Cientistas alertam para riscos em comunicações, satélites e redes elétricas diante da escalada da atividade solar
A atividade solar está em alta desde 2008 e, portanto, tem despertado alerta global entre especialistas, conforme confirmado pela NASA em estudos publicados em junho de 2023 no periódico The Astrophysical Journal Letters. O fenômeno preocupa porque pode provocar falhas em comunicações, danos a satélites e instabilidades em redes elétricas, além de alterar intensamente o clima espacial.
Ciclo solar muda de comportamento após décadas de queda
Tradicionalmente, a atividade do sol segue um ciclo de 11 anos. Entretanto, entre as décadas de 1980 e 2008, observou-se queda constante na intensidade desse ciclo, o que levou cientistas a acreditarem que o sol entraria em fase prolongada de baixa atividade. No entanto, a partir de 2008, os dados indicaram o oposto: o sol retomou sua força e passou a registrar eventos cada vez mais intensos.
Além disso, segundo Jamie Jasinski, pesquisador do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em entrevista ao Independent, “todos os sinais indicavam que o sol entraria em baixa atividade. Foi surpreendente ver a tendência mudar. O sol está despertando”. Dessa forma, o fenômeno reverteu expectativas científicas.
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Impactos diretos da intensificação solar na Terra
De acordo com especialistas, as ejeções de massa coronal (CMEs) e erupções solares liberam partículas carregadas capazes de atingir a atmosfera terrestre e o campo magnético do planeta. Por causa disso, podem ocorrer:
- Interrupções em transmissões de rádio, sobretudo em regiões de maior exposição.
- Falhas em sistemas de GPS, o que afeta diretamente transporte aéreo e marítimo.
- Riscos de danos permanentes a satélites, que comprometem a comunicação global.
- Pane temporária em redes de energia elétrica, prejudicando economias inteiras.
- Auroras intensas e visíveis em maiores latitudes, conhecidas como Luzes do Norte e do Sul.
Consequentemente, esses fenômenos já foram observados em várias ocasiões recentes, reforçando os temores sobre a dependência tecnológica em um cenário de maior agressividade solar.
O histórico de silêncio solar no século XVIII
O comportamento solar tem sido monitorado desde o século XVII. Nesse sentido, entre 1790 e 1830, o planeta vivenciou um período de 40 anos de baixa atividade solar, quando o astro permaneceu praticamente silencioso. Segundo Jasinski, “não sabemos por que o sol passou por esse mínimo de quatro décadas. As tendências de longo prazo ainda são pouco previsíveis”.
Assim, esse histórico mostra como os ciclos solares podem se transformar de forma inesperada, exigindo constante vigilância científica e adaptação de previsões.
NASA aposta em novas missões para compreender o clima espacial
Com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre o impacto das tempestades solares, a NASA lançará em setembro de 2025 duas novas missões. A primeira é o Observatório Geocorona Carruthers, que investigará a interação da radiação solar com a atmosfera da Terra. Já a segunda é a Sonda de Mapeamento e Aceleração Interstelar, destinada a medir o movimento das partículas solares pelo espaço interestelar.
Portanto, esses projetos são estratégicos no contexto da missão Artemis, que pretende levar humanos de volta à Lua após mais de 50 anos desde a última viagem tripulada em 1972. A segurança dos astronautas e das espaçonaves depende de maior compreensão sobre o comportamento do sol, especialmente diante da escalada de tempestades solares.
Destaques da atividade solar crescente
- NASA confirmou em 2023 que o sol retomou força desde 2008, contrariando previsões.
- Erupções solares ameaçam GPS, satélites e redes elétricas, aumentando a vulnerabilidade tecnológica.
- Auroras mais intensas surgem como efeito visível do fenômeno, atraindo atenção mundial.
- Entre 1790 e 1830, houve 40 anos de silêncio solar, segundo registros históricos.
- Em setembro de 2025, novas missões da NASA vão aprofundar pesquisas sobre o clima espacial, reforçando a necessidade de monitoramento constante.
Desafios para ciência e sociedade
A intensificação solar coloca em pauta questões de segurança tecnológica, energética e até geopolítica. Além disso, países altamente dependentes de satélites, como os Estados Unidos, a China e os membros da União Europeia, devem investir em sistemas de proteção e monitoramento mais robustos.
Assim, para além da ciência, o comportamento do sol impacta diretamente a vida cotidiana, desde a precisão de sistemas de navegação até a estabilidade das redes elétricas que sustentam economias inteiras.
O que você considera mais urgente: investir rapidamente em tecnologia de proteção contra tempestades solares ou priorizar pesquisas de longo prazo para entender o comportamento do sol? sol?