A exploração de petróleo na Foz do Amazonas deu mais um passo: simulações ambientais exigidas pelo Ibama foram aprovadas, e a licença pode sair a qualquer momento.
A Petrobras concluiu com sucesso a Avaliação Pré-Operacional (APO), última etapa exigida pelo Ibama antes da liberação da licença para perfurar o primeiro poço na região da Foz do Amazonas. O teste, que envolveu centenas de profissionais e simulações de acidentes, foi considerado satisfatório pela estatal e abre caminho para a aguardada autorização ambiental.
Segundo informações publicadas pelo jornal O Globo, a avaliação foi concluída nesta quarta-feira (27) e trouxe otimismo dentro da Petrobras. A empresa acredita estar perto de iniciar uma nova fronteira de negócios com a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, considerada estratégica para repor reservas diante do declínio esperado do pré-sal na próxima década.
O que foi testado na Foz do Amazonas?
A exploração de petróleo na Foz do Amazonas só poderá começar após a análise da APO, que verificou se a Petrobras está preparada para atuar em caso de emergências ambientais. Entre os exercícios realizados estiveram:
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- Simulação de vazamento de óleo no mar, avaliando contenção e recolhimento.
- Teste do BOP (conjunto de válvulas de segurança), essencial para travar o poço em caso de falha.
- Uso de ROVs (robôs submarinos) para inspeções em profundidade.
- Resgate e tratamento de fauna marinha, como golfinhos, aves e tartarugas.
Mais de 400 profissionais participaram da operação, que envolveu 13 embarcações, três aeronaves e dois Centros de Atendimento e Reabilitação de Fauna, em Belém (PA) e Oiapoque (AP). Esses centros funcionam como verdadeiros hospitais para animais marinhos.
Por que a região é estratégica?
A exploração de petróleo na Foz do Amazonas é uma das prioridades da gestão de Magda Chambriard, presidente da Petrobras. A área está localizada no litoral do Amapá, dentro da chamada Margem Equatorial, que se estende até o Rio Grande do Norte e é considerada uma nova fronteira petrolífera do país.
Especialistas apontam que o potencial da região pode ser decisivo para o futuro da estatal. As reservas do pré-sal, hoje responsáveis pela maior parte da produção, tendem a declinar a partir de meados da próxima década. A abertura da Foz do Amazonas seria, portanto, uma alternativa estratégica para manter o Brasil entre os grandes produtores de petróleo do mundo.
Resistências e preocupações ambientais
Apesar do otimismo da Petrobras, a exploração de petróleo na Foz do Amazonas enfrenta resistência. Em maio de 2023, o Ibama chegou a negar a licença para perfuração, e um parecer técnico recomendou novamente a rejeição meses depois, apontando riscos à biodiversidade.
ONGs e especialistas ambientais alertam para o perigo de acidentes em uma área sensível, próxima a ecossistemas marinhos únicos e ainda pouco estudados. Para responder às críticas, a Petrobras instalou centros de reabilitação de fauna e reforçou os protocolos de segurança, mas a decisão final ainda depende da análise do Ibama.
O que acontece agora?
Com a APO concluída, o Ibama vai elaborar o relatório que pode liberar ou não a licença para o início da perfuração. Em casos anteriores, como na Bacia Potiguar (RN), a licença saiu pouco tempo depois da aprovação do teste.
Para o mercado, a expectativa é alta. Se a autorização for concedida, a Petrobras poderá perfurar seu primeiro poço na Foz do Amazonas, abrindo caminho para um ciclo de novos investimentos e possível fortalecimento da balança comercial brasileira.
O sucesso da APO aproxima a Petrobras de um marco histórico: a exploração de petróleo na Foz do Amazonas. O projeto é visto como estratégico para a economia nacional, mas também desperta fortes debates sobre riscos ambientais e sustentabilidade.
E você, acredita que a exploração de petróleo na Foz do Amazonas deve ser liberada pelo Ibama? O potencial econômico compensa os riscos ambientais? Deixe sua opinião nos comentários!
Deve explorar SIM!