Exército Brasileiro deu um grande passo para fortalecer a segurança da Amazônia ao assinar, neste mês de dezembro, um acordo histórico na área de telecomunicações.
O Exército Brasileiro, através do seu Centro Integrado de Telemática, assinou um acordo essencial com a Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF), grupo formado pelas vencedoras do leilão do 5G, para consolidar a possibilidade de manutenção de infraestruturas necessárias às telecomunicações estratégicas do Norte do Brasil, essenciais para a defesa do país na Amazônia.
Acordo do Exército Brasileiro que beneficiará a Amazônia
O Comando do Exército Brasileiro, através do Centro Integrado de Telemática do Exército (CITEx) e do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), assinou no dia 1º de dezembro um Acordo de Cooperação com a organização da sociedade civil Entidade Administradora da Faixa 3,5 GHz (EAF).
Este acordo tem como objetivo unir esforços para a implantação e manutenção de infraestruturas de telecomunicações estratégicas de interesse da Defesa Nacional, assim como a oferta de serviços que fomentem a inclusão digital na Região Amazônica, no contexto do Programa Amazônia Integrada e Sustentável e do Projeto Amazônia Conectada.
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O acordo com o Exército Brasileiro na área de telecomunicações ainda prevê iniciativas conjuntas com foco no intercâmbio de conhecimentos, capacidades e experiências próprias do CITEx e da EAF, relacionadas à construção de redes de transporte de dados de longa distância, redes metropolitanas, uso compartilhado de infraestrutura resiliente, modelos de governança de tecnologia da informação e da comunicação, capacitação de pessoal e desenvolvimento de aplicações duais.
Tal cooperação possibilitará potencializar os benefícios previstos pelos projetos Amazônia Conectada e Amazônia Integrada Sustentável, aperfeiçoando as comunicações de interesse da Defesa Nacional e a implementação de políticas públicas com foco na inclusão digital na Região Norte.
Quem esteve presente durante a assinatura do acordo voltado às telecomunicações?
Com esta nova parceria com o Exército Brasileiro, a expectativa não é apenas aumentar a capacidade de comando e controle na área do Comando Militar da Amazônia e do Comando Militar do Norte, entretanto, também apoiar políticas públicas de inclusão digital de forma sustentável, que são objetivos do Projeto Amazônia Conectada.
Estiveram presentes para assinatura do Acordo de Cooperação em Telecomunicações o General de Divisão, Eduardo Wolski, Chefe do Comando, Controle e Informação do DCT, o General de Brigada Jacy Barbosa Junior, Chefe do CITEx, Sr Leandro Guerra, Diretor Geral da EAF, e o Sr Carlos Baigorri, Presidente da Anatel.
Vale destacar que, em setembro, o Comando Militar da Amazônia (CMA) recebeu uma delegação internacional composta por representantes de empresas de telecomunicações de Colômbia, Peru, Portugal, Suriname e Guiana Francesa, assim como membros da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e da UNESCO.
O objetivo da visita foi apresentar e inspecionar o Programa Amazônia Conectada (PAC), uma iniciativa que tem gerado acesso à internet em nove localidades remotas do Amazonas, melhorando a qualidade de vida da população e alavancando o desenvolvimento econômico e a segurança na Amazônia Ocidental.
Saiba mais sobre o Programa Amazônia Conectada
A infraestrutura do PAC envolveu a instalação de mais de 1.200 km de cabos ópticos na região desde 2015, contribuindo de forma importante para conectar unidades do Exército Brasileiro e outros órgãos governamentais.
O PAC é um projeto estratégico que consiste em lançar cabos de fibra óptica pelos leitos dos rios da Amazônia para estabelecer canais de transmissão de dados de alta velocidade. O projeto é dual, como citado anteriormente, o que significa que outras entidades governamentais podem se associar a ele para beneficiar as populações rurais da região.
O esforço conjunto do Exército Brasileiro, Ministério das Comunicações e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações resultou na criação do PAC em 2015. Além de fornecer conectividade à população, a infraestrutura de comunicações desenvolvida possibilita que outros órgãos governamentais implementem políticas públicas em áreas previamente carentes, oferecendo serviços como internet, telemedicina, EAD, segurança pública e mais.