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Disputa intensa entre EUA e China ditam o ritmo da carne suína global — Brasil aproveita a brecha e se dá bem no mercado

Publicado em 17/08/2025 às 09:44
Carne Suína, Carne, Mercado, China, Brasil, EUA
Imagem ilustrativa: IA
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Mercado global de carne suína vive instabilidade com disputas comerciais, riscos sanitários e variação nos custos, impactando diretamente Brasil e exportadores

O mercado global de carne suína atravessa um momento de forte instabilidade. As negociações comerciais, somadas a riscos sanitários e variações nos custos de insumos, vêm moldando um cenário desafiador para produtores e exportadores.

O relatório trimestral do Rabobank, liderado por Chenjun Pan, destaca que os desdobramentos dessas negociações terão impacto direto em países como o Brasil.

Negociações em destaque

As disputas entre Estados Unidos e China continuam ditando os rumos do setor. A China reduziu as compras diretas de carne suína americana nos últimos anos porque fortaleceu sua produção doméstica.

Mesmo assim, mantém relevância como compradora de miúdos suínos dos EUA. O mais importante é que o resultado dessas tratativas pode alterar toda a dinâmica do comércio internacional.

Enquanto isso, o Brasil aproveita as brechas abertas. As exportações nacionais avançam rápido e conquistam espaço em novos mercados.

A União Europeia também deve registrar crescimento moderado em 2025, o que aumenta ainda mais a concorrência global.

Exportações brasileiras

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil exportou 848,8 mil toneladas de carne suína entre janeiro e julho de 2025. O volume inclui produtos in natura e processados.

Santa Catarina lidera os embarques, com 64,5 mil toneladas em julho. O saldo representa queda de 14,5% em relação ao ano anterior. Em seguida, aparece o Rio Grande do Sul, com 29,3 mil toneladas (-3%).

O Paraná surge em terceiro lugar, com 18,8 mil toneladas, alta de 1,9%. Minas Gerais embarcou 3,4 mil toneladas, crescimento de 4,1%. Já Mato Grosso somou 2,8 mil toneladas, mas registrou queda acentuada de 27,3%.

Portanto, o desempenho brasileiro mostra avanços relevantes, embora com oscilações regionais importantes.

Riscos sanitários

Além da concorrência, o setor encara riscos sanitários persistentes. A peste suína africana (PSA) segue avançando em partes da Ásia e da Europa.

A síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos (PRRSv) afeta a produtividade na América do Norte e também na Espanha.

Outro ponto de alerta é a febre aftosa, que mantém pressão sobre governos e empresas. Por isso, cresce a necessidade de investimentos em biossegurança avançada, automação e até operações não tripuladas, que reduzem a exposição a surtos e perdas.

Custos em movimento

No campo dos custos, o milho dá sinais positivos para a produção. Os preços na Bolsa de Chicago caem graças ao clima favorável nos EUA e à safra recorde no Brasil.

Já o mercado de soja mostra movimentos diferentes. As propostas da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) para os mandatos de biocombustíveis em 2026 e 2027 sustentam os preços da oleaginosa. Em contrapartida, o farelo de soja enfrenta pressão para baixo.

Perspectivas

Para o Rabobank, o setor suinícola vive um ano decisivo. A concorrência internacional aumenta, os custos de insumos caem e as negociações comerciais seguem voláteis. Além disso, a ameaça sanitária se mantém ativa.

A análise aponta que haverá espaço para quem estiver preparado para reagir rápido. A capacidade de adaptação pode definir quem ganhará mercado e quem ficará para trás.

Com informações de Notícias Agrícolas.

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Romário Pereira de Carvalho

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