Soldados da 1ª Divisão de Cavalaria testam em Fort Cavazos o Switchblade 600, drone kamikaze que une alcance, precisão e proteção em combate
Soldados da 1ª Divisão de Cavalaria do Exército dos EUA realizaram em 29 de setembro o primeiro teste de fogo real do Switchblade 600, uma munição de propulsão que combina características de drone e míssil. O exercício aconteceu em Fort Cavazos e marcou um avanço na modernização das formações blindadas, segundo comunicado oficial.
A demonstração fez parte do Pegasus Charge, iniciativa vinculada ao programa “Transformando em Contato”, que busca redefinir a forma de combate com novas tecnologias de drones e comunicações avançadas.
O Switchblade 600 em ação
O Switchblade 600 é um sistema aéreo não tripulado lançado por tubo, com cerca de 1,5 metro de comprimento e peso de 34 quilos.
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O equipamento já foi utilizado por Forças de Operações Especiais, unidades de infantaria leve e parceiros estrangeiros. Agora, a 1ª Divisão de Cavalaria se torna uma das primeiras formações blindadas a empregá-lo.
O Capitão Jeffrey Weller, comandante da Tropa de Reconhecimento Multifuncional da 2ª Brigada de Combate Blindada, destacou a importância do teste: “Esta é a primeira vez que todos os nossos soldados veem essas munições sendo disparadas, e você pode sentir a emoção no ar”.
Segundo ele, o Switchblade permite ataques de precisão entre 5 e 15 quilômetros à frente das tropas, ampliando alcance e letalidade.
O sistema, movido a bateria, carrega uma ogiva multiuso Javelin, pode voar de 40 a 45 minutos e atingir alvos a até 43 quilômetros. Um supervisor de operações de voo do fabricante explicou: “É um míssil controlado remotamente que voa como um drone até atingir o alvo. O operador usa câmeras de bordo para identificar, selecionar e engajar o alvo.”
Precisão e segurança no campo de batalha
Um dos diferenciais do Switchblade é a capacidade de desviar em pleno voo, adaptando-se às mudanças do campo de batalha. Para os comandantes, esse recurso reduz danos colaterais e aumenta a proteção das tropas.
“O Switchblade nos permite atingir veículos ou pequenos grupos de pessoas a uma distância muito maior do que antes”, disse Weller. “Ele aumenta nossa letalidade, minimiza os danos colaterais e ajuda a proteger os soldados na linha de frente.”
Treinamento intensivo dos operadores
Antes do disparo real, os militares passaram por cinco dias de treinamento com o fabricante, aprendendo a configurar, armar e programar os drones para missões de vigilância e ataque.
O especialista Drake Cross, operador da divisão, relatou sua experiência: “Todo o resto que voei foi para vigilância e aquisição de alvos. Este é o primeiro voo em que posso realmente disparar uma bala. É emocionante porque salva vidas de soldados, atingindo alvos sem nos colocar em perigo.”
Cross também destacou a facilidade de uso: “Não há muita curva de aprendizado. Depois de identificar e mirar em um alvo, você pode ajustar até o impacto para garantir que está acertando o alvo desejado.”
Lições da guerra e futuro do combate
Líderes do Exército afirmam que o Switchblade é apenas uma das tecnologias incorporadas às unidades blindadas. As mudanças buscam adaptar o serviço às lições extraídas da guerra na Ucrânia e de outros conflitos, nos quais os drones tiveram papel decisivo.
“O campo de batalha está em constante mudança, e o Exército precisa se modernizar para acompanhar o ritmo”, disse Weller. “Ver sistemas como o Switchblade em ação nos mostra o futuro de como nossas formações lutarão. É um grande passo para manter nossos soldados mais seguros e letais.”
A 1ª Divisão de Cavalaria pretende utilizar o Switchblade em seu próximo rodízio no Centro Nacional de Treinamento, em Fort Irwin, na Califórnia.