Carros automáticos que dão dor de cabeça devido ao câmbio problemático; Veja os principais problemas do i-Motion, Dualogic, Easytronic, PowerShift e AL4

Descubra quais são os carros automáticos que você deve evitar no Brasil. Veja os problemas do i-Motion, Dualogic, Easytronic, PowerShift e AL4 e saiba como escolher melhor.

Ter um carro automático é o desejo de muitos brasileiros que buscam mais conforto no dia a dia. Afinal, dirigir sem precisar trocar marchas manualmente é sinônimo de praticidade, especialmente em grandes cidades com trânsito intenso. No entanto, nem todos os modelos entregaram a confiabilidade esperada.

Alguns ficaram marcados por falhas mecânicas, custos de manutenção elevados e experiências frustrantes para os motoristas.

De acordo com um levantamento do Auto+, há cinco carros automáticos que você deve evitar no Brasil.

Eles se destacam negativamente por apresentarem câmbios problemáticos, que vão desde trancos nas trocas até defeitos graves que exigem reparos caros.

Carros automáticos que dão dor de cabeça por causa do câmbio

1. Volkswagen i-Motion: promessa que virou dor de cabeça

O sistema i-Motion foi introduzido pela Volkswagen em modelos populares como Gol, Voyage, Fox e Polo.

A ideia era oferecer uma versão mais acessível de carro automático, mas a execução deixou a desejar.

Motoristas relatam trancos frequentes durante as trocas de marcha, lentidão em arrancadas e dificuldade em manobras simples.

Além disso, falhas no atuador da embreagem se tornaram comuns, gerando altos custos de manutenção.

Por isso, esse câmbio está entre os que os especialistas recomendam evitar em veículos usados.

2. Fiat Dualogic / GSR: mudanças bruscas e falhas de sensor

O Dualogic, que mais tarde foi rebatizado de GSR, equipou modelos como Palio, Punto, Argo, Mobi e até a Strada.

Assim como o i-Motion, esse câmbio era automatizado de embreagem simples e logo ganhou má reputação.

Os problemas mais comuns eram as trocas bruscas e a demora na resposta, prejudicando o conforto da condução.

Para piorar, em alguns casos, falhas no sensor de seleção colocavam o carro em ponto morto sem aviso, representando um risco para motoristas e passageiros.

Assim, os especialistas reforçam que este é mais um sistema que vale a pena evitar ao procurar um carro automático.

3. Chevrolet Easytronic: quando a economia sai cara

O Easytronic, presente em modelos como Agile e Meriva, também decepcionou os motoristas.

Esse câmbio apresentava trancos em baixa velocidade, trepidações e até travamentos repentinos.

Vários proprietários relatam que gastaram mais de R$ 5 mil em reparos, e alguns optaram até por converter o carro para câmbio manual.

Em outras palavras, o barato acabou saindo caro, consolidando esse modelo entre os carros automáticos que os consumidores devem evitar.

4. Ford PowerShift: do hype à frustração

O PowerShift foi lançado com grande expectativa em modelos como Fiesta, EcoSport e Focus.

Tratava-se de um câmbio de dupla embreagem, tecnologia que prometia trocas rápidas e eficiência. Porém, na prática, o sistema revelou sérias falhas.

Os problemas relatados incluem superaquecimento, trepidações, ruídos e até travamentos completos da transmissão.

A decepção foi tamanha que a Ford enfrentou ações judiciais e uma crise de imagem no Brasil.

Para quem busca tranquilidade, esse é um exemplo clássico de carro automático que se deve evitar.

5. Câmbio AL4 da PSA: limitações de tecnologia ultrapassada

O câmbio AL4, usado por anos em modelos Peugeot e Citroën, como 206, 307, C3, C4 e 407, tinha apenas quatro marchas e já nasceu limitado.

Mas o maior problema foi a durabilidade: falhas no módulo eletrônico, patinações e consumo elevado de combustível eram comuns.

Com isso, o AL4 se consolidou como um dos câmbios mais problemáticos do mercado, sendo recomendado evitar sua aquisição em veículos usados.

Por que evitar esses carros automáticos?

A principal vantagem de um carro automático deve ser a confiabilidade e o conforto ao dirigir.

No entanto, quando a transmissão apresenta falhas recorrentes, o motorista acaba enfrentando gastos altos e até riscos de segurança.

Portanto, evitar esses modelos é uma forma de garantir mais tranquilidade no uso diário e de preservar o bolso.

Afinal, existem opções no mercado que oferecem tecnologia mais avançada e robusta, sem o histórico negativo desses câmbios.

Dicas para escolher um carro automático confiável

Antes de comprar um veículo usado, é importante:

• Pesquisar sobre o histórico de confiabilidade do câmbio.
  
