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Essas cidades já foram capitais no Nordeste, mas perderam o trono: como centros poderosos viraram cenários históricos

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 05/11/2025 às 23:09
Cidades do Nordeste que já foram capitais revelam histórias esquecidas e muitas mudanças políticas marcantes
Cidades do Nordeste que já foram capitais revelam histórias esquecidas e muitas mudanças políticas marcantes
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6Quatro antigas capitais nordestinas perderam espaço para novos centros políticos e econômicos, mas ainda guardam um passado marcante que explica mudanças profundas na organização territorial e no surgimento das atuais cidades-sede dos estados.

As transformações administrativas no Nordeste brasileiro deixaram marcas profundas em diversas cidades que, apesar de já terem sido capitais, perderam esse status com o passar dos séculos.

Quatro grandes cidades nordestinas compartilham essa trajetória: nasceram como polos administrativos e políticos, mas viram a centralidade migrar para outros municípios escolhidos por questões estratégicas, econômicas e logísticas.

Aquiraz: o primeiro núcleo administrativo do Ceará

Aquiraz se consolidou como a primeira capital da capitania do Ceará no final do século XVII. Oficialmente vila desde 1699 e instalada como sede administrativa a partir de 1713, a cidade concentrava a estrutura colonial portuguesa na região.

Porém, em 1726, a capitalidade foi transferida para Fortaleza, que apresentava melhor posição militar, facilidade de defesa e potencial econômico maior.

O legado histórico permanece evidente no centro antigo, marcado por construções coloniais que preservam o papel de Aquiraz na formação do estado.

Marechal Deodoro: berço da província e do primeiro presidente da República

Em Alagoas, a antiga Vila Madalena – depois chamada Alagoas da Lagoa do Sul e hoje conhecida como Marechal Deodoro – foi a capital provincial de 1817 a 1839.

A mudança do governo para Maceió foi motivada pelo dinamismo do porto, essencial para o escoamento da produção local.

A antiga capital mantém importância histórica não apenas por sua arquitetura e preservação urbana, mas por ter sido o local de nascimento de Manuel Deodoro da Fonseca, que proclamaria a República décadas depois.

Oeiras: a primeira capital do Piauí e a troca pela navegação fluvial

No Piauí, Oeiras ocupou o posto de capital desde sua elevação a cidade, em meados do século XVIII, permanecendo como principal centro político até 1852. Nesse ano, a administração foi transferida para Teresina, planejada às margens do Rio Parnaíba.

A localização estratégica e a possibilidade de navegação fluvial impulsionaram a mudança, tornando Teresina mais adequada ao crescimento econômico.

Oeiras, por sua vez, preservou o papel simbólico e cultural, refletido no conjunto urbano histórico reconhecido nacionalmente.

São Cristóvão: de centro político a patrimônio sergipano

Fundada no século XVI, São Cristóvão foi a capital de Sergipe até 1855, quando a sede administrativa se mudou para Aracaju. A escolha da nova capital resultou de uma necessidade de modernização: Aracaju foi projetada com ruas mais amplas, melhor acesso ao mar e capacidade para atender ao crescimento da província.
Com a perda da capitalidade, São Cristóvão transformou sua identidade. Hoje, seus conjuntos arquitetônicos – incluindo a Praça São Francisco, Patrimônio Mundial da UNESCO – reforçam sua posição de cidade histórica essencial para compreender a formação de Sergipe.

O legado das antigas capitais nordestinas

As histórias de Aquiraz, Marechal Deodoro, Oeiras e São Cristóvão revelam um padrão comum no desenvolvimento regional. As mudanças não foram mero detalhe administrativo: elas redefiniram fluxos econômicos, reorganizaram populações e criaram novos polos urbanos.

Embora não sejam mais capitais, essas cidades continuam a desempenhar papel fundamental na memória cultural e histórica dos seus estados, funcionando como testemunhos vivos do período colonial e imperial brasileiro.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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