Com alta de preços da energia solar, a Eletrobras amplia atuação no mercado livre e investe em novas estratégias para se fortalecer no setor!
Após três anos de preços historicamente baixos, o mercado de energia no Brasil está passando por uma virada surpreendente. A Eletrobras, uma das gigantes do setor elétrico, já percebe essa nova tendência e se movimenta para aproveitar ao máximo as oportunidades que surgem com a valorização da energia.
Mudança no cenário: da estabilidade à volatilidade
Entre 2022 e meados de 2024, os preços da energia estavam em patamares mínimos, variando entre R$ 60 e R$ 70 por megawatt-hora (MWh).
No entanto, ao longo de 2025, o setor assistiu a uma reviravolta expressiva, com os valores chegando a impressionantes R$ 330/MWh em determinados momentos.
-
Era o futuro da energia solar há dez anos — hoje é um fracasso bilionário no deserto, superado e visto mais como atração visual
-
CEB planeja primeiro parque solar de Bariloche para apostar em energia limpa
-
Energia solar acelera em SP com crescimento de quase 40% na geração
-
Energia do céu já abastece regiões isoladas com pipas de 60 m² e baterias de até 336 kWh
Essa mudança pegou muita gente de surpresa, inclusive dentro do próprio mercado. “Houve uma falsa sensação de que o sistema estava equilibrado. Durante mais de dois anos, os preços ficaram no piso, e muitos acreditaram que isso duraria para sempre”, comentou Eduardo Haiama, diretor financeiro da Eletrobras.
Os contratos para fornecimento de energia em 2026, que no início de 2024 eram negociados a R$ 155/MWh, já ultrapassam os R$ 200/MWh, refletindo o crescimento da demanda, mudanças na oferta e a maior volatilidade do setor.
Eletrobras se posiciona para o crescimento
Com essa alta, a Eletrobras vê uma oportunidade única para expandir seus negócios. A empresa ainda tem um volume expressivo de energia disponível para negociação no mercado livre.
Para 2025, entre 2% e 18% de sua capacidade de geração segue descontratada. Em 2026, esse número sobe para 20% a 32%, e, em 2027, pode chegar a 46%.
O Itaú BBA destacou essa movimentação em relatório recente, apontando que “com a alta nos preços de energia, a Eletrobras pode ter acelerado suas vendas durante o primeiro trimestre de 2025”.
Para reforçar sua atuação, a companhia estruturou uma equipe de comercialização em São Paulo, um dos principais polos do mercado livre de energia no Brasil.
A estratégia já rendeu frutos: o número de clientes saltou para 660 contratos, um crescimento de 65% em relação ao final de 2023.
O futuro da energia e a expansão das fontes renováveis
A valorização da energia não acontece por acaso. A transição energética global, a necessidade de mais flexibilidade no fornecimento e o aumento da demanda por fontes renováveis, como a energia solar, são fatores que impactam diretamente o setor.
O mercado livre de energia está em plena expansão, abrindo caminho para empresas como a Eletrobras ampliarem seus horizontes e diversificarem seus negócios.
O crescimento da comercialização de energia solar no Brasil reforça essa tendência, permitindo maior competitividade e inovação no setor elétrico.
Embora a Eletrobras ainda não tenha divulgado previsões exatas para os próximos meses, analistas indicam que a empresa pode estar entrando em um ciclo de forte rentabilidade.
Com uma estratégia mais agressiva e um olhar atento às novas oportunidades do mercado, a companhia se posiciona como um dos principais players do setor energético nacional, pronta para crescer e se consolidar como referência no mercado de energia no Brasil.