Entrar na Petrobras é mudar de vida: engenheiros conquistam salários acima de R$ 20 mil líquidos e benefícios que asseguram futuro próspero; veja requisitos e detalhes de como garantir uma vaga no próximo concurso.
Em 2023, o último concurso da Petrobras para técnicos atraiu mais de 150 mil inscritos para pouco mais de 4 mil vagas. O motivo é simples: a estatal paga salários que, mesmo nos cargos mais básicos, superam com folga a realidade de muitos profissionais com diploma universitário. E para os engenheiros, que compõem a espinha dorsal da companhia, os números impressionam ainda mais.
Segundo documentos oficiais do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) firmado entre Petrobras e sindicatos, complementados por cálculos apresentados em aulas e planilhas de mentores aprovados em concursos, um engenheiro recém-ingresso já inicia com uma remuneração que ultrapassa a casa dos R$ 20 mil líquidos mensais. É um patamar que coloca a estatal entre as empregadoras mais desejadas do país.
Mas, afinal, como se chega a esse valor? O que pesa no contracheque além do salário-base? E quais os caminhos para conquistar essa vaga tão disputada?
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Salário de engenheiro na Petrobras: números oficiais
De acordo com o ACT em vigor até 2025, o salário-base de um engenheiro em regime administrativo começa em torno de R$ 14.380 por mês. Esse é o ponto de partida, mas a cifra cresce rapidamente quando somamos benefícios fixos e variáveis.
Na prática, ao anualizar esse salário, o engenheiro já recebe mais de R$ 172 mil apenas de vencimento direto. A isso se somam o 13º salário, férias equivalentes a mais um salário cheio, vale-alimentação de cerca de R$ 2 mil por mês (R$ 24 mil no ano) e o abono salarial previsto no ACT, que acrescenta em média meio salário extra por ano. Esses componentes obrigatórios elevam o rendimento fixo anual a mais de R$ 225 mil.
Mas o grande diferencial vem dos proventos variáveis. Entre eles, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que para 2025 já está projetada em R$ 52 mil por engenheiro.
Há ainda o Programa de Remuneração por Desempenho (PRD), que pode render de meio a um salário e meio extra, dependendo das metas individuais e coletivas atingidas. Somados, esses valores colocam o pacote anual acima dos R$ 300 mil, antes mesmo dos benefícios indiretos.
No contracheque real, já descontados INSS, Imposto de Renda e contribuições para a previdência complementar Petros, o engenheiro recebe em média R$ 20 mil líquidos por mês. Para quem possui filhos e acessa auxílios adicionais, como auxílio-creche, esse valor pode chegar a R$ 22 mil mensais logo nos primeiros anos de carreira.
Benefícios que ampliam a remuneração na Petrobras
O salário elevado é apenas uma parte do atrativo. A Petrobras oferece uma gama de benefícios que, se contratados no setor privado, representariam um peso considerável no orçamento pessoal.
O primeiro deles é o plano de saúde, cuja cobertura para o funcionário e seus dependentes é estimada em mais de R$ 12 mil ao ano. Há ainda a previdência complementar Petros, na qual a empresa aporta até 12% adicionais sobre o salário, igualando a contribuição do empregado e garantindo uma aposentadoria robusta no futuro.
Outro ponto é o FGTS, que sozinho adiciona mais de R$ 15 mil anuais em depósitos compulsórios. E há também os auxílios educacionais, que podem chegar a R$ 2 mil por filho em cidades como São Paulo ou Rio de Janeiro, ajudando a custear creches e escolas privadas.
Quando todos esses valores são contabilizados, a remuneração anual de um engenheiro da Petrobras se aproxima dos R$ 350 mil brutos, colocando a estatal na mesma prateleira de multinacionais de ponta do setor de energia e até mesmo de bancos e consultorias de elite.
Comparação com outras carreiras
Para dimensionar a atratividade dessa carreira, basta compará-la com o mercado. Enquanto muitos engenheiros recém-formados em empresas privadas recebem salários de entrada entre R$ 5 mil e R$ 8 mil, um engenheiro da Petrobras começa com quase três vezes esse valor.
Mesmo carreiras tradicionais do serviço público, como auditor fiscal ou diplomata, encontram na Petrobras uma concorrência de peso. Afinal, a remuneração inicial já rivaliza com os salários finais de cargos de elite do funcionalismo federal.
Essa realidade explica por que os concursos da Petrobras são tão disputados. Além da estabilidade de uma empresa estatal estratégica, o pacote de benefícios garante segurança financeira de longo prazo, algo cada vez mais valorizado no mercado de trabalho.
O que faz um engenheiro na Petrobras
O trabalho do engenheiro na Petrobras varia conforme a área de atuação. Os profissionais podem ser alocados em projetos de exploração e produção de petróleo e gás, refino, logística, manutenção de equipamentos, segurança operacional, pesquisa em energias renováveis ou até mesmo na transição energética, com iniciativas de hidrogênio verde e biocombustíveis.
