.
Vale mencionar que em abril de 2023, o governador do Pará, Helder Barbalho, o presidente adjunto da Communications Construction Company (CCCC), Sun Liqiang, e vice-presidente executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale, Alexandre Silva D’Ambrosio, assinaram um Memorando de Entendimento da Ferrovia Greenfield do Pará, integrando Marabá ao porto de Vila do Conde, em Barcarena.
Nova Ferrovia Greenfield receberá investimentos de R$ 10 bilhões
Segundo o governador, os investimentos necessários para a construção da nova Ferrovia Greenfield, que mudará o agronegócio do Pará, são da ordem de R$ 10 bilhões.
O objetivo é interligar os municípios de Barcarena, na região nordeste do Estado com municípios do sudeste paraense, como Marabá e Parauapebas, e de lá até o município de Açailândia, no Maranhão, com a ferrovia Norte-Sul para o transporte de pessoas e escoamento de cargas produzidas no Pará, sobretudo da mineração e agropecuária, atividades características da região.
O Pará segue sendo uma potência brasileira nas exportações minerais, segundo dados do “Boletim Indústria Mineral do Pará”, divulgados em 2022 pelo Sindicato das Indústrias Minerais (Simineral). Entre os produtos de exportação paraenses, 84% são minerais. O setor movimentou US$ 18,1 bilhões apenas no último ano, tendo a China como a principal compradora.