Descubra como as fontes limpas devem ultrapassar o carvão e se tornar a maior fonte de eletricidade do mundo, mudando para sempre o cenário energético global até 2026.
Desde a Revolução Industrial, a eletricidade sempre esteve atrelada ao uso de fontes fósseis, como o carvão, o petróleo e o gás natural. No entanto, essas fontes provocaram danos ambientais que hoje pressionam governos e a sociedade a buscar alternativas.
Por isso, a transição energética tornou-se uma necessidade global.
Atualmente, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o mundo se aproxima de um ponto de virada. Conforme os dados mais recentes, as energias renováveis devem se tornar a maior fonte de eletricidade do mundo em 2026.
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Isso acontece porque o crescimento dessas fontes ocorre de forma acelerada e sustentada, especialmente nas últimas duas décadas.
Além disso, esse avanço ocorre em resposta direta às mudanças climáticas, que já impactam a vida cotidiana em diversas regiões do planeta. Por esse motivo, a substituição dos combustíveis fósseis por fontes limpas aparece como o caminho mais viável, tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico.
O avanço acelerado das fontes solar e eólica
Em primeiro lugar, a energia solar e a eólica vêm se destacando como protagonistas dessa transformação. Isso porque, além de não emitirem gases de efeito estufa, essas fontes se tornaram cada vez mais acessíveis economicamente.
Como resultado, o mundo inteiro passou a investir em larga escala na sua instalação.
Ao mesmo tempo, os custos de painéis solares e turbinas eólicas caíram drasticamente. Com isso, muitos países encontraram nelas a solução ideal para ampliar a geração elétrica de maneira sustentável.
De acordo com a IEA, até 2025, essas fontes devem atender a 90% do crescimento da demanda global de eletricidade.
Portanto, é possível afirmar que a combinação entre tecnologia e urgência climática impulsiona esse avanço. Em 2024, por exemplo, a produção global das fontes solar e eólica já havia superado os 4.000 TWh.
Em seguida, a projeção para 2025 é de 5.000 TWh e, logo depois, 6.000 TWh em 2026.
Não apenas isso, como também a geração renovável movimenta cadeias produtivas inteiras, desde a mineração de materiais até a instalação dos sistemas. Dessa forma, os empregos verdes se multiplicam, contribuindo para a economia de forma concreta.
Fontes alternativas: gás natural e energia nuclear
Embora as renováveis cresçam rapidamente, outras fontes seguem desempenhando um papel complementar. Em especial, o gás natural tem sido adotado como transição entre os modelos tradicionais e o futuro renovável.
Apesar de ainda ser fóssil, ele emite menos CO₂ que o carvão e, portanto, representa um avanço relativo.
Adicionalmente, em momentos de estresse climático, como secas ou ondas de calor, o gás natural garante estabilidade ao sistema. Isso se deve à sua flexibilidade e à possibilidade de suprir picos de demanda com rapidez.
Outro ponto importante é o ressurgimento da energia nuclear, que voltou a ser considerada uma solução viável para reduzir emissões sem comprometer a oferta energética. Países como Japão, França e China planejam reativar ou construir novas usinas.
Com isso, espera-se que, até 2026, essa fonte gere mais de 3.000 TWh.
Portanto, ainda que haja controvérsias, a energia nuclear pode ser aliada na descarbonização, principalmente em contextos onde as fontes renováveis não conseguem garantir estabilidade total.
A demanda elétrica e o papel da descarbonização
Por outro lado, a demanda global por eletricidade continua a crescer. Diversos fatores contribuem para esse cenário, como o aumento no uso de ar-condicionado, a digitalização das indústrias e a expansão de data centers.
Diante disso, é fundamental garantir que esse crescimento ocorra de maneira limpa.
A IEA estima que a demanda subirá 3,3% em 2025 e 3,7% em 2026. Assim, manter uma geração de energia baseada em fontes poluentes se torna cada vez mais insustentável.
Por isso, a descarbonização não é apenas uma opção — é uma exigência para o futuro do planeta.
Nesse sentido, as emissões de CO₂ tendem a se estabilizar em 2025 e a cair a partir de 2026. Isso significa que, mesmo com o aumento do consumo, as fontes limpas têm capacidade de compensar o impacto ambiental.
Esse é um dado animador, pois mostra que o caminho escolhido pode trazer resultados concretos em curto prazo.
Contudo, para que essa tendência se mantenha, será necessário adotar políticas públicas eficazes e continuar investindo em inovação. Somente assim a mudança poderá se consolidar de forma duradoura.
China, Brasil e o papel dos países emergentes
Enquanto alguns países desenvolvidos aceleram suas transições, outros emergentes também assumem papel relevante nesse processo. A China, por exemplo, apesar de ainda liderar no uso de carvão, também é o país que mais instala energia solar e eólica no mundo.
Por isso, suas decisões são observadas de perto.
O Brasil, por sua vez, já conta com uma matriz predominantemente renovável. Ainda assim, o avanço da energia solar distribuída e da energia eólica no Nordeste mostra que há muito espaço para crescer.
Isso significa que, mesmo em países com tradição em hidroeletricidade, as novas fontes ganham cada vez mais protagonismo.
Além do mais, diversos países da África, da América Latina e da Ásia enxergam nas renováveis não apenas uma solução ambiental, mas também uma forma de desenvolvimento social e econômico.
A eletrificação de áreas remotas amplia o acesso à saúde, educação e comunicação.
Portanto, a transição energética é, ao mesmo tempo, uma necessidade ambiental e uma oportunidade global de inclusão e progresso.
Maior fonte de eletricidade do mundo até 2026: O futuro da energia elétrica
Em resumo, o mundo caminha para uma matriz energética mais limpa, flexível e sustentável. Se as tendências atuais continuarem, as renováveis se consolidarão como a maior fonte de eletricidade do mundo em 2026, superando de vez o carvão e os combustíveis fósseis.
Esse avanço não representa apenas uma mudança técnica. Na verdade, ele simboliza um novo modelo de desenvolvimento, mais compatível com os limites do planeta.
Dessa forma, a geração elétrica do futuro será não apenas mais eficiente, mas também mais justa e democrática.
Enfim, o ano de 2026 marcará um momento histórico. A energia limpa deixará de ser promessa e se tornará, de fato, a base do sistema elétrico mundial.
A partir desse marco, o planeta poderá avançar rumo a um modelo mais resiliente, econômico e ambientalmente responsável.