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Ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco afirma que gastos excessivos do governo transformam dívida brasileira em bomba geracional perigosa

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 23/09/2025 às 13:42
Gustavo Franco alerta que os gastos do governo transformam a dívida pública brasileira em bomba geracional, crítica feita ao Banco Central e ao risco fiscal.
Gustavo Franco alerta que os gastos do governo transformam a dívida pública brasileira em bomba geracional, crítica feita ao Banco Central e ao risco fiscal.
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Gustavo Franco critica gastos excessivos do governo e afirma que Brasília só conhece a “tecla G de gastar”, colocando risco sobre as próximas gerações

O ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, voltou ao centro do debate econômico ao classificar os gastos públicos do governo como insustentáveis e perigosos. Para ele, a dívida bruta, já próxima de R$ 8 trilhões, ameaça se transformar em uma “bomba geracional” que comprometerá o futuro do país.

Em sua análise, cada novo programa anunciado em Brasília não gera confiança, mas descrença. O alerta foi dado durante o evento DAC Insiders, promovido pelo Mercado Bitcoin, onde Franco ressaltou que a fatura da expansão fiscal atual recairá inevitavelmente sobre os jovens de hoje.

A crítica do ex-presidente do Banco Central

Segundo Gustavo Franco, a política fiscal brasileira vive uma situação de dominância.

Em vez de estimular a economia, os gastos adicionais aumentam o risco, elevam juros e reduzem o espaço de ação da política monetária.

Na prática, o Tesouro já assumiu o papel de fixador dos juros, por meio dos leilões de dívida.

Ele fez ainda uma analogia empresarial: se o Brasil fosse uma empresa, estaria “altamente endividada, com fluxo de caixa insuficiente e alavancagem insustentável”.

Para qualquer gestor, essa configuração indicaria insolvência.

A tecla “G” de gastar

No ponto mais enfático de sua fala, o ex-presidente do Banco Central ironizou que Brasília só conhece a “tecla G de gastar”.

Para ele, a incapacidade de conter despesas transforma o orçamento público em uma máquina de produzir incertezas.

Franco destacou que esse comportamento não afeta apenas a economia técnica, mas também a política.

Em suas palavras, “antes, eleições significavam estímulos; agora, significam mais desconfiança”.

Impacto internacional e comparação com outros países

Gustavo Franco também analisou o cenário global.

Ele mencionou as tarifas dos Estados Unidos contra a China, explicando que, embora populares, dificilmente são sustentáveis no longo prazo.

Para o Brasil, a consequência indireta é a maior volatilidade cambial, que pode até ajudar o Banco Central no combate à inflação, mas não resolve a fragilidade fiscal interna.

Segundo ele, enquanto outros países ajustam seus sistemas tributários e orçamentários, o Brasil segue refém de gastos obrigatórios que consomem quase toda a capacidade de investimento público.

O resultado é um Estado engessado, incapaz de gerar crescimento sustentável.

Dívida e geração futura

O alerta de Franco é claro: a dívida pública brasileira deixou de ser apenas um problema contábil e se tornou um dilema geracional.

A cada novo gasto, a bola de neve cresce, e a conta será paga por quem ainda está entrando no mercado de trabalho.

Para ele, sem uma mudança estrutural no orçamento e sem maior responsabilidade fiscal, o Brasil continuará preso a um ciclo de desconfiança e juros altos, que limitam a capacidade de crescimento.

As declarações do ex-presidente do Banco Central escancaram um ponto sensível: o futuro da economia brasileira depende de escolhas fiscais feitas agora.

O excesso de gastos pode até aliviar tensões políticas no curto prazo, mas compromete o desenvolvimento das próximas gerações.

E você, acredita que o Brasil conseguirá sair dessa trajetória de endividamento? Ou a tecla “G” continuará sendo o único comando em Brasília? Compartilhe sua visão nos comentários — sua opinião é parte essencial desse debate.

Gustavo Franco alerta que dívida bilionária e política fiscal descontrolada tornam jovens de hoje herdeiros de um Brasil insolvente
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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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