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Estado brasileiro sofre com escassez de mão de obra e ativa ‘modo raiz’ para recrutar trabalhadores da indústria, logística e construção civil

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 03/09/2025 às 16:09
Santa Catarina ativa feirões de emprego para preencher milhares de vagas em indústria, logística e construção civil, mesmo com menor desemprego do país.
Santa Catarina ativa feirões de emprego para preencher milhares de vagas em indústria, logística e construção civil, mesmo com menor desemprego do país.
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Santa Catarina enfrenta escassez de trabalhadores e aposta em feirões de emprego para suprir milhares de vagas abertas na indústria, logística e construção civil, enquanto mantém a menor taxa de desemprego do Brasil.

Com a menor taxa de desemprego do país e milhares de vagas sem candidatos, Santa Catarina recorreu a um modelo tradicional para acelerar contratações: os feirões de emprego do Sistema Nacional de Emprego (Sine).

Em 2025, essas ações passaram por mais de 20 municípios, com entrevistas imediatas e encaminhamentos diretos, em especial para indústria, logística e construção civil.

O avanço da economia acima da média nacional pressiona ainda mais a busca por profissionais, enquanto a taxa de desocupação no estado está em apenas 2,2%, segundo o IBGE.

Santa Catarina ativa feirões de emprego para preencher milhares de vagas em indústria, logística e construção civil, mesmo com menor desemprego do país.
Santa Catarina ativa feirões de emprego para preencher milhares de vagas em indústria, logística e construção civil, mesmo com menor desemprego do país.

Feirões movimentam cidades e aproximam empresas de candidatos

Os mutirões de emprego organizados pelo Sine em 2025 atenderam 3,5 mil trabalhadores e resultaram em 9 mil encaminhamentos para vagas.

Cada pessoa pode concorrer a até três oportunidades.

Empresas aproveitam os eventos para entrevistar candidatos no local, reduzindo etapas de seleção.

Em diversas ocasiões, o número de vagas superou a quantidade de interessados, mostrando o desequilíbrio entre oferta e procura.

As feiras acontecem em locais centrais, com horários estendidos e, em alguns casos, aos sábados.

Para ampliar o alcance, o Sine utiliza o Sine Móvel, ônibus adaptado para atendimentos em praças e bairros afastados. A articulação com prefeituras e associações locais ajuda a atrair público e dar suporte logístico às ações.

Desemprego em piso histórico pressiona setores produtivos

Santa Catarina registrou 2,2% de desemprego no 2º trimestre de 2025, a menor taxa do Brasil, de acordo com o IBGE.

O índice é considerado próximo ao pleno emprego, o que dificulta encontrar profissionais disponíveis.

A escassez atinge sobretudo áreas que exigem experiência prática, como a operação de máquinas, atividades industriais, funções de logística e ocupações ligadas à construção civil.

Em polos produtivos do interior, empresas relatam dificuldade em fechar turnos e manter equipes completas.

Essa disputa por mão de obra tem aumentado a rotatividade e elevado custos salariais em alguns segmentos.

Santa Catarina ativa feirões de emprego para preencher milhares de vagas em indústria, logística e construção civil, mesmo com menor desemprego do país.
Santa Catarina ativa feirões de emprego para preencher milhares de vagas em indústria, logística e construção civil, mesmo com menor desemprego do país.

Caged mostra ritmo forte de admissões

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) indicam que Santa Catarina abriu 82.993 vagas formais de janeiro a julho de 2025.

O saldo positivo incluiu 2.773 postos em julho, mantendo o estado entre os maiores geradores de empregos do país.

O setor de serviços lidera em volume de contratações, seguido da indústria. A dificuldade, segundo empresários, não está em abrir novas posições, mas em preenchê-las no tempo necessário.

Daí a aposta nos feirões como canal direto para reduzir o tempo entre o contato inicial e a assinatura da carteira.

Governo defende estratégia

O secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck, defende o modelo como forma eficaz de lidar com o momento.

Os feirões de emprego são uma ferramenta muito útil para atender essa nova demanda por mão de obra. As empresas estão contratando em grande quantidade, porque são muitas vagas em aberto, então é preciso realizar ações mais robustas, com maior capacidade de atendimento, e iniciativas para atrair o trabalhador”, afirmou.

Além das feiras itinerantes, o Sine mantém atendimento diário em unidades fixas, com intermediação de vagas, emissão de documentos e programas de qualificação.

No fim de agosto, estavam previstas ações em cidades como Joinville, São José, Porto Belo e Laguna, sempre em parceria com administrações municipais.

Mais de 9 mil vagas abertas no estado

O painel do Sine apontava no fim de agosto cerca de 9,9 mil vagas disponíveis em todo o estado.

As oportunidades abrangem desde funções operacionais até cargos técnicos e de nível superior, sobretudo em áreas industriais e de serviços.

O número de ofertas varia diariamente, à medida que empresas registram novas demandas ou efetivam contratações.

Nos feirões, é comum ver longas filas de entrevistas ao longo do dia.

Gestores e equipes de RH se deslocam para avaliar candidatos, aplicar testes e, quando possível, já encaminhar para exames admissionais.

Para os trabalhadores, o formato concentra diferentes empresas no mesmo espaço, economiza tempo e amplia as chances de recolocação.

Qualificação e retenção no centro da agenda

A escassez de mão de obra tem levado empresas a investir em programas de formação rápida e em parcerias com entidades de capacitação.

Além disso, pacotes de benefícios mais atrativos e planos de carreira vêm sendo usados para reduzir a rotatividade e fidelizar profissionais.

Em setores como a soldagem e a operação de máquinas, a falta de técnicos especializados ainda é uma barreira constante.

Apesar dos esforços, o estado segue desafiado a equilibrar crescimento econômico e disponibilidade de profissionais.

Com a taxa de desemprego em patamar mínimo e milhares de postos em aberto, a questão central agora é: até que ponto os feirões conseguirão sustentar a demanda crescente por trabalhadores na indústria, na logística e na construção civil?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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