Efeito Trump: membros fundadores do Brics buscam novas alianças globais. A Tailândia mira o Brasil com rodada de negócios e a África do Sul intensifica laços com a Índia para driblar tarifas impostas pelos Estados Unidos.
O impacto da política comercial dos Estados Unidos começa a reorganizar rotas de comércio em escala global. Os membros fundadores do Brics, atingidos por tarifas impostas por Donald Trump, buscam novos parceiros estratégicos para reduzir a dependência do mercado norte-americano e explorar alternativas emergentes.
No Brasil, a Tailândia traz uma comitiva de 40 empresas exportadoras para um evento em São Paulo, apostando em setores como alimentos, bebidas e autopeças. Já a África do Sul fortalece sua aproximação com a Índia, em um movimento que sinaliza a crescente relevância do comércio Sul-Sul diante das tensões internacionais.
Quem participa desse realinhamento comercial
A rodada de negócios organizada pela Tailândia em São Paulo contará com 40 empresas exportadoras, abrangendo segmentos de alto potencial de consumo no Brasil. O evento, marcado para o dia 28 de agosto, no Hotel Tivoli Mofarrej, tem como objetivo criar pontes diretas entre fornecedores tailandeses e importadores brasileiros.
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Enquanto isso, a África do Sul, também entre os membros fundadores do Brics, envia seu ministro do Comércio, Parks Tau, para Mumbai e Deli. Lá, o país participa do 20º Conclave Índia-África, reforçando laços com um parceiro que deve se tornar o segundo maior mercado consumidor global até 2030.
Quanto vale esse movimento no cenário global
As tarifas impostas por Trump são pesadas: 36% sobre exportações tailandesas aos EUA, depois reduzidas a 19%, 50% contra a Índia e 30% contra a África do Sul. Esses números explicam a necessidade urgente de reposicionar cadeias comerciais.
A Índia já representa o quarto maior mercado consumidor da África do Sul, e a previsão é de crescimento acelerado. O fortalecimento dessa parceria pode ampliar a presença sul-africana em setores como mineração, automotivo e farmacêutico, considerados estratégicos para ambos os países.
Onde ocorrem os novos acordos estratégicos
O epicentro das negociações está dividido entre São Paulo, no Brasil, e Mumbai e Deli, na Índia. Esses encontros não são apenas eventos pontuais: representam uma tentativa de mudar a geografia do comércio internacional, abrindo espaço para alianças que escapam do eixo tradicional EUA-Europa.
O Brasil, ao receber a rodada tailandesa, reforça sua posição como mercado de consumo atraente e diversificado. Já a Índia, ao estreitar laços com a África do Sul, consolida seu papel como pilar de crescimento dentro do Brics.
Por que os membros fundadores do Brics estão em foco
O grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul enfrenta um momento de reposicionamento global. As tarifas impostas por Trump atingem diretamente a Índia e a África do Sul, mas os reflexos chegam a todo o bloco. A busca por alternativas fortalece a lógica de cooperação Sul-Sul, uma das bandeiras históricas do Brics.
Esse reposicionamento não é apenas reativo, mas estratégico: ao diversificar mercados, os membros fundadores do Brics buscam reduzir vulnerabilidades externas e ganhar maior autonomia econômica.
Vale a pena apostar nessas novas parcerias?
Especialistas avaliam que esses movimentos podem gerar benefícios de longo prazo, ampliando a resiliência econômica e fortalecendo cadeias produtivas internas. No entanto, também há riscos: os custos de adaptação, a burocracia em novos mercados e as diferenças regulatórias podem dificultar resultados imediatos.
Ainda assim, a perspectiva é de que tanto a Tailândia quanto a África do Sul ganhem espaço em mercados que antes estavam fora do radar, sinalizando um novo ciclo de alianças comerciais globais.
Você acredita que os membros fundadores do Brics conseguirão transformar essas iniciativas em ganhos concretos? Ou o efeito Trump será apenas um obstáculo temporário? Deixe sua opinião nos comentários e participe do debate.