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Estudante sul-coreano projeta abrigos modulares para abelhas solitárias que podem ser instalados em paredes, varandas e parques urbanos

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 16/09/2025 às 20:17
CityBee cria abrigos modulares para abelhas solitárias e busca restaurar a biodiversidade urbana, conectando pessoas e polinizadores
CityBee cria abrigos modulares para abelhas solitárias e busca restaurar a biodiversidade urbana, conectando pessoas e polinizadores
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Projeto CityBee cria abrigos modulares que aproximam moradores das abelhas solitárias e ajudam a restaurar a biodiversidade em áreas urbanas degradadas.

O CityBee surge como uma resposta direta à crise silenciosa que afeta os polinizadores urbanos. Ele é um abrigo modular criado para abelhas solitárias, projetado para ser instalado em ambientes urbanos e estimular a volta desses insetos essenciais. A proposta é simples, mas poderosa: reconectar pedaços isolados de natureza dentro das cidades.

Ao contrário das abelhas melíferas, as solitárias vivem sozinhas e passam despercebidas, mesmo sendo responsáveis por grande parte da polinização de plantas silvestres e agrícolas.

No entanto, a urbanização desordenada, a poluição e a perda de habitat colocaram muitas dessas espécies em risco de extinção.

Enquanto o debate público costuma girar em torno da produção de mel, o CityBee tenta mudar esse foco ao criar um abrigo educativo, fácil de montar e adaptado às espécies locais.

Uma ferramenta de conservação prática e acessível

O sistema do CityBee é modular, leve e não precisa de ferramentas para ser montado. Cada módulo contém orifícios de tamanhos e profundidades variados, ajustados para atrair diferentes espécies de abelhas solitárias. Essa personalização aumenta as chances de ocupação e garante um uso eficiente do espaço urbano.

Além disso, a estrutura externa translúcida protege contra predadores e permite que as pessoas observem o interior, criando uma ligação emocional com os insetos. Essa observação direta incentiva a curiosidade e transforma a conservação em algo próximo e cotidiano.

Os módulos podem ser colocados em fachadas, varandas, telhados ou cercas de parques, formando pequenos pontos ecológicos que ajudam as abelhas a circular com segurança pela cidade.

Essa estratégia reduz a fragmentação causada pela infraestrutura humana e cria uma rede de micro-habitats interligados, fortalecendo a biodiversidade urbana.

Qualquer pessoa pode participar, sem precisar de conhecimentos técnicos, o que amplia o alcance do projeto.

Pesquisa e testes em ambientes reais

O desenvolvimento do CityBee reuniu especialistas de áreas diferentes, como ecologia, design urbano e planejamento ambiental. Foram feitas entrevistas com entomologistas e urbanistas para entender as necessidades específicas das abelhas solitárias.

A partir dessas informações, os criadores testaram materiais, formatos e orientações em vários protótipos.

Durante os testes, avaliaram quais materiais eram mais atraentes, qual direção favorecia mais a colonização e como os módulos resistiam ao clima. As versões finais passaram por ensaios em varandas elevadas e em galhos de árvores em parques.

Os resultados mostraram boa ocupação por abelhas e alta interação com os moradores, confirmando o potencial do projeto.

Um novo tipo de abrigo para polinizadores

Diferente dos hotéis de madeira tradicionais, que costumam ser fixos e genéricos, o CityBee oferece flexibilidade e escalabilidade. Ele pode ser adaptado para diferentes espécies e locais, o que aumenta sua eficiência e sustentabilidade.

Além disso, tem um design pensado para se integrar visualmente à cidade, funcionando como um objeto urbano e não apenas como equipamento ambiental.

A transparência do material faz com que as pessoas acompanhem a atividade interna sem interferir, reforçando o aprendizado ambiental. Assim, o CityBee une conservação e educação em um só elemento.

Próximos passos para o projeto

Os criadores agora planejam levar o CityBee para escolas, centros comunitários e áreas verdes públicas, avaliando seus impactos ecológicos e educacionais.

Eles também pretendem melhorar os materiais, tornando-os mais duráveis, recicláveis e acessíveis para viabilizar a produção em larga escala.

Outra meta é firmar parcerias com prefeituras, ONGs e comunidades locais para incluir o CityBee em programas de renaturalização urbana.

A ideia é usá-lo em oficinas, campanhas e atividades escolares, formando uma geração mais consciente e disposta a conviver com os polinizadores nas cidades.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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