Anúncio do novo investimento na fábrica de São José dos Pinhais ocorre após dois anos sem que a Renault lançasse um produto totalmente novo
Na semana passada, um investimento de R$ 2 bilhões na fábrica de São José dos Pinhais (PR) foi divulgado pela Renault do Brasil, visando à produção de um novo utilitário esportivo (SUV) e de um novo motor 1.0 turbo. No mês de março, a produção do novo automóvel já havia sido anunciada, porém ainda era necessária a aprovação da matriz para a efetivação do novo plano de investimento.
A companhia destaca, ainda, que a nova plataforma para o SUV, denominada CMF-B, também possibilitará que novos produtos cheguem no futuro, além de que ocorra uma eventual eletrificação.
De acordo com Luiz Fernando Pedrucci – presidente da empresa na região -, esta é uma importante fase para a Renault na América Latina, haja vista que está sendo realizada uma preparação para o lançamento de novos produtos e motores com a melhor tecnologia mundial do Renault Group.
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Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil, afirmou, por sua vez, que o novo investimento acontece após o último ciclo de R$ 1,1 bilhão anunciado no mês de março do ano passado. Tal montante foi destinado aos lançamentos do Zoe E-Tech elétrico e do SUV Captur com o novo motor turbo TCe 1.3 Flex e a nova linha dos modelos Master, Oroch, Kwid e Duster, bem como do K wid E-Tech elétrico, que está ainda em pré-venda para a realização de entregas em agosto.
O investimento é parte do novo plano estratégico da Renault, denominado Renaulution
Desde 2021, a Renault passou a adotar no Brasil o plano estratégico chamado Renaulution, cujo objetivo é demonstrar menos interesse no volume de vendas da empresa e mais nos valores, isto é, focar em modelos mais caros que dão um maior retorno financeiro à marca.
Diante desse cenário, o novo SUV chegará ao mercado em um intervalo de dois anos, devendo disputá-lo no segmento em que atuam, hoje, o Fiat Pulse e o Volkswagen T-Cross.
No mês de abril, a Nissan, empresa parceira da Renault, também informou que realizará um investimento de cerca de R$ 1,3 bilhão na fábrica de Resende (RJ), que deve ser aplicado até o ano de 2025. Além disso, a quantia será também gasta para a produção de um novo veículo e a modernização da fábrica, que, vale mencionar, está sofrendo uma paralisação desde o dia 4 de julho até o dia 8 de julho, devido à escassez de semicondutores.
As informações são provenientes do jornal O Estado de S. Paulo.
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Escassez de componentes eletrônicos gera paralisações em indústria de eletroeletrônicos e em fábricas montadoras de veículos por todo o Brasil
Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, a falta de componentes eletrônicos para as indústrias, ainda mais intensificada pelos lockdowns na China, está fazendo com que fábricas das três maiores montadoras do Brasil – a Fiat, a Volkswagen e a General Motors (GM) – entrem novamente em paralisação. A problemática afeta também, de maneira ainda mais abundante, a indústria de aparelhos eletrônicos, em que o volume de fábricas atingidas é o maior desde o começo da crise dos semicondutores.
As duas indústrias vêm passando por uma série de desafios para que as linhas sigam funcionando sem interrupções, entre os quais se destacam, por exemplo, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, onde são comercializados insumos essenciais para a produção dos chips, e a lentidão para a liberação de cargas em alfândegas, devido à operação-padrão dos fiscais da Receita Federal.
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