Um usuário conhecido como Glubux criou um sistema de energia sustentável com 1.000 baterias de notebooks usadas e mantém sua casa funcionando desde 2016. Veja como ele fez.
Em um mundo onde a busca por autonomia energética cresce a cada dia, um morador foi além da instalação de painéis solares e surpreendeu a internet com uma solução ousada: ele reuniu mais de 1.000 baterias de notebooks usadas para alimentar sua casa. O projeto, que começou em 2016, ainda está em funcionamento, sem incidentes graves, e se tornou um exemplo de reaproveitamento tecnológico sustentável. Essa história viralizou após o usuário conhecido como Glubux compartilhar seu sistema no fórum do site TechSpot, explicando como utilizou baterias de laptops para alimentar sua casa com segurança e eficiência, aliando conhecimento técnico, criatividade e persistência ao longo de quase uma década.
Como começou o projeto de 1.000 baterias de notebooks?
Segundo Glubux, tudo começou por volta de 2016, quando percebeu que muitas baterias de notebooks usadas ainda possuíam células funcionais. Ao invés de descartá-las, ele começou a coletar, desmontar e testar cada unidade individualmente. O objetivo era montar, aos poucos, um sistema de energia de backup para sua casa.
Com o tempo, o que era um hobby se transformou em um projeto completo de energia residencial alternativa, baseado na reutilização de componentes eletrônicos que iriam para o lixo.
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Montagem e estrutura do sistema
Armazenamento
O sistema de Glubux foi instalado em um galpão a 50 metros de sua casa, por razões de segurança. As 1.000 baterias de notebooks foram agrupadas em suportes personalizados e organizadas em packs, conforme sua voltagem e capacidade.
Ele utilizou ferramentas específicas para medir a capacidade de cada célula (em mAh) e descartou aquelas que estavam comprometidas ou inoperantes. Só foram aproveitadas as células de lítio com pelo menos 70% de capacidade funcional.
Integração com painéis solares
Antes mesmo de iniciar o projeto das baterias, Glubux já possuía 24 painéis solares de 440W cada, conectados ao sistema elétrico da casa. O diferencial foi conectar essa geração de energia ao novo banco de baterias recicladas, criando um sistema híbrido de geração e armazenamento.
Controladores e segurança
- Glubux implementou controladores de carga, inversores e mecanismos de proteção contra sobrecarga e descarga profunda.
- Testes foram feitos durante anos para alcançar equilíbrio ideal entre carga e descarga, com circuitos de proteção térmica.
- Até o momento da postagem, não houve incêndios, explosões ou baterias inchadas, riscos comuns em projetos mal dimensionados com baterias de lítio.
O desafio do reequilíbrio energético
Durante a montagem do sistema, vários testes de reequilíbrio foram necessários. Cada pack de bateria precisava de ajuste para manter a estabilidade do sistema, já que cada célula possui níveis de desgaste diferentes. Isso exigiu:
- Medições constantes de voltagem individual;
- Substituição de unidades com variação muito alta ou baixa;
- Adição de balanceadores eletrônicos.
Esse trabalho técnico intenso é o que permitiu que o sistema permanecesse operando de forma segura e eficaz desde 2016, demonstrando que, com conhecimento e dedicação, é possível criar soluções energéticas alternativas com baixo custo e alta eficiência.
Por que baterias de notebooks?
As baterias de notebooks, especialmente as de lítio-íon, possuem células chamadas 18650, que são amplamente utilizadas também em carros elétricos e outros dispositivos de alta potência. Elas oferecem:
- Alta densidade energética;
- Vida útil razoável mesmo após anos de uso;
- Custo zero quando coletadas de dispositivos descartados;
- Facilidade de montagem em sistemas customizados.
Esses fatores tornam as baterias de notebooks uma opção atrativa para sistemas de energia residencial alternativos, principalmente em países ou regiões com alto custo de baterias novas.
Economia e impacto ambiental
Além de manter sua casa com energia por quase uma década, Glubux:
- Reduziu sua conta de energia elétrica a praticamente zero;
- Impediu que mais de mil baterias fossem descartadas no meio ambiente;
- Demonstrou que a economia circular é possível mesmo em pequena escala.
