No novo quadro “Plano Perfeito”, o açougueiro-influencer Netão revela que pretende reabrir e escalar seus cursos online (churrasco e hambúrguer) e mira um faturamento anual de R$ 50 milhões; especialistas sugerem foco em hamburgueria, franquias e cashback para integrar conteúdo, produto e varejo.
O universo do churrasco ganhou contornos de plano de negócios bilionário.
No episódio de estreia do “Plano Perfeito”, quadro que reúne Thiago Nigro, Bruno Perini, Érico Rocha e Leandro Ladeira, o convidado Netão, açougueiro, youtuber e franqueador, contou que já faturou cerca de R$ 1 milhão ao disponibilizar um workshop de churrasco no passado, sem lançamento profissional, e agora quer voltar ao digital mirando R$ 50 milhões por ano.
A ambição nasce de uma base já comprovada: vídeos com alto alcance, público que pede mentoria, cursos prontos (churrasco e hambúrguer) e um ecossistema físico com açougues, hamburguerias e franquias. O dilema é o tempo: para tirar horas do presencial e dos patrocínios, o digital precisa “valer muito a pena”.
-
Com R$ 1,6 bilhão na mesa, Honda terá no Brasil uma de suas maiores fábricas no mundo, capaz de produzir 1,6 milhão de motos por ano com tecnologia de ponta
-
Adeus Toyota Corolla sedã e Corolla Cross no Brasil? Montadora japonesa suspende vendas de carros amados pelos brasileiros e explica o motivo
-
Lula ativa novo imposto que pode arrecadar R$ 3,4 bilhões em 2026 com regra rejeitada por Trump nos EUA
-
Seu familiar idoso tem direito a medicamentos, transporte e isenção de impostos? Descubra os 7 principais benefícios legais previstos no Estatuto do Idoso
A bancada sugeriu atacar onde há maior tração e ticket: hamburgueria. Segundo o time, “hambúrguer” é uma busca gigantesca nos apps de delivery e o negócio tem royalties e LTV mais previsíveis que o açougue tradicional.
A proposta: relançar o curso de hambúrguer em perpétuo (venda diária) com duas a três janelas de lançamento no ano, e acoplar uma oferta-âncora de cashback/vale-compra para consumir nas próprias franquias.
Exemplo trabalhado no episódio: curso por R$ 497 com crédito equivalente (ou percentual calibrado) para gastar em hambúrguer nas lojas.
Na prática, o conteúdo educa, o bônus leva fluxo para o balcão, fideliza e sustenta a expansão.
Netão deixou claro um limite: não transformar o Instagram em vitrine de “infoproduto”.
A resposta do grupo foi tática: manter o conteúdo orgânico que já dá certo (memes, cortes e dicas), mas inserir CTAs pontuais e remarketing reforçando que “o curso sai de graça” por causa do crédito em compras.
A engrenagem se completa com anúncios (YouTube/Instagram), página de vendas direta e captação para lançamentos com “picos” de conversão, estratégia que, segundo Érico Rocha, concentra em poucos dias o faturamento de meses.
No médio prazo, a visão da bancada é mais ousada que o alvo de R$ 50 milhões: usar o curso como funil de franquias.
Se o aluno compra, fideliza e passa a consumir, e parte desse público deseja empreender, o alto ticket deixa de ser a mentoria e passa a ser a taxa de franquia.
O raciocínio: vender 100 franquias a R$ 120 mil de taxa, somar royalties sobre faturamento médio mensal citado por Netão (casa de R$ 400 mil por unidade) e, com execução disciplinada, inflar valuation do ecossistema.
O próprio empreendedor reconheceu que reduzir patrocínios e concentrar foco pode destravar a meta.
Ao final, o “Plano Perfeito” para “fazer dinheiro com churrasco” não se resume à grelha.
É conteúdo que educa, oferta que vira consumo, franquia que escala, e uma régua de execução com foco, calendário e métricas.
Se Netão ajustar a mira (hambúrguer como porta de entrada, churrasco como “evento” anual premium, cashback inteligente e vitrine de franquias), o objetivo de R$ 50 milhões deixa de ser bravata e vira tese de crescimento com cheiro de carvão… e de caixa.