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Embrapa realiza o maior raio-x de solos do Brasil com 3.500 amostras e 3.000 perfis no MS

Publicado em 15/10/2025 às 19:22
O estudo da Embrapa apresenta o maior raio‑x de solos do Brasil em Mato Grosso do Sul, com mapeamento de mais de 3.500 amostras. Entenda os impactos para produtores, meio ambiente e planejamento agrícola.
O estudo da Embrapa apresenta o maior raio‑x de solos do Brasil em Mato Grosso do Sul, com mapeamento de mais de 3.500 amostras. Entenda os impactos para produtores, meio ambiente e planejamento agrícola.
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O estudo da Embrapa apresenta o maior raio‑x de solos do Brasil em Mato Grosso do Sul, com mapeamento de mais de 3.500 amostras. Entenda os impactos para produtores, meio ambiente e planejamento agrícola.

Mato Grosso do Sul acaba de ganhar o maior raio‑x de solos já realizado no Brasil, com diagnóstico detalhado conduzido pela Embrapa em parceria com o governo estadual. A apresentação ocorreu no dia 9 de outubro de 2025 em Campo Grande, no auditório da Famasul.

O estudo foi elaborado pela Embrapa Solos (RJ) com a SEMADESC e envolveu análise de mais de 3.500 pontos de amostragem e 3.000 perfis de solo em todo o estado.

O trabalho tem como objetivo mapear aptidões agrícolas, vulnerabilidades ambientais e suportar decisões para uso sustentável da terra.

O que é esse “raio‑x de solos” e por que é importante

Esse diagnóstico é, na prática, um zoneamento agroecológico que integra dados físicos, químicos e biológicos do solo.

É chamado de “maior raio‑x de solos do Brasil” pela amplitude do levantamento no estado.

Com ele, se melhora o entendimento da aptidão da terra, das regiões com riscos de erosão ou degradação, e das zonas mais propícias para culturas específicas.

Como foi realizado o estudo da Embrapa e sua amplitude

O levantamento foi dividido em três fases, passando por 11, 22 e 46 municípios em etapas sucessivas.

A planície pantaneira foi excluída por se tratar de área de preservação ambiental.

Foram abertas análises de perfil de solo, testes de infiltração de água e coleta em milhares de pontos.

As amostras foram analisadas em laboratórios da Embrapa Solos (RJ) e da Esalq/USP.

Resultados principais do maior raio‑x de solos no MS

O estado possui aproximadamente 234 mil km² aptos para uso agropecuário, cerca de 65% da área total estadual.

Nas áreas mapeadas, identificaram-se zonas agroecológicas, restrições ambientais, disponibilidade hídrica e aptidão para culturas diversas.

Foram mapeadas culturas como soja, milho, trigo, arroz, cana, grãos e forrageiras.

O estudo também identificou fragilidades ambientais, como suscetibilidade à erosão ou degradação.

Quem participou e qual o papel da Embrapa

O diagnóstico foi resultado de cooperação entre SEMADESC (Secretaria de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do MS) e Embrapa Solos (RJ).

Durante o evento, estiveram presentes autoridades estaduais, representantes da agricultura, técnicos, pesquisadores e produtores.

Foto: Mairinco de Pauda/Semadesc

A chefe de pesquisa da Embrapa Solos, Cláudia Pozzi Jantalia, destacou que o estado agora dispõe do maior volume de dados de solo do Brasil.

Segundo ela:

“Este estudo… resultou em Mato Grosso do Sul como o estado com o maior volume de dados sobre solos do Brasil.”

Impactos esperados para produtores e planejamento

Segurança para investimentos agrícolas

Produtores poderão consultar mapas de aptidão do solo antes de escolher áreas para expansão.

Conservação ambiental e manejo sustentável

Com a identificação de zonas com risco de degradação, será possível antecipar ações de preservação.

Apoio à assistência técnica

A Embrapa reforça que é fundamental capacitar técnicos para repassar o conhecimento aos produtores.

A chefe de pesquisa afirma que os técnicos devem compreender os processos de formação do solo.

Disponibilidade dos dados e acesso público

O zoneamento completo será disponibilizado no portal PronaSolos, programa da Embrapa Solos.

Também será acessível por meio da plataforma “MS em Mapas” e aplicativo com acesso off‑line.

Esses recursos permitirão que técnicos e produtores acessem mapas mesmo sem conexão constante.

Desafios e limitações do estudo da Embrapa

A vastidão territorial de Mato Grosso do Sul implica grande diversidade de solos, o que exige atualização contínua dos dados.

A exclusão da planície pantaneira limita a abrangência para algumas partes do ecossistema estadual.

Além disso, interpretar corretamente os mapas exige conhecimento técnico e cuidado para aplicação no campo.

Com o estudo que representa o maior raio‑x de solos do Brasil, o Mato Grosso do Sul dá um passo decisivo rumo ao uso mais racional e sustentável do solo.

A Embrapa, ao lado do governo estadual, construiu uma base de dados robusta, que deverá servir de referência para planejamento agrícola, conservação ambiental e segurança nos investimentos rurais.

Fonte

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Andriely Medeiros de Araújo

Ensino superior em andamento. Escreve sobre Petróleo, Gás, Energia e temas relacionados para o CPG — Click Petróleo e Gás.

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