Estudo do INPE comprova que o Rio Amazonas, com 6.992 km, supera o Nilo e se torna o novo rio mais longo do mundo. A descoberta redefine os mapas e destaca o Brasil como potência ambiental global
Em meio à imensidão verde da floresta amazônica, um debate que atravessa séculos voltou a ganhar força: afinal, qual é o maior rio do planeta? Durante gerações, o título pertenceu ao Nilo, orgulho do Egito e ícone da civilização antiga.
Mas novas medições realizadas por cientistas brasileiros e peruanos colocaram o Rio Amazonas no topo dessa disputa, com base em tecnologia de ponta, imagens de satélite e cálculos geográficos precisos que mudaram a história dos mapas modernos.
Uma reviravolta científica vinda da Amazônia
Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em parceria com o Instituto Geográfico Militar do Peru, a Agência Nacional de Águas (ANA) e o IBGE, realizaram um estudo que redesenhou o traçado oficial do rio. O trabalho identificou nascentes mais distantes nos Andes peruanos que antes não eram contabilizadas como parte do curso principal do Amazonas.
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Segundo as novas medições, o rio possui 6.992,06 quilômetros de extensão, enquanto o Nilo, tradicionalmente considerado o mais longo, chega a 6.852,15 quilômetros.
“Com o uso de técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento, comprovamos que o sistema hidrográfico amazônico é mais extenso do que se imaginava”, explicou o pesquisador Paulo Roberto Martini, responsável pelo estudo no INPE.


O gigante das águas
Mesmo antes dessa confirmação, o Amazonas já reinava como o rio com o maior volume de água do planeta. Sua vazão média ultrapassa 200 mil metros cúbicos por segundo, o que equivale a dezenas de vezes o fluxo somado de todos os rios da Europa. Em períodos de cheia, pode atingir quase 500 quilômetros de largura, formando uma paisagem impressionante e transformando regiões inteiras da Amazônia em verdadeiros mares interiores.
Além de sua dimensão física, o rio também é um símbolo de equilíbrio ecológico. Sua bacia cobre cerca de 40% da América do Sul, distribuída por oito países, e representa aproximadamente 20% de toda a água doce que deságua nos oceanos do planeta. Não por acaso, a Unesco o classifica como uma das maiores maravilhas naturais do mundo, um título que reforça sua importância global para o clima e a biodiversidade.
A controvérsia internacional
Apesar do respaldo científico das medições brasileiras, o Guinness World Records ainda mantém o Rio Nilo como o mais extenso do planeta. Isso ocorre porque, para a comunidade internacional, a definição exata do ponto de nascente ainda é objeto de debate No caso do Amazonas, há pelo menos três afluentes candidatos a origem principal, localizados em diferentes regiões dos Andes peruanos.
A National Geographic Brasil reconhece que a metodologia do INPE é consistente e baseada em critérios técnicos modernos, mas ressalta que “a falta de consenso sobre o ponto de partida exato torna difícil uma decisão definitiva”.
Em contrapartida, cientistas brasileiros argumentam que a medição com base em dados geoespaciais de alta resolução oferece um resultado mais confiável do que estimativas históricas feitas a partir de expedições terrestres.


O orgulho de um país e a força de um bioma
Mais do que uma disputa de números, o resultado reforça a grandeza natural do Brasil. O Rio Amazonas é, acima de tudo, o coração de um ecossistema que influencia o clima do planeta, abriga milhares de espécies e sustenta comunidades inteiras ao longo de suas margens.
Seja o mais longo ou apenas o mais volumoso, o rio simboliza a potência ambiental da Amazônia e a capacidade científica do Brasil de revelar ao mundo novas formas de compreender a natureza.
Com base em evidências cada vez mais sólidas, o debate sobre qual é o maior rio do planeta parece estar se inclinando a favor da América do Sul. E, nesse caso, o Brasil — junto com o Peru — tem bons motivos para comemorar: o verdadeiro gigante das águas pode estar mesmo nascendo nos Andes e desaguando no Atlântico.



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