Startup chinesa desenvolve kit leve e compacto que converte bicicletas comuns em elétricas em poucos minutos, com motor de alta potência, bateria removível e até 90 km de autonomia, voltado à mobilidade urbana sustentável.
Uma startup chinesa formada por ex-engenheiros da BYD e da Huawei apresentou um kit compacto que promete facilitar a adoção da mobilidade elétrica.
Chamado Kamingo, o equipamento pesa cerca de 900 gramas e pode ser instalado em aproximadamente três minutos, segundo a fabricante.
O sistema foi desenvolvido para converter bicicletas convencionais em modelos elétricos sem necessidade de ferramentas ou modificações estruturais.
-
A bebida mais forte do mundo é o Cocoroco, que nada mais é que álcool etílico potável, com 96% de teor alcoólico
-
Cavava o quintal e descobriu barras de ouro de R$ 4 milhões — história real surpreende a França
-
O segredo escondido no topo da Torre Eiffel: o espaço secreto usado por Gustave Eiffel para seus experimentos científicos
-
Tesla cria mini casa que pensa sozinha, gera energia, purifica água e pode mudar completamente a forma como a humanidade vive
De acordo com a empresa, o motor tem dimensões próximas às da palma da mão, mas alcança potência máxima de 750 W e torque de 40 Nm.
O desempenho é obtido por meio de tração por fricção, em que o motor é acoplado ao quadro e atua diretamente sobre a roda traseira.
O conjunto permite atingir até 32 km/h, limite compatível com regulamentações de bicicletas elétricas em diversos países.
O kit inclui uma bateria removível de 1,4 kg, com formato semelhante ao de uma garrafa de água.
O componente pode ser encaixado no suporte padrão do quadro e, segundo a empresa, oferece autonomia de até 90 km, variando conforme o terreno e o modo de condução.
A recarga ocorre em tomadas convencionais, o que possibilita o uso em ambientes domésticos e comerciais sem equipamentos adicionais.
Instalação e modos de uso

O processo de montagem é um dos diferenciais destacados pela startup.
O sistema é modular e intuitivo, permitindo o encaixe das peças sem ferramentas específicas.
A proposta é que o ciclista possa adaptar o kit e removê-lo rapidamente, o que facilita o transporte ou o uso em diferentes bicicletas.
O controle eletrônico é instalado no guidão e traz uma tela colorida que exibe informações de velocidade, distância percorrida e nível de bateria.
Há três modos de operação: o modo standby, em que a bicicleta funciona sem assistência elétrica; o modo assistência, que reduz o esforço físico do ciclista; e o modo cruzeiro, que move a bicicleta sem pedalar, respeitando o limite legal de velocidade.
Segundo a empresa responsável, o sistema foi projetado para oferecer estabilidade e resposta imediata, mantendo o controle nas acelerações e frenagens.
Especialistas em mobilidade ouvidos por veículos locais afirmam que esse tipo de tecnologia tende a popularizar o uso de bicicletas elétricas, sobretudo pela simplicidade de instalação.
Tração por fricção e limitações técnicas
O Kamingo utiliza um método de tração por fricção, que transmite o movimento do motor diretamente para o pneu traseiro.
Esse formato elimina a necessidade de alterar cubos, rodas ou eixos, o que amplia a compatibilidade com diferentes modelos de bicicleta, segundo a desenvolvedora.
Por outro lado, técnicos do setor apontam que a eficiência desse tipo de sistema pode variar em condições de chuva ou umidade, já que o atrito com o pneu depende da aderência entre as superfícies.
Também há possibilidade de maior desgaste do pneu em longo prazo, dependendo da intensidade de uso e da calibração.
A startup informa que o produto possui ajuste automático de pressão e mecanismos de desengate para reduzir o atrito quando o motor não está em uso.
Bateria em formato de garrafa
O modelo de bateria, com design semelhante ao de uma garrafa de água, foi escolhido para aproveitar o suporte de caramanhola já presente na maioria das bicicletas.
Essa solução distribui o peso no centro do quadro e evita modificações estruturais.
Segundo a fabricante, a autonomia de até 90 km é alcançada em condições ideais de terreno plano e modo de assistência moderado.
Especialistas em bicicletas elétricas observam que, em trajetos urbanos comuns, o alcance real tende a ser inferior, o que ainda é considerado suficiente para deslocamentos diários de curta e média distância.
A recarga pode ser feita diretamente na bateria removida, conectada a uma tomada convencional.
O tempo total de carregamento não foi divulgado oficialmente pela empresa até o momento.
Potência e desempenho urbano
Com 750 W de potência máxima e 40 Nm de torque, o Kamingo está dentro da faixa de desempenho observada em kits de conversão para uso urbano.
O sistema foi projetado para manter velocidade constante e auxiliar em subidas leves, conforme especificações da startup.
O limite de 32 km/h atende às normas de segurança vigentes para bicicletas elétricas em vários países, embora a regulação possa variar entre regiões.
No modo standby, a empresa afirma que o motor não oferece resistência perceptível, permitindo o uso da bicicleta como um modelo convencional.
Painel digital e controle de modos
O painel colorido instalado no guidão exibe indicadores de velocidade, distância e energia restante, além de permitir alternar entre os modos de uso.
O modo assistência fornece impulso complementar ao pedalar.
O modo cruzeiro aciona o motor automaticamente sem pedalar.
E o modo standby desativa totalmente o sistema.
Segundo a startup, o objetivo é oferecer uma experiência ajustável a diferentes perfis de usuário, do ciclista recreativo ao trabalhador que utiliza a bicicleta em trajetos curtos.
Expansão e mercado de mobilidade
A proposta do Kamingo segue a tendência de soluções portáteis e leves no mercado de bicicletas elétricas.
Especialistas em mobilidade urbana avaliam que a redução do custo e da complexidade de conversão pode ampliar o acesso à tecnologia, especialmente em países onde o preço das e-bikes completas ainda é elevado.
A empresa não divulgou, até o momento, o valor de venda nem os mercados onde o produto será disponibilizado.
Também não há informações sobre certificações de segurança ou previsão de lançamento fora da China.
Analistas do setor afirmam que a simplicidade de montagem e o baixo peso são fatores que podem atrair ciclistas interessados em testar a tecnologia elétrica sem abrir mão da bicicleta que já possuem.
Entretanto, observam que o desempenho real depende de variáveis como tipo de pneu, calibração e condições climáticas.
Com a ampliação da oferta de kits de conversão e o avanço das baterias de íons de lítio, especialistas avaliam que produtos como o Kamingo podem representar um passo intermediário entre as bicicletas tradicionais e os modelos elétricos completos.
Ainda que o desempenho inicial seja promissor, resta saber como o equipamento se comportará em uso prolongado, condições de chuva intensa e pavimentos irregulares, aspectos que costumam definir a durabilidade e a viabilidade de produtos do gênero.
O interesse crescente por soluções compactas indica uma mudança nos hábitos de deslocamento.



Seja o primeiro a reagir!