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Empresa offshore brasileira fecha acordo com estaleiro e vai trazer 3 sondas para o Brasil

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 22/06/2018 às 18:11

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offshore brasileira pretodim

Com o objetivo de pegar contratos em águas rasas da Bacia de Campos Santos, a Petrodin Offshore promete chegar com força nos próximos meses

A brasileira Petrodin Offshore fechou no último dia 22 de maio um memorando de entendimento com o estaleiro Shangai Shipyard que prevê a compra ou leasing de três sondas ancoradas. A empresa pretende disputar contratos no Brasil, Oeste da África e futuramente na Argentina para viabilizar a operação. Cada um dos equipamentos – as sondas Tiger 2, 3 e 4 – está avaliado em US$ 200 milhões e deve ficar pronto em 2019. As sondas são equipadas com um banco de baterias que supre a demanda por energia nos momentos de pico das operações. O sistema permite que elas trabalhem com um número menor de motogeradores, proporcionando uma economia de 30% no consumo de óleo diesel e redução proporcional em emissão de poluentes. O custo operacional é 1/3 menor do que uma similar somente com motogeradores a diesel.

As unidades são voltadas para projetos de águas rasas, entre 130 m e 400 m. O diretor executivo da Petrodin, Mats Rosengren, acredita que esse é um mercado muito promissor. A empresa está concluindo um estudo, no qual já pôde identificar que a maior parte das sondas voltadas para essa profundidades foram construídas nos anos 1970/1980, muitas delas já em processo de cold stack.

Sondas mais novas voltadas para essa faixa de profundidade são híbridas – podendo trabalhar ancoradas ou com posicionamento dinâmico. De uma forma geral, foram construídas para trabalhar no Mar do Norte, onde as condições são bastante adversas, podendo custar até três vezes mais.

As unidades podem trabalhar em profundidades de até 1.500 m, mas nesse caso competem com sondas de posicionamento dinâmico. Na faixa entre 130 m e 400 m, a empresa avalia haver poucas unidades disponíveis no mundo.

No Brasil, a armadora identifica oportunidades nas regiões Norte e Nordeste e em projetos de águas rasas na Bacia de Santos e Campos seis meses por ano. O foco são projetos adjudicados às petroleiras nos últimos dez anos e que ainda têm compromissos de perfuração vigentes. Outras possibilidades são trabalhos relacionados a abandono de poços.

No exterior, a empresa negocia o afretamento de uma unidade com um cliente na Nigéria de nome não revelado. Na Argentina, o foco está nos projetos de perfuração nos próximos anos a partir de áreas que serão leiloadas no fim deste ano.

As sondas de classe ABS são equipadas com cinco motogeradores a diesel, com 2.580 kWe cada, sistema de lama de perfuração de alta pressão de 7.500 psi, BOP de 15 mil PSI e capacidade de carga variável de 12 mil t.

Rosengren diz que apesar de o Brasil estar focando a expansão de sua área exploratória em projetos de águas profundas, ainda há bastante espaço para a exploração em águas rasas. Ele cita um número no qual 64% do petróleo mundial está em áreas nessa faixa de profundidade.

Outra aposta é na preocupação crescente das operadoras com a redução das emissões. O executivo cita a Equinor, que tem dado ênfase ao tema em seus projetos. “A área de perfuração ainda é bastante conservadora, mas diante dessas novas demandas, é inevitável que as donas de navios levem em consideração inovações como essa. Nós queremos estar nisso”, afirmou. Fonte: Brasil Energia

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Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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