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Estes são os 6 bancos digitais que mais receberam reclamações no Brasil, segundo Procon, Banco Central e Reclame Aqui, com prejuízos que ultrapassam R$ 50 milhões aos clientes

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 22/08/2025 às 14:05
Estes são os 6 bancos digitais que mais receberam reclamações no Brasil, segundo Procon, Banco Central e Reclame Aqui, com prejuízos que ultrapassam R$ 50 milhões aos clientes
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Seis bancos digitais lideram reclamações, segundo Banco Central e Procon. Prejuízos a clientes já passam de R$ 50 milhões.

Nos últimos anos, os bancos digitais deixaram de ser novidade e se tornaram parte do cotidiano de milhões de brasileiros. Com aplicativos intuitivos, ausência de tarifas e cartões de crédito fáceis de aprovar, Nubank, Inter, C6 Bank e outras fintechs ganharam rapidamente mercado, atraindo clientes que buscavam alternativas aos bancos tradicionais.

Mas em 2025 esse avanço trouxe um efeito colateral: o aumento vertiginoso das reclamações registradas junto ao Banco Central e aos Procons estaduais. Problemas como bloqueio de contas, demora no atendimento, fraudes e falhas em transferências via Pix colocaram essas instituições no topo dos rankings de queixas. O resultado, segundo estimativas divulgadas pela imprensa, já soma mais de R$ 50 milhões em prejuízos diretos aos consumidores.

Os bancos digitais campeões de reclamações em 2025

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Embora todos os bancos digitais tenham recebido algum tipo de denúncia, alguns nomes se destacam negativamente:

  • Nubank – líder de mercado, mas também alvo frequente de queixas sobre bloqueio de contas e dificuldade de atendimento humano.
  • Banco Inter – denúncias de instabilidade no aplicativo e falhas em operações de crédito.
  • C6 Bank – alto volume de reclamações sobre cartão de crédito e tarifas pouco claras em alguns serviços.
  • PagBank (PagSeguro) – clientes relatam travas em transações e dificuldade em resolver disputas de compras online.
  • Neon – queixas recorrentes sobre demora na liberação de crédito e suporte limitado.
  • BTG+ – relatos de problemas em investimentos integrados ao app e atendimento demorado.

Esses seis bancos digitais figuraram com destaque nos relatórios do Banco Central em 2025, ocupando posições de liderança no Ranking de Reclamações, indicador oficial que mede a qualidade do atendimento das instituições financeiras no país.

Principais problemas relatados pelos clientes

Os relatórios apontam um padrão nos motivos de insatisfação:

  • Bloqueio inesperado de contas: usuários relatam que ficaram dias sem acesso ao dinheiro, sem explicação clara.
  • Atendimento ineficiente: dificuldade para falar com um atendente humano em situações de urgência.
  • Falhas no Pix: atrasos ou cancelamentos de transferências, prejudicando pequenos comerciantes e trabalhadores autônomos.
  • Cartões de crédito: cobranças indevidas, dificuldade para contestar transações e juros elevados.
  • Segurança digital: fraudes, clonagem de contas e golpes, com suporte lento das instituições.

O peso das multas e indenizações

De acordo com registros de Procons estaduais e decisões judiciais, os bancos digitais já acumularam mais de R$ 50 milhões em prejuízos diretos a clientes em 2025 — entre ressarcimentos, multas administrativas e condenações judiciais.

Esse número, segundo especialistas, tende a crescer, já que mais de 70% dos processos envolvendo fintechs ainda estão em andamento.

A contradição do sucesso

O paradoxo é evidente: quanto mais clientes os bancos digitais conquistam, mais queixas surgem. O Nubank, por exemplo, ultrapassou a marca de 100 milhões de clientes em 2025 e, proporcionalmente, lidera os rankings de reclamações.

O Banco Inter já soma mais de 30 milhões de contas abertas, enquanto o C6 Bank ultrapassou os 25 milhões — todos crescendo em ritmo acelerado.

Para especialistas do setor financeiro, a explicação é clara: o crescimento explosivo não foi acompanhado pela mesma expansão na estrutura de suporte e atendimento. O que deveria ser um diferencial acabou se tornando um gargalo.

O que dizem as instituições

As fintechs alegam que estão investindo pesado em tecnologia de segurança e em ampliar equipes de atendimento. O Nubank, por exemplo, anunciou em 2025 a contratação de 3.000 novos funcionários para reforçar o suporte ao cliente.

O Inter afirma ter dobrado sua equipe de segurança digital. Já o C6 Bank lançou ferramentas de autoatendimento para acelerar a resolução de problemas.

Mesmo assim, os relatórios oficiais indicam que a percepção dos consumidores ainda é negativa, e a sensação de insegurança financeira cresce entre os usuários.

O que esperar para 2026

A tendência é de que os bancos digitais permaneçam como protagonistas do setor financeiro brasileiro. O desafio será equilibrar crescimento e qualidade de serviço. Com a chegada de novas regulamentações do Banco Central para operações digitais e maior pressão dos órgãos de defesa do consumidor, 2026 pode ser um ano decisivo para que essas instituições recuperem a confiança dos clientes.

Enquanto isso, consumidores devem permanecer atentos: acompanhar saldos, registrar protocolos de atendimento e, em caso de falhas, acionar imediatamente os canais oficiais de reclamação, como o Banco Central e o Procon.

O mercado de fintechs e bancos digitais no Brasil movimenta centenas de bilhões de reais anualmente e já ameaça a hegemonia dos grandes bancos tradicionais. Mas o aumento das reclamações mostra que inovação tecnológica não basta. Sem confiança e transparência, a relação com os clientes pode ruir rapidamente.

O ano de 2025 ficará marcado como um alerta: o modelo digital conquistou o país, mas agora precisa provar que pode ser tão confiável quanto os gigantes centenários do setor bancário.

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Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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