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EUA passam por reviravolta econômica e estado passa de mais rico para o mais pobre do país! Entenda o motivo

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 17/09/2024 às 01:11
EUA passam por reviravolta econômica e estado passa de mais rico para o mais pobre do país! Entenda o motivo
EUA passam por reviravolta econômica e estado passa de mais rico para o mais pobre do país! Entenda o motivo
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O estado passou de um estado rico, líder na produção agrícola, para o mais pobre dos EUA. A história de sua queda econômica envolve escravidão, segregação e desafios na educação. Será que o estado conseguirá reverter essa situação e retomar o crescimento?

Você sabia que um dos estados mais ricos dos Estados Unidos durante o século XIX agora enfrenta o título de mais pobre do país?

Esta transformação radical não é apenas um número em gráficos econômicos, mas uma história complexa que entrelaça história, política e desigualdade social.

O Mississippi, conhecido por sua beleza natural e rica tradição artística, agora enfrenta uma crise que desafia sua recuperação econômica.

O que aconteceu para que o estado, que outrora prosperava, caia em tal situação? Prepare-se para uma análise aprofundada sobre a dramática queda econômica deste estado americano.

A queda econômica do Mississippi

O Mississippi é o estado mais pobre dos Estados Unidos com um PIB de aproximadamente 115 bilhões de dólares.

Com 19,5% da população vivendo em situação de pobreza, o estado apresenta o menor IDH e a menor expectativa de vida entre todos os estados americanos.

Esses dados refletem uma realidade econômica difícil, exacerbada por desafios estruturais e políticas falhas que persistem desde a época da escravidão.

Segundo o canal Sem Economês, a falta de investimentos em educação e a baixa qualificação da mão de obra têm sido obstáculos significativos para o crescimento econômico do estado.

O passado próspero e a escravidão

Para compreender como o Mississippi se tornou o estado mais pobre dos EUA, é essencial revisitar sua história.

No século XIX, o estado era um líder na produção de algodão e alcançou o status de mais rico da nação em 1860.

Segundo historiadores, o algodão era o principal produto de exportação do Mississippi, responsável por 75% do fornecimento britânico dessa commodity.

No entanto, essa prosperidade era sustentada pela mão de obra escrava, que, conforme relatos da época, constituía mais da metade da população do estado.

Com a eleição de Abraham Lincoln e o início da Guerra Civil Americana em 1861, a economia do Mississippi começou a desmoronar.

A derrota da Confederação não apenas resultou no fim da escravidão, mas também no colapso da base agrícola que sustentava o estado.

A destruição da infraestrutura durante a guerra deixou o Mississippi sem uma base industrial sólida, um problema que persiste até hoje.

O impacto da segregação e políticas excludentes

Após a reintegração à União em 1870, o Mississippi continuou a enfrentar obstáculos significativos.

As leis Jim Crow, que vigoraram até meados do século XX, institucionalizaram a segregação racial, dificultando a integração social e econômica da população negra.

Esse cenário aprofundou a desigualdade social, perpetuando um ciclo de pobreza que ainda afeta o estado.

Conforme apontado pelo canal Sem Economês, a falta de investimentos e a baixa qualificação da força de trabalho limitaram a capacidade do Mississippi de atrair novas indústrias e investimentos.

Industrialização e desafios econômicos

Foi apenas na segunda metade do século XX que o Mississippi começou a diversificar sua economia.

O estado implementou incentivos fiscais e econômicos para atrair empresas, resultando na modernização de infraestrutura e na criação de empregos na indústria manufatureira.

No entanto, esse progresso foi lento e insuficiente para reduzir as grandes desigualdades econômicas em relação aos estados vizinhos.

Hoje, o Mississippi possui o menor PIB per capita dos EUA, com apenas 9.000 dólares por habitante. Para efeito de comparação, o PIB per capita de seus vizinhos, Alabama e Louisiana, é 11% e 18% superior, respectivamente.

Quando comparado a estados mais prósperos, como Nova York, a disparidade se torna ainda mais evidente.

Em contraste, estados como Califórnia, Texas e Nova York lideram o ranking econômico dos EUA, com PIBs que ultrapassam trilhões de dólares e uma qualidade de vida consideravelmente superior.

Segundo o canal Sem Economês, essas regiões são impulsionadas por economias diversificadas, altos níveis de educação e investimentos significativos em tecnologia e inovação.

Desigualdade e educação: os entraves atuais

O Mississippi enfrenta um dos piores índices de desigualdade socioeconômica do país. O coeficiente de Gini do estado é de 0,489, acima da média nacional de 0,481.

Além disso, o estado lida com uma grave crise educacional, com apenas 23% dos trabalhadores possuindo ensino superior.

Essa baixa qualificação desestimula empresas a se estabelecerem no estado, resultando em uma renda média 51% inferior à média nacional.

Segundo Sem Economês, a falta de profissionais qualificados é um dos principais motivos para a baixa atratividade do estado para investimentos.

O caminho para o futuro do Mississippi

Embora o Mississippi tenha sido um dos estados mais ricos dos EUA no passado, os conflitos políticos e as profundas desigualdades sociais que se seguiram à Guerra Civil impediram seu crescimento sustentável.

Para o estado retomar o caminho do desenvolvimento, será necessário investir em educação, qualificar sua mão de obra e adotar políticas mais inclusivas que promovam uma maior diversificação econômica.

Mas a grande questão persiste: será que o Mississippi conseguirá reverter essa situação e voltar a se destacar no cenário econômico americano?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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