Virar o volante até o fim, encostar no meio-fio e estacionar em ladeiras no “P” estão entre os 5 erros que destroem câmbio, freio e direção — e geram prejuízos de até R$ 5 mil em reparos.
Estacionar o carro parece uma tarefa simples, mas pequenos hábitos incorretos praticados todos os dias podem causar danos sérios ao sistema de câmbio, freio e direção, gerando prejuízos que chegam a R$ 5 mil em reparos. Segundo oficinas especializadas e fabricantes como ZF, TRW e Nakata, boa parte das falhas em componentes de transmissão e direção assistida é consequência direta de manobras erradas e de hábitos que o motorista repete sem perceber. A seguir, especialistas listam cinco erros comuns ao estacionar que silenciosamente destroem o carro — e explicam como evitá-los.
1. Virar o volante até o fim e deixá-lo travado
Esse é um dos hábitos mais nocivos para o sistema de direção. Quando o motorista gira o volante até o final do curso e mantém a direção travada — especialmente com o carro desligado —, a bomba hidráulica (ou o motor elétrico, nos sistemas elétricos) continua tentando aplicar pressão, o que aumenta o esforço sobre a cremalheira e as juntas da direção.
Com o tempo, isso provoca vazamentos, chiados e desgaste nas coifas protetoras, além de forçar as mangueiras do fluido hidráulico. De acordo com a TRW Automotive, o ideal é nunca girar o volante até o batente; pare um quarto de volta antes, aliviando a pressão sobre o sistema.
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Em veículos com direção elétrica, o risco é de sobreaquecimento do motor de assistência, que pode desligar temporariamente por segurança — um sinal claro de que o sistema foi forçado além do limite.
2. Estacionar com as rodas encostadas no meio-fio
Muitos motoristas acreditam que “encostar o pneu no meio-fio” é sinal de boa manobra, mas esse costume gera impactos estruturais invisíveis. O contato direto entre a roda e o meio-fio transfere a força para o braço oscilante, terminal de direção e cubo da roda, causando desalinhamento e desgaste prematuro.
Em casos mais graves, o impacto pode até empenar o aro, provocando vibrações e perda de vedação dos pneus. Segundo especialistas da Nakata, o correto é manter uma distância mínima de 5 a 10 centímetros do meio-fio ao estacionar — suficiente para proteger os componentes sem comprometer o espaço da via.
3. Deixar o carro engrenado ou no modo “D” em ladeiras
Em veículos automáticos, deixar o carro estacionado em uma ladeira apenas no modo “P” ou “D” sobrecarrega o trava do câmbio, conhecido como parking pawl. Esse pequeno pino de aço é responsável por travar o eixo do câmbio quando o carro está parado, mas ele não foi projetado para suportar o peso total do veículo em inclinação.
Quando o motorista tira o pé do freio sem acionar o freio de estacionamento, toda a carga recai sobre esse componente, podendo travar ou até quebrar o mecanismo.
O conserto de um parking pawl danificado pode ultrapassar R$ 4 mil, segundo oficinas credenciadas da ZF. Por isso, o correto é acionar primeiro o freio de mão (ou o eletrônico) e só depois colocar o câmbio em “P”.
Nos carros manuais, o ideal é engatar a primeira marcha (em subidas) ou a ré (em descidas), sempre com o freio de estacionamento puxado.
4. Acionar o freio de mão com o carro ainda em movimento
Parece óbvio, mas ainda é um erro comum — especialmente em vagas apertadas. Quando o motorista puxa o freio de mão com o carro em leve movimento, o sistema de cabos e sapatas sofre uma sobrecarga instantânea, e o atrito gerado pode deformar os discos ou tambor de freio.
Nos sistemas eletrônicos modernos, essa prática também sobrecarrega os atuadores elétricos, que podem travar. O freio de estacionamento deve ser acionado somente após a parada completa do veículo. Além disso, é importante soltar o freio de mão completamente antes de iniciar a marcha, pois rodar com ele parcialmente acionado gera superaquecimento e desgaste acelerado das pastilhas.
5. Estacionar com o carro em marcha ré sem perceber
Um erro mais comum do que se imagina acontece quando o motorista estaciona em rampas e esquece o carro engatado na ré. Ao religar o veículo e engatar o “D” (nos automáticos) ou soltar a embreagem (nos manuais), o câmbio sofre um tranco que força engrenagens e eixos. Com o tempo, esses pequenos impactos causam folgas no conjunto de transmissão e ruídos característicos ao trocar de marcha.
O ideal é confirmar sempre a posição da alavanca antes de desligar o carro, especialmente em rampas de garagem. Em veículos automáticos, espere o engate completo antes de tirar o pé do freio.
O preço do descuido
Deixar de corrigir esses hábitos pode custar caro. Reparos em sistemas de direção e câmbio são dos mais onerosos da manutenção automotiva:
- Reparo de cremalheira hidráulica: entre R$ 2.000 e R$ 3.500
- Substituição de bomba de direção: cerca de R$ 1.800
- Reparo de travamento no câmbio automático: de R$ 4.000 a R$ 6.000
Tudo isso, na maioria das vezes, causado por descuidos diários na hora de estacionar.
Adotar pequenas mudanças — evitar trancos, aliviar a pressão do volante e usar o freio de estacionamento corretamente — é o suficiente para garantir que seu carro permaneça estável, seguro e livre de falhas caras.


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