Com o aumento da discussão sobre lixo eletrônico e sustentabilidade, o projeto serve como um case prático de reaproveitamento tecnológico com impacto ambiental direto.
Vale a pena tentar fazer o mesmo?
Apesar do sucesso de Glubux, replicar um projeto como esse exige conhecimentos técnicos sólidos. É preciso entender:
- Eletrônica básica e avançada;
- Soldagem de células de lítio;
- Controle de carga e inversores;
- Segurança contra sobrecarga e aquecimento.
Especialistas alertam que baterias de lítio podem ser perigosas se manuseadas incorretamente. Portanto, esse tipo de sistema não é recomendado para leigos.
No entanto, a ideia de utilizar baterias de notebooks para alimentar casas já atrai comunidades de “makers”, engenheiros eletrônicos e entusiastas de energia alternativa ao redor do mundo.
Energia para casa usando baterias de laptops: tendência futura?
O projeto de Glubux antecipa o que pode se tornar uma tendência nos próximos anos: o reaproveitamento de componentes eletrônicos como alternativa energética em residências.
Com o avanço dos carros elétricos, sistemas fotovoltaicos e a necessidade de armazenamento local de energia renovável, as baterias usadas podem ter uma segunda vida útil como parte de sistemas híbridos, especialmente em locais onde o acesso à rede elétrica é precário.
Empresas como Tesla, LG e BYD já apostam em baterias estacionárias de lítio — mas, enquanto essas soluções são caras, projetos caseiros como o de Glubux mostram que existe espaço para soluções alternativas, de baixo custo e com alto potencial de impacto ambiental positivo.
O que começou como uma experiência quase solitária se transformou em um exemplo de inovação e sustentabilidade. Com mais de 1.000 baterias de notebooks, Glubux criou um sistema que prova que é possível pensar fora da caixa — ou melhor, fora da tomada.
Seu projeto não apenas fornece energia para casa usando baterias de laptops, mas também inspira debates sobre lixo eletrônico, eficiência energética e criatividade na resolução de problemas.
A galera falando que é mentira. Eu mesmo tenho o meu desde 2020 com 1200 baterias de notebook. Isso é comum galera. Diversas pessoas no Brasil tem um sistema parecido.
Até mesmo células com 30/40% de vida podem ser usadas EM PARALELO pra esse tipo de uso. Pois a carga dividida entre as células é reduzida. Circuitos BMS’s, controladores de descarga, controlador de carga, tudo isso faz possível pra um projeto de mais de 4/5 anos. Opções como controle de temperatura do ambiente e monitoramento de temperatura dos Packs também ajudariam. As células 18650 tem limite máximo de 4.20v e mínimo de 3.20v. Células muito degradadas tem essa margem de voltagem com quedas de tensão muito altas… Caindo do máximo para o mínimo em pouco tempo. Sendo assim, em PARALELO REDUZ O STRESS. Outro fator é configurar o controlador de carga/carregador para não carregar as células em sua voltagem máxima, mas sempre por volta 75/90% de capacidade. Ou seja, utilizar os painéis solares para carregar as células até 4.10v. E por fim, um limite de descarga. Por volta de 20/30% de sua capacidade. Ou seja, por volta de 3.30/3,40v. Ou seja até uma célula meia vida poderia fornecer cerca de 0,50/0,70v. Se multiplicar mil células por uma média de 0,50v seriam 500V. Se dividir essa quantidade por 4 para chegar na tensão de 110v de forma hipotética, seria usar 30 células EM SÉRIE para formar 120/125v… E o restante em PARALELO para fornecer a capacidade e manter a casa por um dia. Então sim… É perigoso e o **** de cada célula, sua margem de resistência, margem de descarga, temperatura em uso normal em uso em descarga é crucial. Mas é possível.
A única coisa mentirosa na matéria é a afirmação que desde 2016 ele tem esse sistema… sendo que na verdade ele começou naquele ano e demorou muito até chegar na auto sustentabilidade…🤡🤡🤡🤡