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EUA enviam maior porta-aviões do mundo contra “drogas”, mas Trump considera estratégia mais ampla

Escrito por Carla Teles
Publicado em 24/10/2025 às 19:37
EUA enviam maior porta-aviões do mundo contra "drogas", mas Trump considera estratégia mais ampla
EUA enviam o maior porta-aviões do mundo ao Caribe contra “drogas”. Mas qual é a “estratégia mais ampla” que Trump considera na região? Entenda. Imagem: Facebook/USS Gerald R. Ford
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O maior porta-aviões do mundo, USS Gerald R. Ford, lidera frota em operação contra “narcoterrorismo”, segundo o Pentágono.

O Pentágono anunciou nesta sexta-feira (24) o envio do grupo de ataque do USS Gerald R. Ford, considerado o maior porta-aviões do mundo, para a região do Caribe. A informação, confirmada pela CNN, indica que a mobilização segue uma diretriz oficial para combater o “narcoterrorismo” e desmantelar “Organizações Criminosas Transnacionais” (OCTs) que atuam na região. Embora o local exato onde os navios ficarão posicionados não tenha sido divulgado, a presença da embarcação nuclear representa um aumento significativo da capacidade militar dos EUA no Hemisfério Ocidental.

Este reforço de forças americanas, no entanto, levantou dúvidas imediatas sobre as reais intenções do governo Trump na área. Segundo apuração da CNN, embora a Casa Branca afirme publicamente que a presença militar faz parte de uma campanha de combate ao narcotráfico, o presidente Donald Trump também tem considerado ativamente ataques dentro da Venezuela. Essa movimentação seria parte de uma estratégia mais ampla que visa enfraquecer o governo de Nicolás Maduro, elevando a tensão política na região.

O poder de fogo do USS Gerald R. Ford

EUA enviam maior porta-aviões do mundo contra drogas, mas Trump considera estratégia mais ampla (1)
Imagem: Facebook/USS Gerald R. Ford

O USS Gerald R. Ford (CVN-78) não é apenas o maior porta-aviões do mundo em deslocamento e tamanho; ele é uma fortaleza flutuante com propulsão nuclear e tecnologia de ponta. De acordo com as especificações da Marinha americana, a embarcação é projetada para abrigar mais de 75 aeronaves militares. Isso inclui uma variedade de aviões de combate, como os caças F-18 Super Hornet, além de aeronaves de guerra eletrônica e vigilância, como o E-2 Hawkeye, que funcionam como “olhos” do grupo de batalha.

Além de sua capacidade aérea, o porta-aviões possui um arsenal defensivo robusto, incluindo mísseis superfície-ar de médio alcance, como o Evolved Sea Sparrow Missile (ESSM), usados para neutralizar ameaças como drones e aeronaves hostis. O grupo de ataque é ainda composto por navios de apoio cruciais: o cruzador de mísseis guiados classe Ticonderoga Normandy e os contratorpedeiros de mísseis guiados classe Arleigh-Burke (Thomas Hudner, Ramage, Carney e Roosevelt). Essas embarcações possuem armamentos de guerra superfície-ar, superfície-superfície e capacidade antissubmarino.

A justificativa oficial vs. o contexto venezuelano

A justificativa formal para a operação foi detalhada por Sean Parnell, porta-voz chefe do Pentágono. Segundo ele, a ação foi tomada seguindo a diretriz para “desmantelar Organizações Criminosas Transnacionais e combater o narcoterrorismo”. Parnell argumenta que a presença do grupo de ataque aumenta a capacidade das forças americanas de “detectar, monitorar e desmantelar atividades e atores ilícitos que comprometam a segurança e a prosperidade do território nacional dos Estados Unidos e nossa segurança no Hemisfério Ocidental”.

Contudo, a CNN apurou que a operação antidrogas pode servir como um pilar para uma estratégia mais agressiva focada na Venezuela. A Casa Branca, sob a liderança de Trump, tem mantido uma postura dura contra Nicolás Maduro. A presença do maior porta-aviões do mundo na região é interpretada por analistas como uma ferramenta de pressão máxima, com a possibilidade de ataques militares dentro da Venezuela sendo ativamente considerada pela administração, conforme relatos obtidos pela emissora.

Desafios logísticos e o tempo de resposta

Apesar do anúncio de envio ao Caribe, a mobilização imediata da frota para águas caribenhas enfrenta um desafio logístico considerável. Conforme noticiado, o grupo de ataque estava recentemente em operação no continente europeu. O USS Gerald R. Ford, especificamente, atracou perto do porto de Split, na Croácia, em 21 de outubro.

A distância entre o Mar Mediterrâneo, onde estava a frota, e o Caribe ultrapassa os 8.000 quilômetros. Isso significa que, mesmo navegando em velocidade operacional, o grupo de ataque levará dias para cruzar o Atlântico, chegar à região designada e estar totalmente preparado para lançar qualquer operação de combate ou monitoramento intensivo. O tempo de trânsito é um fator crucial na análise da urgência da missão declarada pelo Pentágono.

A movimentação do maior porta-aviões do mundo para o Caribe é um sinal claro de força dos EUA. Mas qual é a sua opinião sobre a real motivação? Você acredita que o foco principal é realmente o combate ao narcotráfico, como afirma o Pentágono, ou vê essa ação como uma manobra política de pressão direta contra a Venezuela? Deixe sua análise nos comentários.

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Carla Teles

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