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Tempo de leitura 4 min de leitura Comentários 5 comentários

EUA classificam Argentina como aliado estratégico e avaliam comprar dívida em dólar, impulsionando títulos e peso em recuperação

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 22/09/2025 às 21:10
Os EUA classificaram a Argentina como aliado estratégico e avaliam comprar dívida em dólar, fortalecendo o peso argentino e títulos após semanas de turbulência.
Os EUA classificaram a Argentina como aliado estratégico e avaliam comprar dívida em dólar, fortalecendo o peso argentino e títulos após semanas de turbulência.
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Segundo o G1, a declaração do Tesouro dos EUA elevou ações, eurobônus e trouxe alívio ao mercado argentino após semanas de forte turbulência

A Argentina viveu um dia de respiro nos mercados financeiros após os Estados Unidos anunciarem que consideram o país um aliado estratégico e podem comprar parte de sua dívida em dólar. Segundo o G1, a sinalização do Tesouro americano levou os títulos internacionais a uma forte valorização e o peso argentino a recuperar parte de suas perdas.

De acordo com o G1, a iniciativa foi apresentada pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, que afirmou que “todas as opções estão na mesa” para apoiar Buenos Aires. As medidas em estudo incluem linhas de swap, compras diretas de moeda e a aquisição de dívida pública. O anúncio chega após semanas em que os ativos argentinos acumulavam quedas de mais de 20% e a moeda local encostava no limite inferior da banda cambial.

Apoio estratégico dos EUA e impacto imediato nos mercados

A fala de Bessent ocorre às vésperas de um encontro entre Javier Milei e Donald Trump, previsto para esta semana.

A classificação da Argentina como “aliado sistêmico importante” na América Latina abriu espaço para uma rápida valorização dos ativos, reduzindo parte da pressão que vinha crescendo após escândalos de corrupção e a derrota do governo em Buenos Aires.

Segundo analistas ouvidos pelo G1, o gesto americano funcionou como um “disjuntor” em meio à crise, permitindo que o governo argentino ganhe tempo para reorganizar sua política econômica antes das eleições de outubro.

A suspensão temporária de impostos sobre exportações de grãos até o fim do mês também ajudou a reforçar a sensação de alívio no curto prazo.

Reação dos investidores e números da recuperação

Logo após o anúncio, um índice de ações argentinas negociadas nos EUA subiu quase 12%, enquanto o título 2046 avançou 6,7 centavos, alcançando 53,85 centavos de dólar.

O peso, que vinha pressionado, valorizou 2% frente ao dólar, após o Banco Central ter usado mais de US$ 1 bilhão em reservas na última semana para sustentar a moeda.

Apesar da recuperação, os rendimentos dos títulos soberanos seguem em níveis elevados, entre 16% e 26% ao ano.

Isso reflete a percepção de risco ainda alta e a cautela dos investidores quanto à capacidade de Milei de manter a estabilidade política e fiscal.

Especialistas ouvidos pelo G1 reforçam que o mercado ainda testa a disposição do governo de ajustar sua estratégia.

Expectativas para as eleições e futuro da economia argentina

O apoio dos EUA, se concretizado em compras de dívida ou swaps de liquidez, pode dar fôlego às reservas cambiais e reduzir a volatilidade até as eleições.

Porém, analistas alertam que o verdadeiro teste virá após outubro: será necessário avaliar se Milei terá condições políticas para implementar medidas que sustentem a confiança.

Para Kathryn Exum, da Gramercy Funds Management, citada pelo G1, um apoio financeiro dos EUA combinado com os cortes de impostos sobre exportações ajudaria a administrar a atual estrutura cambial.

Mas ela destaca que a “disposição e capacidade do governo de ajustar rapidamente a política após a votação determinarão se haverá necessidade de reestruturação de passivos ou novo acesso ao mercado em 2026”.

A sinalização de Washington trouxe um alívio imediato, mas não elimina os riscos.

A Argentina depende agora tanto do resultado político das eleições quanto da efetiva implementação de medidas fiscais e cambiais que garantam a sustentabilidade da recuperação.

E você, acredita que a classificação da Argentina como aliado estratégico pelos EUA realmente pode mudar a trajetória da economia do país ou trata-se apenas de um alívio momentâneo para os mercados? Qual seria, na sua visão, o principal desafio: as eleições de outubro ou a dependência das reservas internacionais? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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Zé Dirceu
Zé Dirceu
24/09/2025 14:31

So comunista, que não curte trabalhar nos comentários, RS…..

Carli
Carli
24/09/2025 09:53

Quem sabe! a Argentina poderá ser aquele, tão sonhado, 51º Estado.

Júlio Cesar Melo machado
Júlio Cesar Melo machado
24/09/2025 09:37

Pobre povo argentino, vendeu a alma para os EUA, um país que já foi glorioso e nas mãos de um louco. Sinceramente triste com a situação.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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