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Diretora do BNDES diz que Brasil tem reservas gigantes de minerais críticos como lítio e cobre, mas explora pouco e precisa atrair investimento

Publicado em 07/10/2025 às 10:19
O BNDES destaca que o Brasil tem reservas gigantes de minerais críticos como lítio e cobre, mas explora pouco e precisa atrair investimento sustentável.
O BNDES destaca que o Brasil tem reservas gigantes de minerais críticos como lítio e cobre, mas explora pouco e precisa atrair investimento sustentável.
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A diretora do BNDES Luciana Costa afirmou que o país está entre os líderes mundiais em reservas gigantes de minerais críticos, como lítio, cobre e terras raras, mas ainda carece de financiamento, incentivos e segurança regulatória para desenvolver o setor.

Conforme apurado pelo portal Folha de S. Paulo, a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, afirmou que o Brasil está entre os países com reservas gigantes de minerais críticos, essenciais para a transição energética, mas ainda explora pouco seu potencial.

Segundo ela, o país precisa criar condições econômicas e regulatórias mais atrativas para destravar investimentos e transformar o potencial mineral em crescimento real.

Luciana destacou que o custo elevado do dinheiro no Brasil e a ausência de instrumentos financeiros de longo prazo dificultam a viabilização de grandes projetos minerais, especialmente os ligados ao lítio, cobre e terras raras insumos cada vez mais disputados em um cenário global de descarbonização e eletrificação.

Brasil entre os líderes globais em minerais estratégicos

De acordo com Luciana Costa, o Brasil figura entre os quatro países com maiores reservas de minerais críticos do planeta, ao lado de Austrália, China e Canadá.

Ela citou a presença de terras raras, cobre, lítio e minério de ferro de alto teor como diferenciais competitivos que colocam o país em posição estratégica na corrida global por matérias-primas sustentáveis.

A diretora destacou, porém, que o aproveitamento desse potencial ainda é incipiente. “A gente tem muita reserva e explora pouco.

Precisamos criar as condições para o setor crescer com segurança e atratividade para o capital privado”, afirmou.

Segundo ela, o BNDES tem trabalhado para impulsionar a exploração sustentável por meio de instrumentos financeiros e parcerias com empresas estratégicas.

Financiamento e debêntures incentivadas como motor de expansão

Luciana defendeu o uso das debêntures incentivadas como ferramenta essencial para ampliar o financiamento de longo prazo no setor mineral.

O instrumento que concede isenção de Imposto de Renda a investidores está sendo avaliado pelo governo para projetos ligados a minerais críticos.

“Como o custo do dinheiro é muito alto no Brasil, investir em mineração, que é um setor de longo ciclo e alto risco, se torna desafiador.

Precisamos criar as condições para atrair investimento”, declarou.

A diretora ressaltou que a isenção fiscal sobre as debêntures de infraestrutura foi decisiva para o avanço de projetos logísticos e energéticos nos últimos anos e defendeu que o mesmo modelo seja aplicado à mineração verde.

Fundo de minerais críticos e o papel do BNDES

Recentemente, o BNDES lançou, em parceria com a Vale, um fundo voltado para empresas em estágio inicial de exploração de minerais críticos.

A iniciativa busca fomentar startups e mineradoras emergentes que possam atuar com tecnologias limpas e práticas de baixo impacto ambiental.

Luciana Costa afirmou que o banco tem papel decisivo nesse processo, atuando não apenas como financiador, mas como indutor de políticas públicas e de inovação.

Para ela, o Brasil pode se tornar referência mundial em mineração sustentável se alinhar o setor à agenda de transição energética.

“Concordo 100% com o presidente Lula: o Brasil tem que colocar muita atenção na mineração. É um setor que pode gerar crescimento e posicionar o país como fornecedor global de insumos verdes.”

Desafios para atrair capital e destravar o setor

Apesar do potencial, a diretora reconhece que o setor enfrenta entraves que vão além do custo financeiro.

Questões como licenciamento ambiental lento, insegurança jurídica e falta de integração logística ainda afastam investidores internacionais.

Para Luciana, a agenda de transição energética global abre uma oportunidade que o país não pode desperdiçar.

“Os minerais críticos são o coração da nova economia verde. O Brasil tem os recursos, mas precisa do ambiente certo para transformá-los em riqueza e desenvolvimento sustentável”, afirmou.

As declarações da diretora do BNDES reforçam a importância de transformar o potencial geológico do Brasil em uma estratégia econômica de longo prazo.

Com reservas gigantes de minerais críticos e crescente demanda internacional por insumos verdes, o país pode se consolidar como protagonista global na transição energética desde que consiga alinhar política, capital e sustentabilidade.

E você, acha que o Brasil está preparado para aproveitar suas reservas minerais e se tornar uma potência verde, ou ainda falta visão estratégica para transformar esse potencial em desenvolvimento real? Deixe sua opinião nos comentários queremos ouvir quem acompanha de perto o setor energético e mineral brasileiro.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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