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Estatais federais batem recorde histórico com R$ 1,3 trilhão em 2024 e devolvem bilhões ao Tesouro

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 06/09/2025 às 22:41
Logotipos de estatais brasileiras como Caixa, Banco do Brasil, Eletrobras e Furnas representando o impacto econômico em 2024.
Logotipos de estatais federais brasileiras que contribuíram para o faturamento recorde de R$ 1,3 trilhão em 2024, segundo relatório oficial do MGI.
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Relatório oficial do MGI expõe desempenho histórico, impacto no PIB e distribuição bilionária de dividendos em meio a desafios e avanços

As estatais federais brasileiras alcançaram em 2024 um faturamento inédito de R$ 1,3 trilhão, consolidando-se como peças estratégicas da economia nacional. O dado integra o Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais de 2024, divulgado em 22 de agosto de 2025 pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).

O documento oficial mostrou também que os ativos somaram R$ 6,7 trilhões, com avanços anuais de 4,9% no faturamento e 10,9% nos ativos, números que reforçam a robustez patrimonial do setor.

Lucros em queda com a Petrobrás, mas crescimento em outras áreas

Apesar do resultado expressivo, o lucro líquido consolidado de 2024 foi de R$ 116,6 bilhões, valor que representa queda de 41% frente a 2023. Segundo o governo, essa retração ocorreu devido à redução nos ganhos da Petrobrás.

Entretanto, o MGI destacou que, sem a petroleira, o desempenho foi positivo: o lucro chegou a R$ 79,6 bilhões, um crescimento de 9,4% em relação ao ano anterior.

O relatório também apontou que as estatais são responsáveis por mais de 440 mil empregos diretos e respondem por 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, foram realizados R$ 96 bilhões em investimentos em áreas estratégicas ao longo do ano.

Dividendos bilionários reforçam retorno ao Tesouro

Em 2024, as estatais distribuíram R$ 152,5 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio. Desse montante, R$ 72,1 bilhões (47%) foram destinados ao governo federal e R$ 80,4 bilhões (53%) para os demais acionistas.

O relatório ressaltou que, para cada R$ 1 investido pelo orçamento federal, retornaram aos cofres públicos R$ 2,51 em dividendos e juros sobre capital próprio, evidenciando a eficiência econômica e o impacto positivo na arrecadação.

Estatais como eixo da estratégia nacional

A ministra da Gestão, Esther Dweck, enfatizou no relatório que as empresas públicas são “peças centrais” na política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela destacou a relevância das estatais no crédito habitacional, agrícola, às pequenas e médias empresas e aos microempreendedores.

Segundo Dweck: “As empresas públicas integram a nossa estratégia de desenvolvimento sustentável de longo prazo. Continuaremos fortalecendo e modernizando suas estruturas de governança”.

Déficits e superávits sob análise do Banco Central

De acordo com o Banco Central (BC), que acompanha 20 estatais não dependentes (excluídas Petrobrás e instituições financeiras), os resultados de 2024 revelaram lucro operacional de R$ 1,7 bilhão.

No entanto, 11 estatais registraram déficit primário, que somou R$ 6,7 bilhões. Ainda assim, o MGI destacou que apenas Correios e Infraero apresentaram prejuízo efetivo. As demais combinaram déficits e lucros, muitas vezes vinculados a investimentos feitos com recursos de exercícios anteriores.

O ministério explicou que compreender a diferença entre resultado primário (déficit ou superávit) e resultado operacional (lucro ou prejuízo) é essencial para interpretar corretamente os números. Essa distinção revela que a contabilidade pública exige análise técnica detalhada para evitar leituras equivocadas.

Investimentos e dados oficiais

O levantamento mostrou ainda que as estatais investiram R$ 96 bilhões em projetos estratégicos no último ano. Os dados foram extraídos em junho de 2025 do Sistema de Informações das Estatais (Siest) e ajustados conforme relatórios financeiros oficiais de cada empresa.

Esses números reforçam que, mesmo em cenários de queda pontual nos lucros, o papel das estatais permanece fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país.

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Marcio
Marcio
09/09/2025 03:11

Sr Caio Aviz, autor, por qual motivo usa em sua reportagem marcas de empresas administradas pela iniciativa privada, como Eletrobras e Furnas, onde a participação do governo nas ações é mínima desde suas privatizações, dando crédito pelos resultados a quem não tem nada a ver com isso, a saber, este governo incompetente? E a prova de que é mesmo um governo incompetente, o sr mesmo explica ao dizer que a Petrobrás, que tem a maioria das ações na mão, puxa o barco pra o fundo. Lamentável.

Elias Heiffenghauser
Elias Heiffenghauser
09/09/2025 02:26

Gostaria de saber o valor do Pix que essa redação meia boca ganhou pra escrever no site uma mentira dessas. Certamente assim como a Globo essa também é mais uma mídia comprada pra escrever somente o que agrada aos olhos da esquerda. Eu no lugar de redator sentiria me compro e um tremendo mal caráter em deixar isso ir pra internet tamanha vergonha seria a mim e familiares que vêem o que o país passa enquanto pra ganhar umas moedinhas maquio o que realmente a população vê.

Claus
Claus
08/09/2025 23:12

Para informar a PTzada…:
2019 → as estatais federais (49 empresas diretas) registraram lucro de R$ 106,9 bilhões, recorde até então.

2020 → mesmo com pandemia e queda brusca do petróleo, o lucro somado foi de cerca de R$ 60 bilhões (queda, mas ainda positivo).

2021 → forte recuperação: R$ 187,7 bilhões de lucro líquido.

2022 → auge histórico: R$ 275 bilhões de lucro líquido, puxados pela Petrobras e pelos bancos públicos. Foi o maior valor já registrado.

➡️ Ou seja, no período Bolsonaro o lucro acumulado das estatais passou dos R$ 600 bilhões em quatro anos.

📉 Comparação com o governo Lula (2023–2025 até agora)

2023 → lucro caiu para R$ 197,9 bilhões, 28% a menos que em 2022.

2024 → nova queda: R$ 116 bilhões.

2025 (até abril) → ainda sem balanço consolidado, mas já se fala em déficit fiscal recorde de R$ 2,73 bilhões nas estatais (pela ótica do Banco Central).

Resumindo… NO GOVERNO ATUAL ESTA BEM PIOR E SÓ CAINDOOOOOOO… Lamentável, mas já era de se esperar…

Pedro Xavier
Pedro Xavier
Em resposta a  Claus
09/09/2025 00:16

Precinho da “gasosa” tava nas alturas : povão pagava caro! E, ainda, **** vendeu a Distribuidora (esqueceu disto?), que era importante lucrativamente e estrategicamente.

Fonte
Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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