Deiverson Migliatti começou atrás do balcão da Casas Bahia e hoje comanda a Sterna Café, rede com 80 lojas e planos de chegar a 300 unidades até 2028.
Logo no início da carreira, Deiverson Migliatti viu na Casas Bahia uma escola prática de gestão, atendimento e varejo. A experiência atrás do balcão o ensinou sobre rotina, operação e comportamento do consumidor aprendizados que mais tarde se tornariam a base de um dos negócios de cafés especiais que mais crescem no país.
Anos depois, o ex-funcionário da varejista fundou a Sterna Café, rede com 80 unidades em operação e faturamento de R$ 80 milhões em 2024, que agora planeja expandir para 300 lojas até 2028. A proposta nasceu de um propósito claro: aproximar o brasileiro do café especial sem elitizar o consumo.
Da Casas Bahia ao sonho de empreender
Antes de se tornar dono de uma marca nacional, Migliatti passou anos dentro da Casas Bahia, onde conheceu de perto o ritmo do varejo popular.
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Ele participou da padronização de processos e do treinamento de equipes, o que despertou nele uma paixão por entender como marcas constroem experiências.
Depois, o empreendedor mergulhou no universo das franquias, operando mais de 30 unidades de grandes redes como Subway, KFC e Bon Grillê.
Essa vivência o fez compreender como o consumidor pensa, compra e se fideliza. “Eu queria criar algo com a minha cara, com propósito e impacto positivo, algo que entregasse sentimento e conexão”, afirma.
A origem da Sterna Café e o propósito de valorizar o café brasileiro
Inspirado por três voltas ao mundo e por ter visitado mais de mil cafeterias em 72 países, Migliatti decidiu transformar o aprendizado global em um modelo brasileiro de café de qualidade e preço justo.
O nome Sterna vem de uma ave migratória, símbolo da sua trajetória e do desejo de levar o café nacional a novos destinos.
O diferencial da marca está na oferta de cafés especiais com pontuação acima de 80 pontos, reconhecidos internacionalmente como cafés de excelência.
“Vi que o café era tratado com muito respeito lá fora, mas aqui ainda faltava valorização. O Sterna nasceu para mudar essa percepção”, explica o fundador.
Além da bebida, as lojas se destacam pelo ambiente acolhedor, que mistura arte, grafite e receitas de família. “O bolo de maçã é da receita da minha mãe.
É sobre acolher as pessoas, como em casa”, conta Migliatti.
O impacto da pandemia e a reinvenção do negócio
O maior teste veio durante a pandemia, quando o setor de alimentação fora do lar praticamente parou.
Em vez de reduzir o ritmo, Migliatti lançou carrinhos de café itinerantes, criou kits presenteáveis e fortaleceu o delivery, diversificando receitas e preservando empregos.
“Foi um período de reinvenção. Percebemos que o café podia estar em qualquer lugar nos escritórios, nos eventos e até nas casas das pessoas”, relembra.
O resultado foi um modelo mais ágil, com formatos móveis e parcerias corporativas que hoje fazem parte da estratégia permanente de crescimento da rede.
Crescimento, investimento e novos formatos
A Sterna Café cresce 60% ao ano e se prepara para uma nova fase, com apoio de fundos de investimento e expansão para shopping centers.
A primeira unidade nesse formato será inaugurada no Pátio Paulista, em São Paulo, marcando um passo importante na estratégia de nacionalização da marca.
Com 17 novas lojas previstas até 2025, o foco agora é ampliar a presença em regiões fora do eixo Sudeste, levando o conceito de café especial com propósito para novos públicos.
“Mais do que vender café, queremos criar experiências que aproximem as pessoas”, resume Migliatti.
De ex-funcionário da Casas Bahia a fundador de um império de cafés especiais, Deiverson Migliatti representa o novo perfil de empreendedor brasileiro: técnico, resiliente e guiado por propósito. Você acredita que histórias como a dele mostram um novo caminho para quem começa do zero?
Ou acha que o varejo ainda é um terreno difícil para empreender no Brasil? Deixe sua opinião nos comentários a visão de quem vive o mercado ajuda a entender como nascem os próximos grandes negócios do país.