1. Início
  2. / Cursos
  3. / Faça engenharia e ganhe R$ 2 mil por isso! Programa é criado visando formar engenheiros e profissionais de TI
Localização RS Tempo de leitura 5 min de leitura Comentários 0 comentários

Faça engenharia e ganhe R$ 2 mil por isso! Programa é criado visando formar engenheiros e profissionais de TI

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 11/04/2025 às 22:44
RS Talentos oferece bolsas de R$ 2 mil para formação em engenharia e TI. Oportunidade única para jovens de todo o Brasil!

Com R$ 2 mil mensais, o programa do Rio Grande do Sul visa formar profissionais de áreas estratégicas, abrindo portas para o mercado tecnológico e industrial.

O Rio Grande do Sul lançou um novo programa de incentivo à formação de engenheiros e profissionais de tecnologia da informação que promete agitar o cenário educacional e econômico do estado.

Batizado de RS Talentos, o projeto vai oferecer até 400 bolsas de R$ 2 mil por mês para estudantes matriculados em cursos estratégicos, como Ciência da Computação, Engenharias e áreas afins.

O objetivo é suprir a crescente demanda por mão de obra qualificada e fomentar o desenvolvimento industrial e tecnológico gaúcho.

A iniciativa do governo estadual conta com um investimento de R$ 21 milhões, oriundos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), e prevê a formação de novos profissionais em instituições públicas e comunitárias de ensino superior.

O programa foi oficializado pelo decreto nº 58.006, publicado em janeiro de 2025, e tem previsão de início das aulas para o segundo semestre deste ano.

Formação estratégica para suprir lacuna de profissionais

O déficit de engenheiros no Brasil ultrapassa 75 mil profissionais, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O problema é agravado pela predominância de cursos à distância na área, conforme revelado pelo Censo da Educação Superior do Ministério da Educação, que mostra que há mais estudantes de Engenharia em cursos EAD do que presenciais — o que levanta preocupações quanto à qualidade da formação.

O RS Talentos surge como uma resposta direta a esse cenário preocupante.

De acordo com Simone Stülp, secretária estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia, o programa representa um passo estratégico rumo ao fortalecimento da base produtiva do estado.

— Hoje, se discute mundialmente a necessidade de formação sólida nas áreas de tecnologia e engenharia.

O RS está na vanguarda ao lançar uma iniciativa que alia educação de qualidade, incentivo financeiro e conexão direta com o setor produtivo — destaca Simone.

Cursos contemplados e duração das bolsas

Durante 18 meses, os estudantes contemplados com a bolsa de permanência no valor de R$ 2 mil mensais poderão cursar graduação nas seguintes áreas:

  • Ciência da Computação
  • Engenharia da Computação ou Engenharia de Software
  • Engenharia de Automação
  • Engenharia Mecânica
  • Engenharia Elétrica ou Eletrônica
  • Engenharia Química

Além do apoio financeiro aos estudantes, as universidades comunitárias também receberão uma taxa acadêmica de R$ 2 mil por aluno, o que representa um estímulo adicional para instituições comprometidas com a excelência acadêmica.

Processo seletivo em duas etapas

Inspirado no modelo do programa estadual Professor do Amanhã, voltado para licenciaturas, o RS Talentos será implantado em duas fases.

A primeira envolve um edital público para a seleção de propostas apresentadas por universidades públicas e instituições comunitárias de ensino superior (Ices).

A segunda etapa será de responsabilidade das próprias instituições, que realizarão seus próprios processos seletivos, seguindo diretrizes específicas.

Para se candidatar, será necessário ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e obtido nota mínima de 500 pontos.

A seleção, no entanto, será feita individualmente por cada universidade, que poderá adicionar critérios complementares.

A previsão é que sejam lançados dois editais distintos ainda neste semestre: um para universidades públicas e outro para comunitárias.

A divisão busca garantir equidade e adequação às realidades institucionais distintas.

Aproximação com o setor industrial gaúcho

Um dos pilares do programa é a conexão direta com o setor produtivo, especialmente as empresas industriais do Rio Grande do Sul.

Segundo a secretária da Sict, parcerias já estão sendo negociadas com a Fiergs (Federação das Indústrias do Estado), com o objetivo de facilitar a inserção dos alunos no mercado de trabalho.

— Estamos estruturando uma ponte entre universidades e empresas, nos moldes do programa Semicondutores RS.
Queremos que os estudantes do RS Talentos já comecem sua trajetória com uma forte rede de apoio e oportunidades reais de carreira — afirma Simone Stülp.

Essas parcerias permitirão que empresas acompanhem de perto a formação dos estudantes, podendo inclusive influenciar conteúdos curriculares para melhor atender às demandas do mercado.

Iniciativa visa retenção de talentos e inovação local

O RS Talentos também busca atrair estudantes de outras regiões do Brasil, fortalecendo o protagonismo gaúcho na inovação e tecnologia.

Com isso, o governo espera não apenas preencher vagas estratégicas no mercado, mas também reter talentos e incentivar a permanência desses profissionais no Estado após a formação.

A meta do programa vai além da formação acadêmica: o foco está na geração de empregos qualificados, no aumento da competitividade do setor industrial e no estímulo à inovação local.

A iniciativa reforça uma política pública voltada para o desenvolvimento sustentável da economia do Rio Grande do Sul, ancorada no tripé educação, tecnologia e indústria.

A expectativa é que, ao final dos 18 meses de bolsa, os bolsistas estejam inseridos ou a caminho de se inserir no mercado de trabalho, com maiores chances de empregabilidade e estabilidade profissional.

Educação e inovação como motores de transformação

Em tempos de transição tecnológica acelerada e digitalização crescente, investir em formação de alto nível se torna essencial para o crescimento regional e nacional.

Programas como o RS Talentos demonstram como políticas públicas podem atuar de maneira assertiva para resolver gargalos estruturais e abrir portas para o futuro.

Além disso, a proposta pode servir de modelo para outros estados brasileiros, que também enfrentam dificuldades na formação de profissionais de engenharia e tecnologia.

A integração entre academia, governo e setor privado representa uma tendência que tende a se intensificar nos próximos anos. Clique para mais informações!

Você se inscreveria em um programa como esse se tivesse a chance? Que outro curso deveria ser incluído na lista de bolsas? Comente sua opinião!

Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo
Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais antigos
Mais recente Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x