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Em entrevista, ex-ministro da Economia diz que Brasil está 30 anos atrasado: Estado disfuncional, gasto perto de 40% do PIB e reformas sem ideologia

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 31/08/2025 às 17:19
Para Paulo Guedes, o problema central não é ideologia: é um Estado “disfuncional”, que gasta muito e gasta mal, concentra poder em Brasília e trava as reformas.
Para Paulo Guedes, o problema central não é ideologia: é um Estado “disfuncional”, que gasta muito e gasta mal, concentra poder em Brasília e trava as reformas.
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Economista defende reformas sem ideologia, critica concentração de poder em Brasília e aponta desperdícios em funcionalismo e dívida pública

Em entrevista recente, o ex-ministro da Economia Paulo Guedes afirmou que o Brasil está 30 anos atrasado em relação a reformas estruturais. Para ele, o problema não é de ideologia, mas de um Estado disfuncional que consome recursos próximos a 40% do Produto Interno Bruto (PIB) e oferece pouco em retorno social.

Segundo Guedes, o governo brasileiro “gasta muito e gasta mal”, mantendo privilégios e desperdícios enquanto falha em garantir serviços básicos como saúde, educação, segurança e saneamento. Ele resume o dilema em uma frase: o país precisa de “mais Brasil e menos Brasília”.

O que Guedes chama de Estado disfuncional

Na avaliação do ex-ministro, o Estado brasileiro se tornou grande para sustentar sua própria máquina e pequeno para atender às necessidades da população. Ele aponta que as principais despesas se concentram em juros da dívida pública, salários do funcionalismo e aposentadorias de servidores, deixando pouco espaço para investimentos em áreas sociais essenciais.

Guedes afirma que essa distorção levou a décadas de juros altos, endividamento e baixo crescimento econômico. Para ele, a abertura política que ocorreu nas últimas décadas não foi acompanhada por uma abertura econômica equivalente, o que manteve o país preso a um modelo ineficiente.

Reformas sem ideologia como saída

O economista defende a necessidade de reformas pragmáticas, sem viés ideológico. Entre as propostas, ele cita a descentralização de recursos, a desestatização de áreas ineficientes e a reorientação do gasto público para setores estratégicos.

Para Guedes, investir em capital humano é a verdadeira forma de inclusão social. Ele destaca que empregos e concorrência são mecanismos mais eficazes de distribuição de renda do que políticas de subsídios generalizados. A crítica se estende ao que chama de “paraíso dos rentistas” e “inferno dos empreendedores”, em referência a um sistema que favorece quem vive de juros em detrimento de quem produz.

Histórico de escolhas ruins e comparação com o passado

Na entrevista, Guedes relembrou episódios como a hiperinflação dos anos 1980, a moratória da dívida e casos de corrupção em estatais como Petrobras e Correios. Segundo ele, esses exemplos mostram como más decisões políticas e econômicas deterioraram a confiança no país.

Ele lembra ainda que, no passado, o Brasil já foi capaz de crescer 7,4% ao ano durante 75 anos seguidos, mas perdeu essa trajetória por insistir em modelos que elevaram a carga tributária e desincentivaram a competitividade.

A crítica à carga tributária elevada

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Um dos pontos mais reforçados por Guedes é a crítica ao nível de impostos próximo a 40% do PIB. Para ele, esse peso financeiro sustenta um Estado centralizador que pouco devolve em serviços públicos de qualidade. Em sua visão, reduzir impostos e simplificar regras seriam passos fundamentais para liberar investimento privado e destravar o crescimento.

A proposta central é transformar o Brasil em um “jogo cooperativo”, no qual governo, empresas e sociedade se beneficiem mutuamente de políticas que reduzam custos, aumentem a produtividade e atraiam investimentos.

E você, concorda com a visão do ex-ministro da Economia Paulo Guedes de que o Brasil está 30 anos atrasado? Acha que as reformas sem ideologia são o caminho ou vê outros obstáculos prioritários? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem acompanha esse debate de perto.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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