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Energisa investe R$ 100 milhões na construção de usina de biometano em Carambeí

Escrito por Paulo H. S. Nogueira
Publicado em 07/11/2025 às 06:14
Vista aérea de uma fazenda com tanques circulares e galpão sob um céu azul de meio-dia, cercada por plantações e áreas verdes.
Imagem aérea mostra uma fazenda com estruturas circulares e galpão industrial iluminados pelo sol do meio-dia, cercados por campos agrícolas e vegetação nativa.
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Energisa amplia presença em energia limpa com nova usina de biometano em Carambeí, investimento de R$ 100 milhões que impulsiona a sustentabilidade e o desenvolvimento regional.

Nos últimos anos, a busca por fontes de energia mais limpas e sustentáveis tem crescido de forma significativa no Brasil. Além disso, um dos caminhos que vem se consolidando é o uso do biometano, combustível renovável produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos.

Dessa forma, essa tendência reflete uma mudança profunda no setor energético. Marcada pela transição para uma economia de baixo carbono e pelo fortalecimento da bioenergia como vetor de desenvolvimento regional.

Portanto, nesse cenário, a Energisa anuncia a construção da usina de biometano em Carambeí. Um marco importante tanto para o Paraná quanto para o futuro da energia renovável no país.

Nesse contexto, a Energisa, um dos maiores grupos de energia do Brasil, investirá R$ 100 milhões para erguer a nova unidade de produção de biometano em Carambeí. Município localizado na região dos Campos Gerais do Paraná.

Além disso, o projeto surge da aquisição de 52% da Lurean, empresa local especializada em tratamento de resíduos e produção de adubo orgânico.

Dessa maneira, a companhia expandirá sua atuação no mercado de biocombustíveis e fortalecerá sua presença no setor de energia renovável.

Além disso, além de marcar uma nova etapa na trajetória da Energisa, o investimento simboliza a confiança no potencial do mercado brasileiro de biogás e biometano, que cresce em ritmo acelerado.

Nos últimos anos, o país se destacou internacionalmente pela capacidade de converter resíduos agroindustriais em energia limpa. Aproveitando a abundância de matéria-prima gerada por sua forte base agrícola.

Dessa forma, esse contexto coloca o Brasil em posição estratégica para liderar a bioeconomia global, combinando inovação tecnológica, sustentabilidade e competitividade.

Estratégia de expansão e consolidação no mercado de energia limpa

Além disso, a nova planta, que a Energisa Biogás (Ebio) — braço do grupo dedicado às soluções de energia limpa — administrará, começará suas operações comerciais no primeiro trimestre de 2028.

Com isso, a unidade terá capacidade para produzir 28 mil metros cúbicos de biometano por dia. Representando um avanço significativo na estratégia de diversificação da Energisa.

Assim, a empresa pretende reduzir sua pegada de carbono e oferecer soluções integradas para clientes industriais e logísticos que desejam migrar para combustíveis mais sustentáveis.

Além disso, segundo a diretora-presidente dos Negócios de Gás da Energisa, Débora Oliver, a companhia aplica os aprendizados adquiridos em sua primeira experiência no setor. A usina em Santa Catarina, desenvolvida pela Agric — empresa adquirida pelo grupo em 2023 —, terá capacidade de 25 mil m³/dia e começará a operar em 2026.

Portanto, essa evolução demonstra um movimento consistente de ampliação da infraestrutura voltada ao biogás e ao biometano. Dois pilares fundamentais na descarbonização da matriz energética brasileira.

Além disso, o biometano, por sua natureza, substitui o gás natural fóssil e oferece uma alternativa limpa e renovável.

Dessa maneira, as empresas obtêm o biometano a partir do biogás, que surge da decomposição de resíduos orgânicos, como restos agroindustriais, dejetos animais e matéria orgânica urbana.

Em seguida, o biogás passa por processo de purificação e se transforma em biometano, combustível com características físico-químicas semelhantes às do gás natural convencional, mas com impacto ambiental muito menor.

Usina de biometano em Carambeí e o potencial agroindustrial na geração de energia renovável

Portanto, a escolha de Carambeí como sede da nova unidade não é casual.

A cidade, conhecida por sua forte vocação agroindustrial, oferece grande disponibilidade de resíduos orgânicos, essenciais para a produção de biogás e biometano.

Além disso, em 2024, a Lurean tratou mais de 95 mil toneladas de resíduos agroindustriais, transformando parte desse volume em 38 mil toneladas de biofertilizantes.

Dessa maneira, esse aproveitamento mostra como resíduos podem se converter em valor econômico e ambiental, unindo produtividade, sustentabilidade e inovação.

Além disso, Carambeí possui localização estratégica.

