Interesse cresce com alta na conta de luz e preocupação ambiental
Usuários pesquisaram a expressão “energia solar em casa” 25.700 vezes no Google entre julho de 2024 e julho de 2025, segundo levantamento da Aldo Solar.
A empresa é considerada a maior distribuidora do setor no Brasil. O crescimento ocorreu em paralelo à escalada nos preços da eletricidade no país.
Além disso, as discussões sobre sustentabilidade ampliaram a procura pela tecnologia. O termo “preço placa solar residencial” registrou expansão de 136,36% no último ano.
-
Espanha enfrenta preços recordes negativos de eletricidade devido à energia solar em excesso e revela novas tendências no setor energético europeu
-
Geração solar protege consumidor da conta de luz cara com bandeira vermelha, afirma Absolar
-
Energia solar abastecerá prédios públicos em Cotia
-
Prefeitura de Cotia implanta sistema de energia solar em prédios públicos gerando sustentabilidade e economia para a cidade
Esse movimento evidencia o forte apelo econômico e ambiental da energia solar, que cada vez mais atrai a atenção do consumidor brasileiro.
Energia solar já responde por 23,5% da matriz elétrica
O crescimento da procura por soluções fotovoltaicas acompanha o avanço consolidado no setor e transforma de forma estruturada a matriz energética nacional.
Conforme a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a fonte solar atingiu em 2025 a marca de 60 gigawatts (GW) de potência instalada operacional.
Esse resultado representa 23,5% da matriz elétrica nacional, ocupando o segundo lugar, atrás apenas das hidrelétricas, que continuam sendo a principal fonte de eletricidade.
Portanto, a expansão reflete uma transformação energética acelerada, que amplia a participação de fontes renováveis e sustentáveis em toda a matriz brasileira.
Vantagens da energia solar residencial em destaque
Especialistas apontam a energia solar como uma alternativa de baixo impacto ambiental, pois ela gera eletricidade de forma silenciosa e sem poluição.
Diferentemente da hídrica e da eólica, a fonte solar não sofre diretamente com variações climáticas bruscas, garantindo previsibilidade e estabilidade na produção de energia.
A tecnologia permite instalar o sistema em telhados, fachadas, solo e até em superfícies aquáticas, aproveitando a luz solar em diversos ambientes.
Entre os benefícios financeiros, destacam-se reduções de até 90% na conta de luz e um payback médio de 3 a 5 anos.
Conforme a Absolar, os imóveis com sistemas fotovoltaicos valorizam entre 4% e 6%. Essa valorização fortalece ainda mais o mercado imobiliário ligado à energia renovável.
Outro ponto é a possibilidade de compensar o excedente de energia. O sistema envia o excesso à distribuidora e gera créditos que o consumidor pode usar nos meses seguintes.
Além disso, os sistemas têm vida útil média de 25 anos, com baixa necessidade de manutenção, o que garante retorno econômico no longo prazo.
Geração de empregos movimenta o setor em 2025
A expansão do setor também impactou o mercado de trabalho e gerou oportunidades em diferentes áreas. Nos últimos 12 meses, foram abertas 500 mil vagas.
Somente em 2025, quase 200 mil postos surgiram em empresas ligadas à micro e minigeração distribuída, além das grandes usinas solares em operação no Brasil.
O crescimento da área elevou a procura por integradores, engenheiros, eletricistas e empresas especializadas em projetos fotovoltaicos em diferentes regiões do país.
Consequentemente, a capacitação em vendas e regulamentação tornou-se fundamental para transformar o interesse do consumidor em contratos efetivos dentro do setor solar.
Futuro promissor até 2050
Segundo o relatório “Futuro da Energia: Visão do Observatório do Clima para uma Transição Justa”, o Brasil poderá reduzir em 80% as emissões de CO₂ equivalente até 2050.
Esse cenário será alcançado sem depender de tecnologias de captura de carbono ou da expansão da produção de combustíveis fósseis em território nacional.
Portanto, a energia solar surge como elemento estratégico para aliviar a conta de luz e consolidar a transição energética brasileira nos próximos anos.
Afinal, trata-se de uma fonte limpa, renovável e competitiva, que une economia, sustentabilidade e inclusão elétrica em regiões ainda sem rede de distribuição.