Muitos engenheiros trabalham em regime administrativo, mas há também oportunidades em plataformas offshore, refinarias e unidades de operação terrestre. Nos casos em que o trabalho exige embarque ou turnos noturnos, adicionais são incorporados ao salário, podendo elevar ainda mais a remuneração final.
Além da atuação técnica, há espaço para ascensão a cargos de liderança. Engenheiros que assumem funções de chefia podem ver seus salários multiplicarem ao longo da carreira, ultrapassando com facilidade os R$ 30 mil mensais.
Requisitos para ingressar na Petrobras
Para conquistar uma vaga de engenheiro na Petrobras, é necessário atender a alguns requisitos básicos:
- Diploma de graduação em Engenharia, em curso reconhecido pelo MEC.
- Registro ativo no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).
- Aprovação no concurso público específico para nível superior.
O concurso costuma exigir provas objetivas de conhecimentos gerais (português, raciocínio lógico, legislação) e específicos da área de engenharia escolhida. Dependendo da vaga, há também etapas discursivas e análise de títulos.
É importante destacar que o concurso da Petrobras é um dos mais técnicos do país. Muitos aprovados relatam que o nível de exigência é comparável ao de concursos da área fiscal ou de grandes tribunais.
Concursos Petrobras: passado, presente e futuro
O último concurso para engenheiros ocorreu em 2021 e já esgotou sua validade em maio de 2024. Desde então, a expectativa é grande para a publicação de um novo edital, especialmente diante da expansão da companhia.
Com os investimentos bilionários previstos para a Margem Equatorial, que somam mais de R$ 40 bilhões e devem gerar 350 mil empregos diretos e indiretos, a demanda por engenheiros é crescente. Fontes ligadas ao setor já indicam que um novo concurso pode ser lançado ainda em 2026, com centenas de vagas para diferentes especialidades.
O histórico reforça essa previsão: em 2023, o concurso para nível técnico teve edital publicado pouco depois do encerramento do cadastro de reserva do certame anterior. O mesmo deve acontecer agora com o nível superior.
Por que tantos sonham com essa vaga?
O apelo da carreira de engenheiro na Petrobras vai além dos números. Estamos falando de atuar em uma das maiores empresas de energia do planeta, responsável por 25% do PIB industrial brasileiro e com operações que influenciam diretamente a balança comercial do país.
Para muitos jovens engenheiros, ingressar na estatal significa não apenas alcançar estabilidade financeira, mas também participar de projetos de escala global.
Do pré-sal às energias renováveis, da inovação em refino à pesquisa em hidrogênio verde, cada frente da Petrobras coloca os profissionais em contato com tecnologias de ponta e desafios de engenharia complexos.
Além disso, a carreira dentro da Petrobras oferece mobilidade nacional, oportunidades de ascensão, programas de qualificação e a possibilidade de se tornar referência em áreas altamente estratégicas para o Brasil.
Um caminho de estudo e preparação
Se por um lado a remuneração é altamente atrativa, por outro o caminho até a aprovação exige disciplina e estratégia. Mentores como William Rabello, engenheiro aprovado em concurso e especialista em preparação, destacam que a chave está na consistência.
Segundo ele, quem começa a estudar com antecedência e foca nas disciplinas mais cobradas no histórico dos concursos da Petrobras sai na frente. “Não é uma prova impossível, mas exige método. Já ajudei centenas de engenheiros a mudarem de vida. O que diferencia o aprovado é o foco e a preparação direcionada”, resume.
O impacto na vida do aprovado
Um engenheiro que entra hoje na Petrobras não apenas conquista um salário líquido médio de R$ 20 mil, mas também garante uma rede de benefícios que pode transformar sua trajetória e a de sua família. Do plano de saúde integral à previdência complementar, do auxílio-educação para os filhos à participação nos lucros milionária, cada detalhe soma para criar um pacote que poucos setores oferecem.
Esse é o motivo pelo qual a estatal continua sendo vista como o “emprego dos sonhos” para milhares de brasileiros. Um caminho que une estabilidade, altos ganhos, prestígio e a possibilidade de atuar em projetos que moldam o futuro energético do país.
A engenharia na Petrobras é mais que um emprego. É um marco de vida. Desde os salários que já superam R$ 20 mil líquidos mensais no início da carreira até as oportunidades de crescimento e a chance de atuar em frentes de inovação energética, trata-se de uma das carreiras mais cobiçadas e transformadoras do Brasil.
Com a previsão de novos concursos e investimentos bilionários em áreas estratégicas, as portas estão prestes a se abrir novamente. Para os que sonham em mudar de vida e alcançar estabilidade em um dos maiores conglomerados energéticos do mundo, a hora de se preparar é agora.