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Descoberta na Grande Pirâmide muda tudo o que se sabia sobre sua construção

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 04/07/2025 às 15:56
Pirâmide
Foto: Reprodução
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Inscrições inéditas e túmulos de operários revelam que a Grande Pirâmide foi construída por trabalhadores pagos, e não por escravos, como se acreditava.

Arqueólogos encontraram inscrições e túmulos que apontam para uma nova versão sobre quem construiu a Grande Pirâmide de Gizé.

Ao contrário do que se acreditava, os responsáveis pela construção não foram escravos, mas sim trabalhadores qualificados e pagos. As novas descobertas lançam luz sobre uma das maiores estruturas já erguidas pelo ser humano.

Inscrições reveladoras no interior da pirâmide

A equipe liderada pelo egiptólogo Dr. Zahi Hawass utilizou tecnologia de imagem para explorar câmaras estreitas acima da chamada Câmara do Rei.

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Nesses espaços, que são de difícil acesso, foram encontradas inscrições milenares deixadas por trabalhadores do século XIII a.C.

As marcas confirmam que os construtores operavam em grupos organizados e recebiam pagamento. Eles trabalhavam continuamente, com um dia de folga a cada 10 dias.

Segundo o Dr. Hawass, os nomes encontrados nas pedras são grafites originais de operários egípcios antigos, impossíveis de terem sido forjados nos tempos modernos.

A dificuldade de acesso e o estilo de escrita comprovam a autenticidade. “É quase impossível que alguém tenha forjado isso nos dias de hoje”, afirmou.

Túmulos e ferramentas de operários próximos à pirâmide

Outra descoberta importante foi feita ao sul da pirâmide. Tumbas de trabalhadores revelaram estátuas e 21 títulos hieroglíficos, como “supervisor da lateral da pirâmide” e “artesão”.

Nos túmulos foram encontradas ferramentas como pedras de amolar e instrumentos de sílex.

O Dr. Hawass destacou que essas tumbas mostram que os operários eram respeitados. “Se fossem escravos, não teriam sido enterrados à sombra da pirâmide”, declarou.

Os sepultamentos seguiram tradições similares às dos reis e rainhas do Egito Antigo.

Como as pedras foram transportadas

As investigações também revelaram detalhes do método de construção. A base da pirâmide foi esculpida diretamente na rocha, a 8,5 metros de profundidade.

A partir dessa fundação, os lados foram moldados para formar uma plataforma nivelada. Parte dessa estrutura original ainda pode ser vista no lado sul da pirâmide de Quéops.

Para mover as pedras, os trabalhadores usavam trenós de madeira sobre a areia.

As rochas vinham de uma pedreira localizada a apenas 300 metros da pirâmide. Uma rampa ligava a pedreira ao monumento. Restos dessa estrutura foram encontrados na área sudoeste, misturados a areia e lama.

Cidade dos trabalhadores descoberta no local

Mark Lehner, colega de Hawass, está escavando uma área a leste da pirâmide. O local está sendo chamado de “cidade dos trabalhadores”.

Foram descobertas instalações para salgar peixes, uma padaria, quartéis e moradias. Isso desmonta outra ideia comum: a de que os operários viviam em condições precárias.

Hawass relatou que milhares de ossos de animais foram encontrados no local. Uma análise feita por especialista da Universidade de Chicago concluiu que os trabalhadores consumiam 11 vacas e 33 cabras por dia. “Essa dieta era suficiente para alimentar 10 mil pessoas diariamente”, explicou.

Robô será enviado ao interior do Grande Vazio

O próximo passo da pesquisa será a exploração do chamado Grande Vazio, localizado acima da Grande Galeria, uma área central dentro da pirâmide.

A cavidade, descoberta em 2017, possui pelo menos 30 metros de extensão e ainda não foi explorada fisicamente.

O podcaster Matt Beall está financiando o projeto e explicou que um robô miniaturizado, com menos de um centímetro, será enviado por um pequeno furo lateral.

O objetivo é investigar o interior do vazio sem danificar a estrutura. O Dr. Hawass espera encontrar o túmulo perdido do faraó Quéops, mas Beall é cético. Ele argumenta que nenhum faraó foi descoberto em pirâmides desse tipo até hoje.

Debate sobre possíveis fraudes antigas

Durante o podcast, Beall lembrou que já foram encontradas inscrições dentro da pirâmide no século XIX. Algumas delas foram questionadas, suspeitas de terem sido forjadas por visitantes europeus.

Hawass reconheceu que nomes modernos chegaram a ser gravados na pedra durante os séculos XVIII e XIX.

No entanto, ele garante que as inscrições recentemente descobertas são muito mais antigas. Elas foram feitas por egípcios e possuem características que só especialistas conseguem interpretar.

A localização remota e o estilo de escrita reforçam a autenticidade. “São marcas dos verdadeiros construtores”, afirmou.

Exploração histórica será realizada em breve

A escavação do Grande Vazio está programada para acontecer entre janeiro e fevereiro do ano que vem. Será a primeira vez que uma missão moderna tentará acessar fisicamente essa parte ainda misteriosa da pirâmide.

O projeto é visto como uma oportunidade única de revelar mais segredos sobre a construção. A equipe acredita que essa nova etapa poderá trazer respostas definitivas sobre a finalidade de algumas estruturas internas.

Seja ou não o local de um túmulo perdido, o Grande Vazio representa a próxima fronteira da arqueologia egípcia.

Com novas inscrições autênticas, túmulos preservados de trabalhadores e evidências claras sobre os métodos de transporte de pedras, os pesquisadores afirmam que a ideia de que a Grande Pirâmide foi construída por escravos está definitivamente superada.

Agora, pela primeira vez em séculos, o mundo se aproxima de entender como um dos maiores monumentos da história realmente foi construído.

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Alexandre Sakakibara
Alexandre Sakakibara
04/07/2025 21:39

Transportar monolitos que pesavam 10 toneladas por trenós na areia ???? Queria ver isso kkkkk.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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