• Conversar com outros proprietários e verificar relatos em fóruns.
  
• Solicitar um laudo de vistoria completo antes da compra.
  
• Optar por transmissões automáticas tradicionais ou CVTs, que costumam ter manutenção mais previsível.

Assim, você poderá aproveitar todos os benefícios de um carro automático sem cair em armadilhas que poderiam ser evitadas.

Como escolher um carro usado automático com câmbio i-Motion, Dualogic, Easytronic, PowerShift ou AL4 sem dor de cabeça?

Comprar um carro usado já exige cuidado redobrado. Quando o assunto envolve câmbios automáticos ou automatizados — como i-Motion, Dualogic, Easytronic, PowerShift e AL4 — a atenção deve ser ainda maior.

Esses sistemas oferecem mais conforto ao dirigir, mas são conhecidos por apresentar falhas se não receberam manutenção adequada.

Por isso, é essencial observar alguns pontos antes de fechar negócio, garantindo que a compra seja vantajosa e não um pesadelo no futuro.

Verifique o histórico de manutenção

O primeiro passo para evitar dores de cabeça é exigir o histórico de revisões.

Trocas de óleo do câmbio (quando previstas), substituição de embreagem, reparos em módulos ou atualizações de software devem estar documentados.

Muitos problemas surgem justamente porque os donos anteriores ignoram essas manutenções preventivas.

Teste o carro com calma

Durante o test-drive, fique atento a sinais de alerta:

• Trancos excessivos nas trocas de marcha;
• Dificuldade para engatar ré ou primeira marcha;
• Ruídos metálicos ou chiados;
• Patinação da embreagem em subidas (no caso dos automatizados);
• Luz de advertência do câmbio no painel.

Se qualquer sintoma aparecer, peça avaliação de um mecânico especializado ou desista da compra.

Leve a um especialista

Antes de fechar negócio, vale a pena pagar uma vistoria detalhada em oficina especializada no câmbio específico.

Muitas empresas já oferecem diagnósticos eletrônicos que verificam falhas armazenadas no módulo do câmbio.

O valor da vistoria é pequeno comparado ao custo de uma futura retífica.

Pesquise preço de peças e reparos

Os custos médios de reparo variam bastante de acordo com o tipo de câmbio.

No caso do i-Motion da Volkswagen, o reparo pode custar entre R$ 4.000 e R$ 5.000, segundo o site Quatro Rodas.

Já o Dualogic/GSR da Fiat gira em torno de R$ 3.500, conforme informações da Quatro Rodas e também da oficina MaxTurbos.

O Easytronic da GM costuma sair por cerca de R$ 3.000.

Nos câmbios automatizados em geral, o atuador da embreagem é um dos componentes que mais incomodam: sozinho, pode variar de R$ 1.000 a R$ 1.500, enquanto uma peça equivalente em um câmbio manual não passa de R$ 500, segundo informações do site Quatro Rodas.

O PowerShift da Ford merece atenção especial. O kit de embreagens custa cerca de R$ 4.800 na rede autorizada, segundo a Quatro Rodas.

Quando o problema exige reparo completo, o valor pode chegar a R$ 10.000 a R$ 16.000, dependendo da extensão do dano, conforme a própria Quatro Rodas e a oficina HT Automáticos.

Além disso, especialistas como o site Doutor Multas alertam que, em casos mais sérios, os custos podem ultrapassar os R$ 15.000.

Esses valores deixam claro que é fundamental avaliar bem o veículo antes da compra: muitas vezes, uma aparente oportunidade pode se transformar em um enorme prejuízo.

Prefira modelos revisados em concessionárias ou oficinas renomadas

Carros com manutenção em concessionárias ou mecânicas reconhecidas têm maior chance de estarem em boas condições. Exija notas fiscais de serviços realizados, especialmente em relação ao câmbio.

Onde procurar carros automáticos em sites online e de confiança?

Ao buscar seu carro usado, utilize sites com boa reputação e filtros avançados:

Webmotors – referência nacional, com anúncios de particulares e concessionárias.

iCarros – traz boa curadoria e opções de financiamento.

OLX Autos – plataforma da OLX voltada a veículos, com negociações mais seguras.

Kavak – especializada em carros seminovos revisados, com garantia.

Esses sites permitem comparar preços, histórico e procedência, evitando armadilhas de anúncios falsos.

Comprar um carro usado com câmbio automático ou automatizado exige atenção redobrada.

Avaliar o histórico de manutenção, testar o carro em diferentes situações e contar com a ajuda de especialistas são medidas essenciais para garantir um bom negócio.

Lembre-se: muitas vezes, pagar um pouco mais caro por um veículo bem cuidado é muito mais econômico do que arriscar em uma “pechincha” que pode virar dor de cabeça.