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Escassez global de chips tem a possibilidade de durar até 2024, afirma CEO da Intel

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 29/04/2022 às 00:00
Atualizado em 01/05/2022 às 22:29
Intel, chips, escassez
Foto: Reprodução Adobe Stock

CEO da Intel, Pat Gelsinger, informa que a escassez de chips durará mais do que o esperado

A Intel, uma empresa gigante de semicondutores, diz ter sofrido uma escassez nas vendas trimestrais de chips, uma vez que houve uma desaceleração na compra de PCs. Durante a pandemia do novo COVID-19, a empresa lucrou demasiado com a mudança para o trabalho e ensino remotos, o que gerou uma febre de compras de desktops e laptops, muitos deles usando chips da Intel. Os lotes de PCs caíram cerca de 5% no primeiro trimestre, de acordo com dados da International Data. Isso mostra que uma demanda frenética de 2 anos pode ter atingido seu limite.

O setor da empresa que lida com chips para PCs observou que as vendas caíram 13%, cerca de US$ 9,3 bilhões, de acordo com balanço divulgado nesta quinta-feira, 28. Gelsinger, o CEO da Intel, diz que a desaceleração das vendas foi ocasionada, principalmente, pelo declínio na demanda dos consumidores por PCs de baixo custo, em contrapartida, a busca corporativa por computadores permaneceu forte. O CEO da Intel disse, ainda, que a escassez global de chips, que antes ele tinha uma previsão de que duraria até 2023, provavelmente durará ainda mais, já que os fabricantes de chips lutam para comprar equipamentos suficientes para o aumento da produção a fim de atender à demanda.

Pat afirma que a escassez vai durar até 2024, uma vez que a escassez de equipamentos está afetando a capacidade da indústria de aumentar a oferta em um ritmo constante. O CEO da Intel diz ainda que tais desafios não vão atrapalhar a expansão da indústria que ele lidera, a Intel, que inclui novas fábricas nos EUA e na Europa nos anos futuros.

Setores da indústria de chips sofrem pela escassez no mercado

Diversos setores da indústria de chips estão sendo atingidos diretamente diante da escassez de chips no mercado, um cenário que perdura desde 2020 e ganhou ainda mais força ao longo da pandemia do novo Covid-19.

Segundo o Broadcast, apesar dos esforços incansáveis de várias gigantes do setor, como a Intel, os planos de novas fábricas de chips, bem como a expansão de indústrias de chips já existentes não vão mudar a situação a curto prazo, segundo especialistas. Contudo, uma saída confortável para amenizar o problema é melhorar os rendimentos no processo da manufatura de chips, algo que pode ser alcançado graças a uma nova técnica refinada de impressão.

Pesquisadores de Cingapura encontram solução para escassez de chips

Pesquisadores de Cingapura encontraram uma alternativa que pode ser útil para contornar o problema da escassez demasiada de chips no mercado. Essa solução é a impressão por nanotransferência, um processo que usa um molde para imprimir metal em uma determinada substância que, no caso, seria a pastilha de silício, por meio de pressão. 
A técnica desenvolvida pelos pesquisadores já foi utilizada antes, porém, com uma camada adesiva química que além de causar defeitos na superfície quando impressa em grande quantidade, era prejudicial à saúde dos indivíduos. Por essas razões a tecnologia acabou não avançando.
Assim, com novas pesquisas os cientistas conseguiram desenvolver um processo de impressão de chips que isenta o uso de produtos químicos. O resultado da nova pesquisa foi um wafer quase 100% livre de defeitos, ou seja, pouco ou nenhum chip é descartado no meio da produção.
Os primeiros testes feitos em laboratório mostram que mais de 99% dos chips produzidos com essa nova técnica desenvolvida são utilizáveis.  Embora o novo método ainda esteja em fase de avaliação, os pesquisadores que desenvolveram a ideia já acreditam que essa alternativa pode ser facilmente projetada para produção em massa por grandes fabricantes de chips, como a sul-coreana Samsung e até mesmo a Intel. Essa solução encontrada por esses pesquisadores pode ajudar a amenizar a crise dos chips em um prazo mais curto que o esperado.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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