De império milenar a potência global, a China passou por guerras, revoluções e reformas até conquistar um lugar central na economia e na política mundial
Durante séculos, a China foi marcada por tradições antigas, guerras e isolamento. Mas essa mesma nação, com mais de quatro milênios de história, passou por uma das mudanças mais profundas do mundo moderno. Em poucas décadas, deixou de ser uma sociedade agrária e se tornou uma das maiores potências globais da atualidade.
Tradição e turbulência ao longo da história
A trajetória começa com as dinastias Xia, Shang e Zhou, que criaram as bases culturais e políticas do país. Por séculos, o sistema de monarquias hereditárias manteve a estabilidade, com destaque para a dinastia Qing, que durou até o início do século XX. Mas essa estabilidade foi interrompida por grandes choques externos.
Durante o século XIX, a China sofreu pressões de potências estrangeiras, como nas Guerras do Ópio, e passou por períodos de dominação e conflito.
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A invasão japonesa na década de 1930 agravou ainda mais a situação interna. Esses eventos culminaram na Revolução Chinesa de 1949, liderada por Mao Tsé-Tung, que deu origem à República Popular da China.
O ponto de virada: reformas e abertura
A grande virada veio após a morte de Mao, em 1976. Deng Xiaoping, novo líder do país, decidiu seguir um caminho diferente. A partir de 1978, iniciou uma série de reformas chamadas de “Reforma e Abertura”. Essas mudanças abriram caminho para uma nova fase de desenvolvimento e modernização.
Um dos principais pontos foi a descentralização fiscal. Com isso, os governos locais puderam criar suas próprias normas e prioridades para o uso do dinheiro público.
A China também começou a revisar e reformar áreas essenciais, como o sistema financeiro e a política de comércio exterior. Era o início de uma transformação econômica profunda.
A economia acelera e o mundo presta atenção
As reformas deram resultado. A China se tornou um centro de exportação global, atraindo investimentos estrangeiros e ganhando força em setores de alta tecnologia.
A inovação se tornou prioridade, assim como a modernização militar. O país passou a investir pesado no seu complexo industrial, científico e militar.
Internacionalmente, a influência chinesa cresceu. Um dos exemplos mais marcantes foi a criação da Iniciativa Cinturão e Rota. Com esse projeto, a China estabeleceu novos laços comerciais e diplomáticos com diversos países, entre eles o Brasil.
Uma nova posição no mundo
Hoje, a China é a segunda maior economia do planeta. É líder em exportações e presença constante em decisões políticas e econômicas globais. O seu modelo de crescimento, baseado no controle estatal e na inserção estratégica no mercado internacional, virou referência para outros países.
O que antes era uma sociedade isolada se tornou uma potência que influencia os rumos do século XXI. A trajetória da China mostra que, com planejamento e reformas, é possível mudar o destino de uma nação em poucas décadas. O impacto chinês no mundo ainda está longe do fim.