O caso do diamante de 26,27 quilates comprado por 10 libras em uma feira de Londres revela como uma joia do século XIX, usada por três décadas como fantasia, acabou leiloada por 656.750 libras na Sotheby’s, surpreendendo especialistas e mostrando que tesouros podem surgir nos lugares mais inesperados
Uma mulher britânica usou durante 30 anos um anel de 10 libras comprado em uma feira de Londres sem imaginar que a peça guardava um segredo milionário. O que parecia uma bijuteria simples era, na verdade, um diamante branco de 26,27 quilates lapidado no século XIX, avaliado em centenas de milhares de libras.
A história veio à tona quando, após décadas de uso diário, um joalheiro percebeu algo incomum e sugeriu que a dona fizesse uma avaliação profissional. O resultado revelou que o anel, comprado por cerca de R$ 42 na época, era uma joia autêntica de valor histórico — e seu brilho “discreto” enganou até especialistas por causa do corte antigo da pedra.
O achado em uma feira e o erro que durou três décadas
A mulher, que preferiu manter o anonimato, encontrou o anel em um mercado de pulgas londrino nos anos 1980.
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O preço baixo e o brilho modesto fizeram parecer um acessório comum. Durante anos, ela o usou em tarefas cotidianas, sem imaginar que carregava um diamante raro.
O corte antigo, típico do século XIX, refletia menos luz do que as lapidações modernas, o que explicava por que a joia parecia simples.
Essa aparência “antiquada” a manteve anônima por três décadas, até que o olhar treinado de um joalheiro mudou tudo.
A descoberta e a confirmação do valor do diamante
O profissional sugeriu que o anel fosse avaliado, e a dona levou a peça à Sotheby’s, uma das mais tradicionais casas de leilão do mundo.
Após análise detalhada, especialistas confirmaram que se tratava de um diamante genuíno, branco e pesado, com 26,27 quilates.
Jessica Wyndham, chefe do departamento de joias da Sotheby’s, explicou que a lapidação antiga “enganou” todos.
Segundo ela, o anel “foi comprado como uma joia falsa, e ninguém imaginava o valor real”. O caso chamou atenção internacional e viralizou como um exemplo de descoberta acidental de fortuna.
O leilão e o retorno milionário
Em junho de 2017, o anel foi colocado em leilão pela Sotheby’s, em Londres, com estimativa inicial de 350 mil libras (cerca de R$ 1,4 milhão na época).
O resultado superou as expectativas: foi arrematado por 656.750 libras, o equivalente a quase R$ 2,8 milhões.
O retorno impressionante significa uma valorização de mais de 6,5 milhões por cento sobre o valor pago originalmente.
A joia, que valia menos que uma refeição, tornou-se um item de coleção e símbolo de sorte e de atenção aos detalhes.
Quanto o diamante vale em perspectiva
Para contextualizar, o valor obtido poderia comprar três casas médias na Inglaterra ou quatro carros de luxo como um Porsche Turbo S.
Em termos de investimento, o ganho é comparável aos casos mais emblemáticos de achados acidentais, como o ovo Fabergé comprado por £ 8.000 e revendido por US$ 33 milhões.
Casos como esse reforçam a importância da avaliação profissional de joias antigas.
Muitas peças antigas podem conter pedras autênticas que perderam brilho pela lapidação antiga, mas que mantêm altíssimo valor histórico e comercial.
Mistérios que cercam a história
Até hoje, a identidade da mulher e do comprador permanecem em sigilo, prática comum em leilões de alto valor.
Também não se sabe o destino da fortuna arrecadada. Há poucas informações sobre a origem histórica do diamante ou como ele foi parar em uma feira de rua, mas especialistas acreditam que tenha pertencido a uma coleção aristocrática do século XIX.
O anel ilustra a imprevisibilidade do mercado de antiguidades, onde objetos aparentemente comuns podem carregar valores milionários escondidos pela aparência.
Em alguns casos, a história e a autenticidade contam tanto quanto o peso das pedras.
O que o caso ensina sobre valor e percepção
O episódio serve de lembrete de que o valor real nem sempre é visível à primeira vista. Joias com lapidação antiga ou peças de aparência desgastada podem esconder tesouros legítimos.
Avaliar, pesquisar e conservar objetos antigos é um ato de curiosidade e de oportunidade.
A história do diamante de 10 libras virou símbolo de acaso, paciência e sorte. Em tempos de consumo rápido e descartável, é também um lembrete sobre o valor do olhar atento e do tempo, dois fatores que transformaram um simples anel em um patrimônio milionário.
O anel de 10 libras que se revelou um diamante de 26 quilates mostra como pequenas descobertas podem mudar vidas e desafiar a percepção de valor.
E você, acredita que ainda existem tesouros escondidos em feiras e brechós? Já encontrou algo de valor inesperado? Compartilhe sua opinião e sua história nos comentários — queremos ouvir quem viveu algo parecido.