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Entregador de aplicativo revela quanto ganha após um ano usando moto elétrica. Valeu a pena trocar a moto a gasolina pela elétrica? Confira

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 28/08/2025 às 09:50
Entregador de aplicativo revela ganhos, custos e desafios do trabalho com moto elétrica. Descubra se realmente vale a pena a troca.
Entregador de aplicativo revela ganhos, custos e desafios do trabalho com moto elétrica. Descubra se realmente vale a pena a troca. Imagem: Divulgação
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Entregador de aplicativo revela ganhos, custos e desafios do trabalho com moto elétrica. Descubra se realmente vale a pena a troca.

Um entregador de aplicativo compartilhou a experiência de mais de um ano utilizando motos elétricas da Voltz em suas rotinas de trabalho. O relato, que cobre todo o ano de 2022, mostra não apenas os ganhos financeiros, mas também os obstáculos de manutenção, desempenho e custos ocultos.

A análise levanta um ponto crucial: será que realmente vale a pena trocar a moto a gasolina por uma moto elétrica para quem depende dela no dia a dia?

A rotina de um entregador de aplicativo com moto elétrica

Durante 2022, o profissional utilizou três modelos diferentes de moto elétrica, adquirida por cerca de R$ 10 mil através de parceria com plano de aluguel de bateria.

A promessa de economia no combustível parecia vantajosa no início, mas a prática mostrou outra realidade.

Mesmo reconhecendo que o motor elétrico oferece bom torque desde as baixas rotações, a performance ficou aquém do esperado. Com apenas uma bateria, a autonomia não passava de 50 km, o que ele comparou a uma moto de “70 cilindradas”.

Com duas baterias, a distância percorrida subia para 60 a 80 km, equivalente a apenas “dois litros de gasolina”.

Além disso, a moto não suportava rodovias por longos períodos. O motor esquentava rapidamente e comprometia a durabilidade.

Manutenção: o maior problema no trabalho com moto elétrica

O ponto mais crítico apontado foi a manutenção. Segundo o relato, a moto elétrica exige cuidados mais frequentes do que uma moto a gasolina.

A dificuldade é ampliada pela falta de peças de reposição no mercado nacional.

Diversos componentes tiveram que ser adaptados, como freios e parafusos, que apresentavam desgaste precoce.

O guidão, por exemplo, possui fixadores frágeis que podem até causar acidentes.

Outro problema recorrente foi o pós-venda da marca, considerado inexistente.

Oficinas especializadas em motos convencionais não possuem conhecimento técnico para lidar com os modelos elétricos, obrigando o próprio entregador a improvisar soluções.

Custos escondidos: bateria e tempo perdido

Embora a moto elétrica elimine o gasto direto com gasolina, os custos aparecem de outras formas.

Para carregar duas baterias de 4,8 kWh em casa, o gasto médio é de R$ 6, suficiente para rodar entre 60 e 80 km — valor que, segundo o entregador, fica “quase igual ao da gasolina”.

Outro problema é a troca de baterias nas estações, que consome tempo de trabalho e reduz o número de entregas realizadas no dia.

Além disso, as baterias próprias vão perdendo capacidade de carga ao longo do tempo, gerando necessidade de reposição e aumentando o custo final da operação.

Ganhos reais no trabalho com moto elétrica

No balanço final de 2022, o entregador de aplicativo calculou uma média de R$ 2.375 por mês, totalizando aproximadamente R$ 28.500 ao longo do ano.

Apesar de o rendimento garantir sua subsistência, ele concluiu que a moto elétrica não trouxe a economia esperada.

Vale a pena trocar a moto a gasolina pela elétrica?

Para quem depende do veículo como ferramenta de trabalho, a moto elétrica ainda apresenta mais desvantagens do que benefícios.

O custo elevado de manutenção, a escassez de peças e o pós-venda precário superam a economia no combustível.

Apesar disso, o entregador reconhece que prefere continuar utilizando motos elétricas por escolha pessoal.

No entanto, sua recomendação para colegas de profissão é permanecer com modelos a combustão, como CG ou Pop, que oferecem maior confiabilidade e menor custo a longo prazo.

Moto elétrica: futuro promissor, mas ainda distante

A experiência mostra que, embora o conceito de moto elétrica seja atraente para entregadores de aplicativo preocupados com economia e sustentabilidade, a realidade atual do mercado brasileiro ainda apresenta muitos entraves.

A falta de suporte técnico e a baixa durabilidade dos componentes afastam trabalhadores que precisam de confiabilidade acima de tudo.

Enquanto a tecnologia não amadurece e não recebe maior suporte da indústria, a moto a combustão segue sendo a escolha mais viável para quem faz do trabalho sobre duas rodas o seu sustento diário.

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Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia. Apaixonada por leitura, escrita e música.

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