1. Início
  2. / Curiosidades
  3. / Erro bancário deposita R$ 37 milhões em conta de mulher: ela comprou casa de luxo e carro, foi presa e hoje responde a processo milionário
Tempo de leitura 4 min de leitura Comentários 0 comentários

Erro bancário deposita R$ 37 milhões em conta de mulher: ela comprou casa de luxo e carro, foi presa e hoje responde a processo milionário

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 30/09/2025 às 08:44
Erro bancário deposita R$ 37 milhões em conta de mulher: ela comprou casa de luxo e carro, foi presa e hoje responde a processo milionário
Foto: Erro bancário deposita R$ 37 milhões em conta de mulher: ela comprou casa de luxo e carro, foi presa e hoje responde a processo milionário
  • Reação
Uma pessoa reagiu a isso.
Reagir ao artigo

Mulher recebeu A$ 10,4 milhões equivalente a R$ 37 milhões por erro bancário, comprou casa e carro de luxo, mas acabou presa e processada por fraude na Austrália.

Imagine acordar e encontrar milhões de reais a mais na sua conta bancária. Para muitos, isso pareceria um sonho. Mas para a australiana Christine Manivel, o que começou como uma surpresa se transformou em um pesadelo judicial que até hoje gera manchetes em todo o mundo. Em 2015, a corretora de criptomoedas Crypto.com transferiu por engano A$ 10,4 milhões — cerca de R$ 37 milhões — para a conta dela, quando o depósito correto deveria ter sido de apenas A$ 100 (aproximadamente R$ 360).

Christine e sua irmã Thevamanogari Manivel decidiram não devolver o valor. Pelo contrário: usaram parte da fortuna para bancar um estilo de vida luxuoso, que incluiu a compra de imóveis de alto padrão e carros de luxo.

Compras milionárias: casas e carro de luxo

Segundo documentos judiciais, a família comprou:

  • Uma casa de luxo em Melbourne, avaliada em milhões de dólares.
  • Um carro de alto padrão, usado como ostentação.
  • Presentes caros para parentes e transferências para contas de familiares.

O que parecia um golpe de sorte rapidamente se tornou um escândalo policial e financeiro.

O dia em que o erro foi descoberto

O erro da corretora só foi detectado sete meses depois, durante uma auditoria interna em 2016. Quando a empresa entrou em contato para reaver os valores, parte significativa já havia sido gasta em propriedades de luxo.

Em 2021, após anos de batalhas legais, o caso foi parar nos tribunais australianos. As irmãs foram processadas por fraude e apropriação indébita, e a Justiça determinou que os imóveis comprados deveriam ser vendidos para ressarcir a corretora.

Prisão e julgamento

Em 2022, a Justiça australiana condenou Thevamanogari Manivel a devolver os valores e determinou sua prisão após constatar a apropriação ilícita do dinheiro.

O escândalo ganhou repercussão internacional porque mostrou como um simples erro de digitação pode se transformar em um prejuízo milionário.

Enquanto isso, Christine segue em disputa judicial, tentando evitar penas mais severas.

Casos semelhantes ao redor do mundo

O caso australiano não é único. Em vários países, erros bancários já geraram histórias semelhantes:

  • EUA, 2021: a policial Kelyn Spadoni, da Louisiana, recebeu por engano US$ 1,2 milhão (≈ R$ 6,5 milhões) da corretora Charles Schwab. Comprou uma casa, um carro Hyundai Genesis e joias. Foi presa em abril de 2021 e responde a processo criminal.
  • Brasil: há registros menores, mas constantes, de depósitos feitos por engano. A Justiça brasileira é clara: quem não devolve o dinheiro responde criminalmente.

Esses episódios mostram que, mesmo em sistemas financeiros sofisticados, erros podem ocorrer — e quase sempre terminam em escândalo.

O que diz a lei no Brasil para esses casos?

No Brasil, casos assim são enquadrados no artigo 169 do Código Penal, como apropriação de coisa achada ou recebida por erro.

  • Quem usa o valor pode ser condenado a até 5 anos de prisão, além de ter que devolver todo o dinheiro.
  • A jurisprudência também reconhece o dever de indenizar o banco ou empresa que cometeu o erro.

Ou seja: ninguém pode alegar boa-fé ao gastar dinheiro que sabe não ser seu.

Por que esses erros acontecem

Especialistas apontam três principais motivos para falhas milionárias como essa:

  • Erros humanos na digitação de valores.
  • Falhas sistêmicas em plataformas digitais.
  • Falta de auditoria imediata em grandes transações.

Embora raros, os erros acontecem — e o caso australiano é um exemplo claro de como eles podem virar tragédia financeira.

O erro bancário que depositou R$ 37 milhões na conta de Christine Manivel virou uma das histórias mais emblemáticas do setor financeiro moderno. Ao gastar o dinheiro em casa de luxo, carro e presentes caros, ela transformou um equívoco em um escândalo internacional, que terminou em prisão, processos e leilões judiciais.

Mais do que uma anedota, o caso mostra como a tentação do dinheiro fácil pode custar caro — e reforça uma lição simples: quando milhões caem na conta por engano, o destino certo é devolução imediata, não ostentação.

Banner quadrado em fundo preto com gradiente, destacando a frase “Acesse o CPG Click Petróleo e Gás com menos anúncios” em letras brancas e vermelhas. Abaixo, texto informativo: “App leve, notícias personalizadas, comentários, currículos e muito mais”. No rodapé, ícones da Google Play e App Store indicam a disponibilidade do aplicativo.
Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x