Como resultado, situada na região dos Campos Gerais, a cidade conta com fácil acesso a rodovias e uma base industrial sólida, especialmente nos setores de laticínios, suinocultura e processamento de alimentos.

Assim, essa concentração de atividades agroindustriais gera um volume significativo de resíduos, que a usina poderá converter em energia limpa e insumos agrícolas sustentáveis, fechando o ciclo da economia circular.

Portanto, o projeto gerará empregos diretos e indiretos durante as fases de construção e operação, fortalecendo a economia local e regional.

As obras começarão em 2026, com conclusão no início de 2028.

Além disso, outro fator estratégico é a proximidade da planta com a rede de gás natural — menos de quatro quilômetros de distância —, o que facilitará o escoamento da produção e reduzirá os custos logísticos.

Assim, o biometano produzido em Carambeí abastecerá indústrias, transportadoras e distribuidoras locais, substituindo parcialmente o gás natural de origem fóssil e reduzindo emissões de carbono.

O papel do Paraná e o fortalecimento da bioenergia no Brasil

Além disso, o Paraná também se destaca como um dos estados que mais avançam em políticas de estímulo à produção e ao consumo de biometano.

Dessa forma, o governo estadual incentiva projetos que aproveitam resíduos agrícolas e agroindustriais, aproveitando o potencial do setor do agronegócio — especialmente na região dos Campos Gerais — para transformar o estado em uma referência nacional de bioenergia.

Assim, esse ambiente atrai empresas que buscam unir rentabilidade e sustentabilidade, além de alinhar suas operações com as metas de redução de carbono previstas em acordos internacionais.

Além disso, a consolidação do Paraná como polo de bioenergia reflete uma tendência observada em todo o país.

Como resultado, o Brasil reúne condições naturais excepcionais para o aproveitamento de resíduos orgânicos, graças à sua extensa produção agrícola, pecuária e agroindustrial.

Se todo o potencial do biogás e do biometano fosse explorado, o país poderia substituir uma parcela significativa do consumo de gás natural importado, além de criar milhares de empregos verdes.

Dessa maneira, isso gera uma oportunidade concreta para gerar energia, reduzir emissões e impulsionar o desenvolvimento sustentável.

Portanto, no contexto histórico da energia no Brasil, a aposta no biometano representa mais uma etapa da diversificação da matriz energética nacional.

Desde a década de 1970, com o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), o país investiu em fontes renováveis, como etanol e biodiesel, que reduziram a dependência do petróleo importado.

Além disso, a partir dos anos 2000, a energia eólica e a solar começaram a ganhar espaço, e agora o biometano surge como novo protagonista dessa transição.

Dessa forma, ele oferece não apenas energia limpa, mas também promove a integração entre o campo e a indústria, fortalecendo cadeias produtivas locais.

A usina de biometano em Carambeí e o futuro da transição energética

Além disso, com a demanda crescente por soluções energéticas sustentáveis, o biometano ocupará um papel cada vez mais central na matriz energética brasileira.

Dessa maneira, empresas e transportadoras que adotarem esse combustível reduzirão custos e emissões, enquanto a indústria de biofertilizantes se beneficiará do reaproveitamento de resíduos.

Assim, o biometano transforma resíduos em ativo produtivo, reforçando a chamada bioeconomia, que ganha relevância globalmente.

Portanto, a usina de biometano em Carambeí representa mais do que um investimento de R$ 100 milhões.

Ela simboliza o avanço de uma nova lógica produtiva, em que energia, sustentabilidade e desenvolvimento caminham juntos.

Além disso, a presença da Energisa fortalece a confiança de grandes grupos no potencial da bioenergia e na capacidade do Brasil de liderar a transição energética.

Com sua base agrícola robusta, infraestrutura consolidada e políticas públicas favoráveis, o país possui condições ideais para transformar resíduos em riqueza e reduzir as emissões que preocupam o planeta.

Além disso, ao unir experiência empresarial, tecnologia e compromisso ambiental, o projeto da Energisa em Carambeí projeta o futuro da energia limpa no Brasil.

Assim, a usina será mais do que uma planta industrial: será um símbolo de transformação — da economia, da matriz energética e da relação do ser humano com os recursos naturais.

Dessa forma, iniciativas como essa apontam o caminho para um futuro mais verde, inclusivo e próspero.

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Energia que constrói o futuro: Biometano e o Futuro Sustentável | Valor Econômico

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Paulo H. S. Nogueira

Sou Paulo Nogueira, formado em Eletrotécnica pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), com experiência prática no setor offshore, atuando em plataformas de petróleo, FPSOs e embarcações de apoio. Hoje, dedico-me exclusivamente à divulgação de notícias, análises e tendências do setor energético brasileiro, levando informações confiáveis e atualizadas sobre petróleo, gás, energias renováveis e transição energética.

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