A Honda apresentou no Japão a GB350 C 2026, uma clássica de baixa cilindrada que combina visual retrô, motor monocilíndrico de 348 cc e consumo que pode chegar a 47 km/l, com novidades em cores e iluminação.
A Honda apresentou no Japão a GB350 C 2026, atualização da clássica de baixa cilindrada que combina visual retrô, eficiência de combustível e mecânica simples.
O modelo traz motor de 348 cc, câmbio de cinco marchas e consumo declarado de 38,6 km/l no ciclo WMTC, com pico de 47 km/l a 60 km/h constantes, além de melhorias pontuais de ergonomia e iluminação.
Lançamento no Japão e posicionamento
Divulgada oficialmente pela marca, a GB350 C reforça a linha de clássicas acessíveis e ocupa o mesmo espaço de proposta que a CB350 oferecida em mercados como a Índia.
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Embora leve nomes distintos conforme o país, a base técnica é compartilhada e o foco permanece o mesmo: entrega tranquila para o dia a dia, design tradicional e baixo custo de uso.
Motor, câmbio e consumo

O conjunto mecânico segue a receita conhecida.
A motocicleta utiliza monocilíndrico arrefecido a ar, com injeção eletrônica, calibrado para 20 cv a 5.500 rpm e 3 kgfm a 3.000 rpm.
A faixa de torque surge cedo, favorecendo retomadas suaves em rotações baixas.
Acoplado a esse propulsor está o câmbio de cinco velocidades, escolhido para priorizar simplicidade e robustez, sem abrir mão de uma velocidade de cruzeiro confortável para vias urbanas e rodovias secundárias.
Segundo dados da fabricante em padrão WMTC, a GB350 C atinge 38,6 km/l no uso combinado.
Em condição estável, a 60 km/h, o índice pode chegar a 47 km/l, números que posicionam o modelo entre os mais econômicos de sua classe.
Na prática, a autonomia é reforçada pelo tanque de 15 litros, o que reduz paradas para abastecimento e amplia o raio de atuação no cotidiano.
Cores, acabamento e iluminação
Além dos acertos funcionais, a Honda incluiu duas novas variações de pintura para 2026.
A opção Matte Sandstorm Beige aposta no bege fosco, enquanto a Matte Bullet Silver traz o prata fosco em tom clássico.
As tonalidades conversam com o estilo da moto e ressaltam detalhes como o assento marrom e os protetores da suspensão dianteira pintados na cor da carenagem.
A marca também ajustou o alcance da iluminação do farol, com o objetivo de ampliar a visibilidade em condução noturna.
A mudança busca melhorar a percepção de obstáculos e sinalização, sem alterar a assinatura visual que remete às motos de décadas passadas.
Visual retrô com função prática
O desenho segue fiel ao universo clássico.
Elementos como farol redondo, tanque esculpido sem recortes agressivos e banco em tom marrom reforçam a proposta nostálgica.
Ainda que o apelo estético se destaque, a ergonomia privilegia o conforto: guidão em posição neutra, pedaleiras recuadas moderadamente e altura de assento pensada para facilitar apoio dos pés em manobras de baixa velocidade.
Chassi, rodas e suspensões

A GB350 C combina quadro tradicional com componentes dimensionados para absorver irregularidades do piso sem transmitir vibrações excessivas.
Na dianteira, há garfo telescópico; na traseira, amortecedores duplos trabalham com foco em conforto e estabilidade.
As rodas de liga leve medem 19 polegadas na frente e 18 polegadas atrás, configuração que favorece estabilidade direcional e mantém o comportamento progressivo em curvas.
O conjunto de frenagem atua nos dois eixos e foi dimensionado para o porte da moto, mantendo coerência com a proposta de uso urbano e estradeiro leve.
Equivalência à CB350 e estratégia global
Enquanto a Índia segue com a linha CB350, o Japão recebe a GB350 C como equivalente em conteúdo e estilo.
Essa harmonização de plataformas permite à fabricante otimizar produção, reposição de peças e desenvolvimento de evoluções tecnológicas, ao mesmo tempo em que adapta acabamento e denominação às preferências regionais.
O resultado é um produto com identidade global e ajustes finos para cada mercado.
Eficiência e manutenção
Ao apostar em arrefecimento a ar e em um único cilindro, a Honda simplifica o sistema mecânico e reduz pontos potenciais de manutenção.
A injeção eletrônica contribui para a eficiência no consumo e para emissões mais controladas, enquanto o escalonamento do câmbio favorece condução descomplicada em trechos urbanos.
Para o público que busca uma primeira motocicleta de estilo clássico ou um meio de transporte econômico, o pacote é direto e racional.
Possibilidade para o Brasil
Não há confirmação oficial de lançamento da GB350 C — ou da CB350 — no Brasil até o momento.
A marca, entretanto, já afirmou estar avaliando a produção local de uma clássica de baixa cilindrada.
Como sinal de interesse por esse segmento, a Rebel 300 chegou a ser exibida no Capital Moto Week 2025, evento que costuma antecipar tendências e medir a receptividade do público a novos modelos.
Caso a estratégia avance, a presença industrial da Honda no país pode facilitar nacionalizações futuras, mas qualquer cronograma dependerá de viabilidade comercial e da leitura de demanda.
Para quem ela fala

O público-alvo tende a valorizar estilo atemporal e custos de rodagem contidos.
A combinação de 20 cv, torque em baixa rotação e cinco marchas entrega uma pilotagem calma, coerente com seu apelo retrô.
O acabamento em novas cores e o farol com alcance revisado fecham o pacote com toques de atualização sem descaracterizar a proposta original.
Com esse perfil de consumo, visual e mecânica simples, a GB350 C atende às expectativas de quem procura uma clássica acessível que prioriza economia e usabilidade diária, mantendo a estética que a tornou reconhecível nas vitrines japonesas.
A dúvida que fica é direta: se chegasse às lojas brasileiras, você consideraria trocar sua moto por uma clássica que promete até 47 km/l?



Sim. Eu compraria.