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Demanda por mão-de-obra da área de energia vai triplicar até 2030: 30 organizações se unem em pesquisa inédita e identificam o perfil do jovem profissional que promete transformar o setor energético no Brasil

25 de março de 2022 às 10:21
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energético - energia - transição energética - emprego - técnicos - engenheiros
Número de vagas de emprego vai triplicar no setor de energia

A transição do setor energético demandará vagas de emprego com perfis de graduação, especialização e também profissionais técnicos, com um grande potencial para a inclusão de jovens

Em fevereiro de 2021, o Ministério de Minas e Energia (MME), em parceria com a Iniciativa Profissionais para Energias do Futuro, realizou um estudo sobre “Profissões do Futuro na Área de Energia e Implicações para a Formação Profissional”. De acordo com os dados levantados na pesquisa, foi constatado que, para que haja democracia energética conectando as mudanças estruturais na área de energia com as mudanças de ordem econômica, política e social, é preciso incentivar a diversidade de gênero e a inserção de jovens no mercado.

Considerando os empregos no setor de energia, estudos do MME mostram que a demanda por profissionais deve triplicar entre 2018 e 2030. A transição do setor energético demandará perfis de graduação, especialização e também profissionais técnicos, com um grande potencial para a inclusão de jovens.

Os futuros líderes

A necessidade de profissionais qualificados para que o setor possa se desenvolver na próxima década é imprescindível para que futuros líderes contribuam com a transição energética do país. Mas afinal, quem são esses futuros líderes?

Entre os dias 10 de janeiro e 28 de fevereiro de 2021, a EnergyC, 1° HUB de jovens do setor energético realizou a pesquisa “O Perfil do Jovem no Setor de Energia” com a mobilização de 30 organizações que atuam no setor e com a participação de 400 jovens de 18 a 29 anos, distribuídos em 24 estados nas 5 regiões do Brasil. 

Essa iniciativa buscou, em um formato colaborativo e inédito, identificar o perfil do jovem nessa área, mapear as características do jovem que atua ou pretende atuar no setor energético, despertar o seu protagonismo e estimular o debate para criar mecanismos para contribuir com o desenvolvimento de jovens lideranças no mercado de energia.

Quem são os jovens do setor energético  

Dados inéditos levantados pela pesquisa mostram que o jovem do setor energético predominantemente possui formação no curso de Engenharia, com 74,44% dos entrevistados. Também, dos entrevistados, 23,81% se declararam desempregados, com maior incidência na Região Norte (38,71%) e menor na região Sudeste (18,25%).

Dentre os segmentos de interesse, em coerência com a transição energética, 84,71% dos jovens entrevistados disseram estar interessados em seguir carreira em Energias Renováveis, seguido por Petróleo e Gás (43,11%), Sistema Elétrico (39,85%) e Biocombustíveis (35,84%).

Quanto às habilidades comportamentais consideradas importantes pelos entrevistados para o profissional do setor energético, destacam-se o trabalho em equipe (13,8%), a liderança (11,8%) e a adaptabilidade (8,2%). Quando perguntadas sobre qual a empresa referência em excelência no setor de energia, das 126 organizações citadas, as empresas mais lembradas foram Petrobras (11,9%), Equinor (6,9%) e Raízen (4,5%).

Porém, quando é perguntado ao jovem quem são as lideranças profissionais referências no setor, 32% dos entrevistados não souberam responder. Das 175 lideranças citadas, as mais lembradas foram Elon Musk (4,3%), Bárbara Rúbim (4%), Márcio Félix (3%), Élbia Gannoum (2,7%), Fernanda Delgado (2,5%) e Joiris Dachery (2,5%). Neste breve recorte, é possível analisar que o jovem de energia conhece as principais empresas do setor, mas não possui referência em liderança nesta área.

Na área de pesquisa, quando se perguntou qual a instituição de fomento é referência, as principais citadas foram o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), com 45,9% dos entrevistados, e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), com 32,8% dos entrevistados; mostrando a força das instituições de pesquisa nacionais no setor energético, sendo indicadas por 78,7% dos entrevistados.

Referente às experiências práticas na faculdade, 41% dos entrevistados declararam não ter participado de qualquer iniciativa organizada, seguido de 19,6% que estiveram em empresas juniores e 14% que participaram de uma SPE (Sociedade de Engenheiros do Petróleo). Também quando perguntados se é necessário aproximar a indústria do setor energético às instituições de ensino, a resposta é unânime: 88,45% concordam muito e 9,78% concordam com essa afirmação.

Sobre a pesquisa

Dos dados levantados, 53% da pesquisa foi preenchida por homens e 47% por mulheres; 62,2% dos entrevistados têm entre 18 a 24 anos e 37,8% têm entre 25 a 29 anos. No total, 57,6% se declararam brancos, 29,6% pardos, 10% negros e 2,8% amarelos, indígenas e outros.

As 30 organizações que apoiaram a pesquisa foram: 2W Energia; AIChE UFRJ; Archote Júnior; Associação Brasileira de Direito da Energia e Meio Ambiente; Até o Último Barril; CAEEN UNIFEI; CAEPETRO UFS; COLTECH Júnior; DAEQ UFRJ; E3J Eng. Elétrica; EnergyHub; ENP Energy Platform; Ergos; FATOR Júnior; FLUXO Consultoria; INSA; LUMUS Engenharia; Papo Energético; Portal do Petroleiro; Sai do Papel; SEMEC UFRJ; SERPERTRO JR.; Soluções e Inovações em Energia; SPE UFAM; SPE UFCG; SPE UFRN; SPE UFS; SPE UniGranRio; União Nacional dos Estudantes de Engenharia Elétrica; e UNICAMP Energy Club.

Se interessou pelo conteúdo? O relatório completo da análise está disponível no site www.energyc.com.br. Você também pode fazer parte da 2ª edição da pesquisa “O Perfil do Jovem de Energia”, que estará aberta entre os dias 21 de março a 21 de abril de 2022, no site da EnergyC.

O que podemos adiantar é que essa juventude tem o poder de contribuir efetivamente com a construção do futuro do setor energético com um olhar disruptivo e uma força transformadora.

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