Espetáculos, shows e outros eventos realizados em condições de elevado calor estarão sujeitos a regulamentações estritas a fim de garantir a segurança e bem-estar do público, a fim de evitar qualquer risco à saúde.
Recentemente, tem sido observado um fenômeno no futebol brasileiro que tem sido chamado de efeito ‘arena’. Esse fenômeno está relacionado aos preços elevados dos ingressos em novos estádios, que têm forçado uma mudança no perfil dos torcedores, favorecendo a elitização do esporte no país.
Essa tendência tem levado a uma série de impactos no cenário esportivo e social, afastando os torcedores mais tradicionais que não conseguem arcar com os custos exorbitantes dos ingressos, e tornando o acesso aos jogos um privilégio para poucos. Isso tem gerado debates acalorados entre especialistas e apaixonados pelo futebol, levantando questões sobre a democratização do esporte e a importância de garantir que ele continue acessível a todos.
Ingressos caros favorecem a elitização do futebol brasileiro, dizem especialistas
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A empresa responsável pelo evento na cidade de São Paulo, Live Nation Brasil, não deu retorno a uma solicitação de comentário em relação às falhas mencionadas nos relatos até a divulgação deste texto. A oportunidade permanece aberta para esclarecimentos.
No estado do Rio de Janeiro, a suspensão tardia do segundo concerto de Taylor Swift, programado para a noite de 18 de maio, expôs os admiradores a mais um dia de espera em filas sob uma temperatura que chegou a atingir 42,5 ºC. No entanto, medidas foram tomadas para proporcionar alívio aos que aguardavam: jatos de água oferecidos pelo Corpo de Bombeiros, além da distribuição de água potável.
Observações sobre a Checagem na Entrada e Distribuição de Água
Uma falha notada foi a insuficiência da revista realizada na entrada, com uma verificação superficial de bolsas, bolsos e vestuário, muito menos rigorosa do que no dia anterior.
Também foi evidenciado um aumento na disponibilidade de água para quem estava na área Premium, bem como mais pontos de venda de bebidas. Apesar do anúncio de que gelo seria fornecido no local, ele foi negado a uma das repórteres “por ordem da gerência”. No entanto, no dia anterior, não houve menção sobre distribuição de gelo durante todo o evento. A falta de consistência nas instalações e serviços oferecidos no evento é uma preocupação importante.
Em São Paulo, os portões do Allianz para a apresentação do RBD foram abertos quase duas horas mais cedo do horário previsto, facilitando o acesso do público. Às 16 h, a maioria dos fãs já estava dentro do estádio.
No percurso até a entrada, o calor foi aliviado pelo céu mais nublado, embora as temperaturas ainda estivessem altas – os termômetros indicavam 37 ºC.
Ainda havia uma grande quantidade de lixo no chão, mas agora o público não precisava mais se livrar das garrafas de água – apenas das tampinhas. Era permitida a entrada de água e muitos conseguiram entrar com lanches industrializados, como salgadinhos.
A determinação do MJ também inclui que a empresa deve fornecer recipientes com água própria para beber e disponibilizar postos de hidratação facilmente acessíveis a todos os participantes, sem custo adicional. Além disso, a norma exige que a organizadora assegure que os pontos de venda de alimentos e bebidas e os postos de hidratação estejam localizados em áreas de fácil acesso aos fãs. Em caso de venda de água, os órgãos de proteção ao consumidor locais e estaduais devem fiscalizar e impedir aumentos abusivos de preços.
No dia seguinte, uma portaria emergencial assinada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, entrou em vigor após o falecimento da jovem Ana Benevides. A portaria obriga as produtoras de eventos a permitirem o “acesso gratuito de garrafas de uso pessoal, contendo água para consumo” em shows e festivais no Brasil. Isso foi uma medida adotada em resposta ao trágico evento, com o objetivo de garantir a hidratação e a segurança do público durante eventos de grande porte. **Essa medida emergencial busca prevenir novas tragédias relacionadas à falta de acesso à água durante eventos de entretenimento.**
Empresa presta assistência após morte de fã durante show de Taylor Swift
Abreu também ressaltou que a equipe da TF4 está completamente devastada com o falecimento de Ana Clara Benevides e se ofereceu para fornecer suporte à empresa em todas as áreas necessárias. A empresa está atualmente sob investigação pela Polícia Civil, que está apurando se a proibição da entrada de água no estádio constitui um crime de perigo à vida ou à saúde dos fãs.
