Dados oficiais do Inpe confirmam terceira queda consecutiva e evitam mais de 700 milhões de toneladas de CO₂ na Amazônia e Cerrado.
Uma nova marca histórica no combate ao desmatamento foi registrada no Brasil, segundo dados Uma nova marca histórica no combate ao desmatamento foi registrada no Brasil, conforme dados divulgados em 30 de outubro de 2025, em Brasília, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Entre agosto de 2024 e julho de 2025, a Amazônia perdeu 5.796 km² de floresta, o que representa uma redução de 11,08% em comparação ao período anterior. Ao mesmo tempo, o Cerrado registrou 7.235,27 km² desmatados, o que equivale a uma queda de 11,49%.
Esses resultados consolidam o terceiro ano consecutivo de retração na Amazônia e o segundo no Cerrado. Além disso, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acumula uma redução de 50% no desmatamento amazônico desde 2022, um marco relevante na agenda ambiental.
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Resultados ambientais expressivos e redução de emissões
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), a redução conjunta nos dois biomas evitou a emissão de 733,9 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO₂e) desde 2022. Esse volume é comparável às emissões totais de Espanha e França somadas no mesmo período.
Esse avanço, portanto, demonstra que o Brasil está no caminho certo para alcançar o desmatamento zero até 2030. Além disso, especialistas do Inpe destacam que os resultados se devem ao uso crescente de tecnologia de monitoramento por satélite e à retomada de políticas públicas de proteção ambiental.
Governança ambiental e integração ministerial fortalecida
O governo federal promoveu uma reestruturação completa da governança ambiental. Como parte dessa mudança, foram criados novos Planos de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas (PPCDs) em todos os biomas.
Ao mesmo tempo, a Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas (CIPPCD) foi reativada, reunindo 19 ministérios sob a coordenação da Casa Civil.
Segundo a ministra Marina Silva, essas ações “colocam o Brasil de volta na liderança ambiental global, mostrando que desenvolvimento e preservação podem, sim, caminhar lado a lado”.
Fiscalização mais rigorosa e avanços operacionais

Entre 2023 e 2025, o Ibama ampliou significativamente suas operações. No período, houve aumento de 81% nos autos de infração na Amazônia, de 63% nas multas, de 51% nos embargos e de 49% na área embargada.
No Cerrado, o avanço também foi notável. As autuações cresceram 24%, as multas 130%, os embargos 38% e a área embargada 26%.
Paralelamente, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) intensificou as ações de campo. Entre agosto de 2024 e julho de 2025, foram 312 fiscalizações na Amazônia e 91 no Cerrado, resultando em 1.703 autos de infração e 1.034 embargos.
Municípios prioritários registram queda acentuada
Nos municípios do programa União com Municípios (UcM), considerados prioritários pelo MMA, o desmatamento caiu 65,5%. Essa queda foi mais intensa que a média nacional.
Os estados com maior redução foram Tocantins (-62,5%), Amapá (-48,15%), Acre (-27,62%), Maranhão (-26,06%), Amazonas (-16,93%), Pará (-12,4%), Rondônia (-33,61%) e Roraima (-37,39%). Apenas Mato Grosso apresentou alta, com 25,06%.
Segundo André Lima, secretário extraordinário de Controle do Desmatamento, “a queda nos municípios prioritários é 31% maior que a média da Amazônia. Esse resultado comprova que a integração entre os entes federados está funcionando”.
Monitoramento por satélite e avanços tecnológicos
O sistema Prodes, do Inpe, utiliza imagens de satélite para medir o desmatamento anual. Além disso, o sistema Deter envia alertas diários sobre mudanças na cobertura vegetal.
Graças a essas ferramentas, as ações de controle têm sido mais rápidas e precisas. Desde 1988, o Inpe realiza medições anuais, o que permite acompanhar a evolução da destruição florestal e identificar áreas críticas.
Principais medidas implementadas pelo governo federal
Entre 2023 e 2025, diversas ações fortaleceram o combate à destruição ambiental:
- R$ 3,64 bilhões investidos no Fundo Amazônia, com apoio de oito países doadores;
- R$ 850 milhões destinados ao Ibama, reforçando as ações de fiscalização;
- R$ 785 milhões investidos no programa União com Municípios, beneficiando 81 cidades da Amazônia Legal;
- R$ 405 milhões aplicados no combate a incêndios florestais nos nove estados amazônicos;
- Implementação dos Planos de Manejo Integrado do Fogo (PMIF), previstos na Lei nº 14.944/2024, para prevenção de queimadas.
Essas iniciativas, portanto, colocam o Brasil em destaque na agenda climática global. Elas também fortalecem o compromisso de reduzir a devastação e estimular o desenvolvimento sustentável.
O que o futuro reserva para o Brasil?
Os números mostram que o país avança rumo à meta de desmatamento zero até 2030, compromisso assumido no Acordo de Paris.
Ainda assim, o desafio é enorme. O governo precisará equilibrar crescimento econômico, proteção ambiental e inclusão social.
Será que o Brasil conseguirá manter esse ritmo de redução e alcançar o desmatamento zero até 2030 sem comprometer o desenvolvimento nacional?

 
                         
                        
                                                     
                         
                         
                         
                        
 
            
 
                     
         
         
         
         
         
         
         
         
        
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