Atualmente o estado mais pobre dos EUA, o Mississípi nem sempre ocupou essa posição! Descubra como ele passou de um dos mais ricos para o mais pobre em um piscar de olhos.
O Mississippi, um estado localizado no coração do Sul dos Estados Unidos, é conhecido por sua rica tradição artística e belas paisagens naturais. No entanto, apesar de seu PIB de US$ 115 bilhões, o Mississippi carrega o título de estado mais pobre dos EUA. Mas essa nem sempre foi sua realidade. Neste artigo, vamos explorar a impressionante trajetória do Mississippi, desde seus dias de prosperidade até se tornar o estado mais pobre do país. Entenda as razões históricas, econômicas e sociais por trás dessa transformação surpreendente.
Entenda porque o estado dos EUA era tão rico
Para entender melhor sobre a queda do estado dos EUA, devemos voltar para o final do século XVIII, quando o país alcançou sua independência da grã-bretanha, oficializando assim o Mississippi como estado da Nação.
Nesse processo, o povoamento do Estado esteve ligado com a fertilidade disponível em seu solo. Isso porque o seu território é moldado por uma série de fatores geológicos e climáticos que o tornam extremamente fértil.
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Entretanto, do mesmo modo que a colonização e povoamento do Mississípi tenha ocorrido rapidamente, o trabalho escravo na região também se expandiu rapidamente, perdurando por mais de um século. Para se ter ideia, em 1820 havia cerca de 33.000 escravos, mas até 1860 esse número cresceu para 437.000, representando mais da metade da população do Mississípi.
Nessa época, a capacidade produtiva do Estado era tão grande que em 1860 o Mississippi era o estado dos EUA mais rico da nação, com o algodão sendo o carro chefe da economia, com sua produção se expandindo em 600% em relação a 1820.
Logo o algodão dominava as exportações não apenas do estado, que produzia anualmente milhares de toneladas do produto, mas principalmente dos Estados Unidos, que atendia a forte produção têxtil da grã-bretanha.
Como o estado do Mississípi ficou pobre?
Tudo começou a mudar em 1861, com a chegada da guerra civil entre os estados do Sul, que apoiavam a escravidão, e os estados do Norte, que era abolicionista. Apesar de desempenhar um papel de liderança, fornecendo soldados e recursos vitais, as consequências do conflito foram devastadoras para o Mississippi, principalmente após a derrota da confederação e a ocupação Militar dos Estados sulistas até serem reintegrados à União.
Nesse processo, a escravidão do país chegou ao fim, algo que levou à decadência da produção agrícola e das principais fazendas do sul-americanas, que não possuíam mais os mesmos contingentes de trabalhadores. Entre os estados mais afetados está o Mississippi, que foi de Estado foi de mais rico a mais pobre dos EUA e não possuí uma indústria forte ou previamente consolidada que permitisse substituir o modelo agrícola.
Tal problema foi palco de propostas contraditórias, como o modelo de arrendamento, onde os proprietários concordaram em ceder parte da produção para o trabalhador, servindo de motor para conflitos sociais e movimentos terroristas contra os afro-americanos no estado dos EUA, acompanhado da resistência da Elite política e econômica local em adotarem as mudanças para que o Mississippi pudesse reintegrar a união, algo que aconteceu apenas em 1870.
Entenda como o estado foi de mais rico a mais pobre dos EUA
Com base no exposto até o momento, é notório que a pobreza e a miséria predominaram no Mississippi por mais de um século. Ainda que a guerra civil tenha devastado a infraestrutura logística e derrubado o modelo econômico vigente, o novo século trouxe consigo a difícil reestruturação econômica do Mississippi.
O problema econômico do Estado era estrutural, pois o mesmo não tinha uma tradição industrial forte como no norte dos Estados Unidos, sendo assim a dependência por produtos primários derivados em sua maioria da Agricultura inibia qualquer mudança significativa no desenvolvimento econômico do Estado, algo que explica o fato de que no final da década de 60 cerca de 40% da população vivia na pobreza.
Com isso, diversificar a economia era essencial para atrair renda e qualidade de vida, algo que foi levado adiante na segunda metade do século XX, quando a indústria manufatureira se estabeleceu no estado, especialmente após o combo de incentivos econômicos e fiscais implementados para atrair os olhos das empresas.