O CEO da T4F, Serafim Abreu, abordou o incidente pela primeira vez na manhã de quinta-feira (23). De acordo com o executivo, a razão para o atraso em fazer uma declaração pública foi devido ao foco da empresa em “incorporar os aprendizados” – tais como a implementação de áreas de sombra nas áreas externas, a modificação do horário dos shows originalmente agendados e a ênfase na permissão para ingressar com copos de água descartáveis.
O espetáculo do grupo RBD teve início por volta das 20h30 e transcorreu sem incidentes. No entanto, na mesma noite, a jovem Ana Clara Benevides, com 23 anos de idade, sofreu duas paradas cardiorrespiratórias durante a apresentação de Taylor Swift no estádio Nilton Santos, conhecido como Engenhão, no Rio de Janeiro, promovida pela empresa Time For Fun. Na data em questão, a cidade do Rio de Janeiro estava passando por uma onda de calor, com temperaturas próximas a 40 ºC. O estádio Nilton Santos estava com uma capacidade para 60 mil pessoas, e a sensação térmica chegou a alcançar os 60 graus Celsius. Infelizmente, a estudante não resistiu e faleceu durante o evento.
Os portões do estádio Allianz Parque foram abertos pontualmente às 16 horas, permitindo a entrada do público e aliviando gradualmente o tráfego nas ruas.
À medida que se aproximava da entrada, a quantidade de lixo no chão aumentava, particularmente garrafas plásticas – até então, os espectadores eram obrigados a descartar os itens. Em vez de lixeiras, sacos de lixo azuis foram distribuídos pelo chão, que já estavam totalmente cheios. Era visível a grande quantidade de comida jogada fora, como sanduíches. **Essa situação resultou em um acúmulo significativo de resíduos no local.**
Confira os testemunhos:
Sexta-feira (17), antes do óbito de Ana Benevides
Ao redor do Allianz Parque, na zona oeste de São Paulo, enormes aglomerações de fãs aguardando a volta do RBD ao Brasil bloqueavam ruas e avenidas. Na Avenida Sumaré, por exemplo, uma fila se estendia por mais de 1,3 km até a entrada, na Rua Palestra Itália. Devido à ausência de chuva naquele dia, o sol não dava trégua, com os termômetros registrando uma média de 37 ºC.
As jornalistas de economia do InfoMoney, Maria Luiza Dourado e Giovanna Sutto, estiveram presentes nos eventos da banda mexicana RBD na cidade de São Paulo, nos dias 17 e 18 de novembro, e tiveram a oportunidade de avaliar e comparar as duas experiências, ambas produzidas pela empresa Live Nation do Brasil.
As medidas da portaria, que foram implementadas de forma emergencial, entraram em vigor durante o show do RBD em São Paulo, no dia 18 de novembro, um dia após o falecimento de uma estudante no Rio de Janeiro. No entanto, mesmo com as ações tomadas, alguns problemas ainda persistiram.
Depois do falecimento da jovem sul-mato-grossense Ana Clara Benevides, 23, durante a apresentação da cantora norte-americana Taylor Swift no Rio de Janeiro em 17 de novembro, o governo federal anunciou novas diretrizes para a realização de shows, festivais e grandes eventos durante períodos de altas temperaturas no Brasil.
As novas regras, que foram oficializadas por meio de uma portaria divulgada no Diário Oficial da União em 22 de novembro, exigem que os organizadores disponibilizem bebedouros e água própria para consumo em pontos de fácil acesso, garantindo a hidratação de todos os espectadores em eventos desse tipo. **Essa medida visa prevenir casos de desidratação e garantir a segurança do público durante as apresentações.**
Fonte: InfoMoney